quarta-feira

Livros técnicos, Bluprint, Patreon e Ko-fi

Isto de andar a explorar na Net/Web tem muito que se lhe diga. Começa tudo apenas com uma imagem que nos cativa e depois nos remete para outra página que dá mais detalhes sobre aquilo que nos chamou a atenção, que entretanto fala de uma outra coisa e quando damos por isso já não nos lembramos onde tudo começou. Tentei recriar os passos mas não estou certa se foi este o caminho que percorri até chegar às minhas recentes aquisições. Um dos podcast que sigo é o Knitting the stash, e  penso que terá sido aqui o meu primeiro contacto com a Jen Arnall, no início deste ano. Entretanto penso que foi no Instagram que começou a aparecer fotografias do seu último livro   e em simultâneo comecei a ter notificações no Youtube dos tutoriais que acompanham o livro. Perdi o fio à meada e não sei ao certo como cheguei ao site e dei por mim a investir nestes dois livros, que me irão permitir novas aprendizagens e melhorar técnicas. Mas claro que não fiquei por aqui, a Net/Web tem destas coisas e em dias chuvosos pode ser tramado! Quando quis reencontrar o caminho que me levou à Jen ao chegar ao Knitting the stash dei de caras com outro livro e não resisti, uma vez que também me remetia para um site Inglês.
A culpa foi da chuva que me fez ficar com mais tempo disponível para andar por aqui a explorar e divagar. Realço que assim que efectuei o pagamento dos livros a Jen Arnall enviou-me os ebooks para se precisasse de consultar antes da entrega da encomenda, algo que revela um grande cuidado com o cliente.
A propósito de despesas tenho a subscrição da bluprint (recomendo)e investi em dois pacotes de aulas da Knit Stars (0.1 e 0.3), já fiz uma "doação" em troca de aulas à Jude Hill mas nunca me decidi em ser Patreon. A razão pela qual nunca o fiz é que ainda ninguém me conseguiu convencer com os argumentos que apresentam. Alguns oferecem descontos temporários de modelos de malha, entrevistas com designers muito interessantes mas com informações que as designers já facultam nos livros, na Bluprint e nos blogs, e ainda descontos em fios e afins, o que leva a compras por impulso no sentido de aproveitar as promoções. No meu caso preferia que disponibilizassem aulas, truques e dicas interessantes e não aquelas que estão à distância de um clique na Net/Web (as marcas dos fios facultam imensos tutoriais, bem como as designers). Considero mais justo o tipo de plataforma que a Knitting de Stash encontrou, a Ko-fi. Se considero que o conteúdo do seu blog/podcast me enriqueceu de alguma forma, posso doar desde 3$ até ao valor que eu entender. Há youtubers que apelam a que nos tornemos patreon que publicam duas vezes por mês, outros muito menos mas o pagamento cai sempre de uma forma regular, independentemente do conteúdo do "episódio" e se nos agradar mais do que um autor/criador de um podcast, a despesa no final de um mês não é de todo razoável, a meu ver. Como tal vou "pagando cafés" pontualmente a quem me dá em troca bons momentos de lazer e de aprendizagem, mais frequentemente compro modelos lançados pelas podcasters/youtubers. 
Neste momento tenho nas agulhas um modelo que comprei à Melody e na calha uns bonecos da Susan B. AndersonTenho também o primeiro modelo publicado da Melissa e um da SofiaEstes modelos adquiri como forma de agradecimento pelas partilhas públicas das designers.
Antes de ir preciso de defender os livros! Os livros são uma excelente fonte de informação, proporcionando bons momentos. Apesar destes livros que comprei estarem disponíveis em eBook, ainda mantenho o vicio do papel. Tenho consciência que é uma opção muito menos ecológica e mais cara, atendendo ao que paguei em portes, mas gosto de descansar as mãos nos livros, de lhes sentir o toque e o cheiro, não há nada a fazer!

Yarn Along (November)


As etiquetas estão lindas, apetece bordar os desenhos! 


