domingo

Pneus de ir aos morangos!

Por estrada 
Por um caminho
 E por "todo o terreno"!
Ele: "Isto não estava nada no programa!"
Eu: "Vamos ter de sair pela frente"
 A padeira, que por ali passava, não sossegou enquanto não arranjou alguém que nos resgatasse!
 Gente simples da terra, gosta sempre de ajudar e de muito falar, ingrediente que dá um gostinho especial às nossas histórias!
 Após 4 horas não desistimos de chegar ao nosso destino, rasgando terras alentejanas por estrada, tentámos recuperar algum tempo.
Blusão remendado a Boro
Finalmente alcançámos o nosso destino!
 Esperavam-nos mais 3.5km nada bons para "pneus de ir aos morangos"!
Já a ver as 24h de TT, ele improvisou faróis para a noite...
 ...eu fiz umas carreiras no ponche (ou poncho) Cinza Glaciar.
Hoje as minhas costas reclamam dizendo que não foram feitas para "desvios" a programas preestabelecidos!

quarta-feira

Leituras e malha, Yarn Along

"Yokes With Stories", que também tenho lido.
Cada vez que consulto as instruções e me deparo com as fotografias deste modelo, sonho com a Islândia
Gosto de viajar com e pela malha. Pela malha?! Sim, não me enganei, pela malha. O projecto que tenho em mãos "leva-me" em sonhos a explorar a Islândia, um lugar que quero visitar agora mais do que nunca, depois do que vi da viagem do meu irmão com a família. O ritmo das agulhas, enquanto faço o ponche da Kate Davies, com lã Islandesa, marca o ritmo das passadas dos meus sonhos. Quando as mãos e as agulhas descansam, viajo relendo o capitulo "A Knitter´s journey to Iceland", do livro Knitlandia, da Clara Parkes (vídeo da apresentação do livro aqui)e lendo de uma forma mais demorada o blog Icelandic Knitter
Estou a gostar do resultado do trabalho mas confesso que, embora goste imenso desta lã, não me agrada trabalhar uma lã tão grossa, até porque receio que não tenhamos temperaturas tão baixas para dar o uso que eu gostaria que este projecto tivesse. 
O livro de "cabeceira" continua a ser o da Kate Morton e, tal como os livros que li anteriormente da autora, gosto do enredo e da sua escrita. O ritmo de leitura tem sido mais lento, pois nesta fase de preparativos para o Natal o trabalho na "oficina do Pai Natal" deixa-me mais cansada e quando me deito os meus olhos teimam em fechar enquanto teimo em ler!
hoje também leio as partilhas no Yarn Along
Nota: O caminho de mesa foi bordado por mim, há uns anos, para o Natal. O esquema é da Sylvie Teytaud.

sábado

O Porto e a Ovelha Negra

Rumámos juntos até ao Norte, ele teve de ir a uma reunião de trabalho no Porto e eu simplesmente segui os ponteiros da bússola que orienta a minha vida "desnorteada". 
Comecei o dia na Rua de Santa Catarina, na Saboriccia uma verdadeira tentação de sabores! Desci para os Aliados,  mas antes impunha-se uma passagem pelo café Majestic.
Tentei revisitar a livraria Lello, mas sem sorte nenhuma (tive saudade do tempo em que entrávamos sem filas de espera, foi onde iniciei este blog)!
Depois de muito ter vadiado, de muitas lojas ter espreitado, finalmente encontrei-me com quem me faz ir ao Porto e juntas almoçámos na Miss Pavlova e, gulosa como sou, claro que terminei com uma fatia indiscutivelmente deliciosa de Pavlova! Com parte da conversa em dia seguimos para um dos destinos que quem gosta de malha não deve falhar, a Ovelha Negra. 
A forma como a Joana nos recebeu, largando o que estava a fazer para nos receber para mim é um gesto idêntico à de um amigo que nos recebe em sua casa, largando tudo para desfrutar de um momento connosco. A Joana apresentou-me a nova lã e trocámos ideias sobre modelos e fios. Penso que terá sido a minha terceira visita à loja física, mas senti como se regressasse mais uma entre muitas vezes, pela forma como a conversa fluiu!

Perdi a cabeça e investi em mais lã, mas com conta peso e medida! A medida exacta para um casaco igual ao que a Joana tinha vestido e ao de uma camisola sugerida no blog da Ovelha Negra. Como sempre recebi um mimo da Joana, desta vez em forma de amostra de detergente para lavar lã.
À tarde reencontrei-me com ele para um lanche muito especial em casa dos nossos amigos. Um rico dia, com um pobre registo fotográfico! Ficam as memórias de mais um dia na belíssima cidade do Porto.

quarta-feira

Indisciplina Natalícia


Agulhas zing adquiridas na The Craft Company Cascais
Um novo formato para partilhar no Yarn Along.
Leituras 
Nesta altura do ano, por muitas listas que faça, por muitas regras que invente e reinvente, nunca consigo evitar um certo caos no espaço e tempo que dedico aos trabalhos manuais! Gosto de oferecer presentes feitos por mim ou, materiais que possibilitem o prazer de fazer e criar. Além disso gosto de fazer algumas decorações de Natal para a nossa casa.
Este ano, afim de compensar os "investimentos" de que falei outro dia, decidi dar vida às revistas de Natal de anos anteriores. Encontro sempre alguma coisa que gostava de ter feito e não fiz. Como tal o tempo de leitura não é apenas do livro da Kate Morton, mas também dedico algum tempo a pesquisa e leitura de projectos de Natal.
Nas minhas horas de Bibliotecária na escola tenho lido pedaços de obras que quero ir conhecendo para ajudar os alunos na hora de escolherem um livro.
Malha:
Quando bordava mais, esta era uma época de intensa actividade, agora que os olhos não me ajudam os bordados deram lugar à malha.
A cesta da malha começa a estar absurdamvente desarrumada! Projectos escondidos (bem tento fazer às escondidas, mas por este andar não vou ter nada feito!), com projectos interrompidos (as minhas mãos vão ter de passar frio!), projectos feitos com medidas imaginárias...enfim, é o desatino total! Ainda assim tenho conseguido manter um certo equilíbrio neste "canto" do meu lar, neste pedaço do meu "tempo", com uma gestão que me tem permitido "esticar horas a fio" e que mantém ao largo a minha maior inimiga, a ansiedade. 
Desfrutando da ausência das correrias natalícias, calmamente tenho feito pequenas amostras, testado fios e cores. Agora sim, sinto-me pronta para deitar mãos às agulhas e iniciar um poncho que há muito fazia parte dos meus planos. A lã é Islandesa* e chegou-me através da Hélène Magnússon, The Icelandic Knitter.

*Nota: Estava com um certo receio porque só depois de ter feito a encomenda é que tomei consciência da possibilidade de problemas alfandegários, Islândia não pertence à CEE! Fiquei mais descansada quando li (aqui )"Não são esperadas grandes dificuldades". 
Comprar fora da UE, saiba o que esperar na alfândega clicando aqui.

segunda-feira

Comprar?! Investir!