Vovó foi o nome que dei à camisola (modelo gratuito do Espace Tricot) e que estou a fazer (modificações descritas clicando aqui) com o fio Vovó. Uma das razões que pesou mais na escolha desta lã foi no descritivo dizer que "não tem tendência a ganhar borboto", uma preocupação minha que ainda não consigo colocar de parte! Quer a "mistura" de lã da Serra da Estrela, quer a da Quinta do Pisão , são agradáveis de trabalhar e, embora ainda não tenha terminado e lavado a camisola, posso dizer que adoro o toque e a forma como a peça cai, já que a provei antes de iniciar as mangas. Optei pelas cores naturais, sendo o branco de ovelhas da "minha" Serra, dado que a Quinta do Pisão pode dizer-se que fica em Sintra, uma vez que pertence ao parque natural Sintra/Cascais.
Este será o primeiro de uma lista de projectos que quero fazer para explorar os fios portugueses, dos quais conheço muito pouco, apenas Mondim, LaradaBeiroa e ligeiramente o fio Mé-mé. Numa época em que se apela ao consumo do que é local, e em que devemos ter consciência da nossa pegada verde, decidi que está na altura de conhecer mais fios portugueses. A verdade é que gosto bastante da lã da Shetland, da lã Irlandesa e de alguns fios da Rowan, mas são fios que adquiri nas viagens e Feiras/Festivais, os quais guardam em si memórias físicas dessas viagens e, assim sendo, não me pesa tanto na consciência.
Leio o livro mais recente de Meik Wiking, autor do estrondoso sucesso do Hygge.O  autor, neste livro, revela a importância de coleccionar-mos memórias! Gosto de ler em inglês para ir praticando/aprendendo, no entanto o livro original é em dinamarquês e por isso espero não perder nada por ter adquirido a versão em português. Quando andava na universidade adquiri interesse pela psicologia daí ter curiosidade nos livros de Meik Wiking.
Meik Wiking recomenda que devemos "criar momentos inesquecíveis e, sobretudo, felizes, que moldarão quem sou e serei no futuro.(...) as memórias são as peças angulares da nossa identidade. São o nosso super poder, que nos possibilita viajar no tempo e nos liberta das limitações do momento presente." Ao longo do seu estudo conclui que "as pessoas recordavam vivências que (...) envolviam os sentidos".
A malha permite criar memórias felizes, físicas (as peças que faço) e sensoriais. Fazer malha envolve sentidos e uma imensidão de emoções, o cheiro da lã, o toque, a textura de uns trabalhos e a cor de outros. Todos os projectos de malha requerem um investimento da nossa atenção, alguns projectos mais desafiantes tornam o esforço de concluir a peça inesquecível!
Ponto a ponto colecciono memórias, ao ritmo e em jeito de preces e desejos. Sempre que me aconchego numa peça feita por mim, sempre que vejo alguém com uma das minhas peças, associo ao momento e lugar onde comprei o fio, onde teci a peça, os desafios com que me deparei ao longo do processo, por onde andei e com quem estive, conversas que me marcaram, filmes e séries que vi, músicas que ouvi, livros que li, cheiros e sabores.
Uma das minhas memórias de infância favoritas, são os passeios que dávamos em família, durante os quais, enquanto brincava com os meus irmãos e primos, a minha mãe, tias e a minha avó faziam malha.

Eu sou a pequenina a dar trabalho!
O sorriso inesquecível de uma avó que recordo sempre feliz e com um trabalho nas mãos
Emocionada com as minhas memórias, termino partilhando no Yarn Along da Ginny, do blog Small Things.


segunda-feira

Maçãs de Fontanelas

No Land Rover a caminho da Praia da Aguda


A fotografar o projecto que tenho nas agulhas e o livro que estou a ler para o Yarn-Along de Novembro