Quando era miúda à saída da praia a vendedora ambulante gritava "Chora bebé, chora, que a mãe compra!". Eu e os meus irmãos aprendemos cedo que as coisas não eram bem assim. Tal como os meus pais me ensinaram, ensinei os meus filhos a pensarem muito bem antes de conjugarem o verbo "comprar"! O mesmo se aplica a mim e como tal penso sempre nas compras para os meus passatempos como um investimento, o que me obriga a pensar e a colocar certas questões evitando compras por impulso (nem sempre consigo!). 
Há já um tempo que queria investir em alguns livros e materiais que apesar de não serem imprescindíveis, sabia que os iria usar bastante, respondendo assim favoravelmente a uma das múltiplas questões que coloco perante a "tentação" da compra, "Vou usar vezes suficientes que justifiquem a compra?". 
Como consegui o livro do Arne&Carlos e o da Elisabeth Zimmerman*, em segunda mão por um preço inacreditável (cheguei a duvidar que tivesse visto bem!) comprei-os! Já que tinha de pagar os portes da Amazon, resolvi juntar à encomenda dos livros, este acessório para fazer pompons e agulhas para colocar as malhas em espera (artigos leves que não aumentaram o valor dos portes) Recebi a encomenda ao fim de cinco dias e nem queria acreditar no excelente estado em que os livros estão! 
Foi o meu primeiro investimento em livros em segunda mão, mas certamente não será o último.
Outra compra que considero um investimento são as lãs, desde que não seja para ficarem esquecidas num armário qualquer!
Esta semana recebi estes novelos lindíssimos da Rowan e a Joana teve a simpatia de juntar à encomenda um novelo de amostra de Wollmeise, um fio com um toque para lá do muito agradável, com uma cor espectacular. No blog da Ovelha Negra encontram sugestões para os fios desta marca.
A Ovelha Negra é a minha loja de eleição para comprar Rowan (e não só!). Depois de concluir os projectos que  tenho em mente e para os quais já fiz investimentos e de terminar pelo menos um projecto inacabado no intervalo entre os novos, pretendo fazer uma camisola com Wollmeise, aplicando assim os conhecimentos do livro e das aulas da Amy Herzog, na Craftsy
É verdade, invisto não só em livros, acessórios e lãs mas também em aulas. Tanto "investimento", não será melhor utilizar o termo "Compras", ou mesmo "gastos" e "despesas"?! Não! Apenas invisto nas aulas, também, quando estão em saldos (algumas são gratuitas)! Vêem com modelos e permitem aprender e reaprender ao meu ritmo, no meu horário, posso colocar questões aos professores e colegas de aula, saindo mais em conta do que a maioria dos workshops. Apenas fica a faltar o convívio e só por isso não recomendo. Há tanta gente só, a precisar de companhia! Ainda assim, no meu caso, com uma família numerosa e presente, e passando parte do meu dia numa escola, feito o balanço só me resta avaliar a compra destas aulas também como um investimento.
Último argumento a favor das minhas "compras", todos os investimentos que faço e o tempo que lhes dedico são incompatíveis com outros gastos, associados a quem tem tempo "vazio", como deambular pela cidade visitando lojas e cafés, ou idas a psiquiatras e psicólogos por nada ter que fazer se não remoer em pensamentos nada produtivos!
Invisto e sou feliz! Feliz enquanto me dedico aos projectos. Feliz com novas aprendizagens. Feliz com os resultados finais. Feliz quando ofereço peças feitas por mim. Feliz e orgulhosa quando digo "Fui eu que fiz!".
Compras?! Não! Investimentos de qualidade e em qualidade de vida!

* um manual de apoio às aulas da Amy, destaco as instruções que permitem as camisolas yoke acentarem bem, recorrendo a uma falsa costura ("phoney seams").

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domingo

Para descontrair gosto de...

Gosto de estar "Entre a Serra e o Mar"!
Aqui situa-se a fronteira entre a freguesia da "minha" Serra e a freguesia do Mar, do"Pomar às cores"!
Gosto de ter tempo para os trabalhos manuais enquanto ele se dedica aos seus trabalhos manuais!.
Gosto da companhia do Manchinhas que vai ganhando confiança, conquistando território e ficando por ali, atento e curioso.
Enquanto ele termina os "arranjos", gosto de caminhar passando na escola do bairro, para espreitar os "Animais da Quinta", um projecto educativo verdadeiramente inspirador!

Gosto de me sentir na Lua e de regressar à cidade apenas quando a lua nasce junto do seu Monte (a Serra de Sintra é também conhecida pelo Monte da Lua). Hoje estava fabulosa!