Poupadas às motas de todo o terreno



Caminhada depois do piquenique

Fontanelas
cerveja artesanal com maçã 
Como já disse há uns meses, adiámos a ideia de sair definitivamente da cidade, talvez até à nossa reforma. Passámos para um plano B, que implica repensar a nossa casa. Discutimos com os nossos filhos várias ideias, pedimos opinião aos arquitectos da família e finalmente temos um projecto a ser executado. Estamos a repensar a casa a vários níveis e começámos já com algumas arrumações na cozinha no sentido de diminuir o plástico que temos em casa, que substituímos por caixas de pirex. Claro que não nos ficámos apenas pelos tupperwares, substituímos também as colheres e copos medidores e comprámos mais um raspador que me fazia falta.
Depois de passarmos uma manhã fechados em casa e uma tarde a fazer compras para a cozinha, de utensílios e de ingredientes/comida, precisávamos de sair da cidade. Apesar de vivermos numa aldeia dentro da cidade, rodeados de espaços verdes, todos os fins de semana temos de ter injecções de ar puro.
Aproveitámos e fomos no domingo até ao Festival da Maçã Reineta, com direito a um piquenique na Praia da Aguda. Não falhamos o Festival da Maçã pois é sempre uma oportunidade de convívio com os locais, aprendendo sempre alguma coisa com esta gente boa, que trabalha a terra e lida com animais. Desta vez a conversa até deu para a cerveja artesanal.
As maçãs serão para assar e para M.F.A. Alterei ligeiramente a receita e agora faço com açúcar "castanho" próprio para crumble (1h13m do vídeo) e mistura de farinhas. Vou experimentar  fazer um MFA com farinha de amêndoa e outro com farinha de noz. Com tanta maçã talvez experimente uns bolinhos que encontrei no YouTube. Para os gulosos preguiçosos também encontrei uma receita para micro ondas, que é feita numa chávena num minuto, Apple Mug Cake, encontram clicando aqui.

sábado

Em Outubro fiz...

 Malha 
Terminei o casaco Em busca da Felicidade, da Marie Wallin. Tinha-me queixado da demora na entrega da lã por parte da Loop, mas o erro foi com a empresa distribuidora. Assim que tive a lã, retomei o casaco. Deparei-me com um problema por resolver, o "enrolar" do cós.
Como tinha ouvido a Fabi dizer num podcast que tinha aplicado i-cord para um xaile não enrolar, achei melhor tentar fazer o mesmo. O resultado não podia ter sido melhor, estou francamente satisfeita comigo mesma, por acreditar que devo arriscar e ter confiança em modificar modelos para obter resultados mais do meu agrado. Este casaco é um bom exemplo disso! Fui atrevida e modifiquei a secção dos ombros, a largura do casaco (mas por mero acaso!) e os acabamentos. Nada como praticar, assistir a aulas, estar atenta a quem sabe e ter uma forte motivação em aprender.
A camisola do landmaníaco está a andar e só faltam as mangas. Entretanto comecei uma camisola, à qual também só faltam as mangas (modelo gratuito do Espace Tricot), para experimentar o fio Vóvó, que estou a adorar! 
 Li
Estranhas Emoções, da Kate Atkinson, ao contrário de todos os livros da autora que já li, não me prendeu, talvez por estar a reler!
A Semente de Bruxa era o livro da semana, na Bertrand e chamou-me a atenção por ser da Margaret Atwood, autora do livro que está por trás da série Alias Grace, da Netflix . A livreira, que me conhece, disse que eu iria gostar e acertou. Aulas de teatro numa prisão e Shakespeare é uma combinação perfeita para um enredo divertido e pedagógico.
Ainda estou a ler As últimas horas da antiga Luz do Sol e do pouco que li, já partilhei algumas passagens com os meus alunos extremamente interessantes. Recomendo.
O Cérebro de Farinha já o li há um tempo, mas retomei a leitura de alguns capítulos, aquando da comemoração do Dia Mundial  da alimentação, com os meus alunos. Este ano o foco é na Sustentabilidade, uma perspectiva que os interessou dado que no ano anterior o programa de Ciências era Ecologia e o deste ano é Saúde.
Passeios










Recomendo vivamente uma ida até ao Alentejo com estadia no Monte do Serrado de Baixo e almoço em Évora, no Moinho do Cú Torto.
Num taleigo, Pão Alentejano acabado de sair do forno


Manta Alentejana
 Visita ao Moinho