sexta-feira

Patchwork, Malha e Caminhadas

A ideia de iniciar a manta de patchwork, para o quarto dos netos, foi adiada, uma vez que estou a aguardar a chegada dos acrílicos, para seguir as instruções da Sarah, Circles for aplique , afim de facilitar e melhorar o resultado final da aplicação de círculos. Ainda assim já estive  estudar o projecto e a organizar os materiais, para ver se tinha algo em falta. Sempre que início este tipo de trabalhos tenho de consultar espessura da linha e tipo de agulha, mais apropriada para cada técnica. As agulhas estão devidamente identificadas, desde que passei a adquiri-las à Sarah, tendo aprendido com a Sarah as linhas mais apropriadas para applique, aurifil 80wt, para EPP aurifil 50wt e para  quilting aurifil 12wt, ficando aqui o registo para quando precisar saber onde consultar.

Entretanto os materiais acumulam-se e esperam por mim, pois investi em mais tecidos da Edyta Sitar, pelos quais me apaixonei de imediato e imaginei logo uma toalha de mesa quadrada para o novo telheiro.

Espero em 2024 dedicar mais tempo ao patchwork e tranquilamente ver as horas passar coloridas por tecidos unidos ao ritmo das agulhas, escutando audiobooks ou, ao serão, vendo séries. A propósito de audiobook estou a ouvir Threads of life, um livro que pensei comprar numa das visitas à minha filha, tendo confirmado o meu interesse quando a Rebecca, no seu podcast, referiu este  livro. Foi com imensa alegria e entusiasmo que ouvi no primeiro capítulo a referência à Tapeçaria Escocesa, que me trás tão boas memórias!



As agulhas de tricot têm sido habitadas por animais para os netos. A parte que me desagrada por falta de prática é a união de costuras onde existem diminuições e aumentos. O casaco que queria estrear nas festas de família tem avançado lentamente, ritmo que já seria de esperar em vésperas do Natal, com a quantidade de coisas que quero e há para fazer.

Tudo poderia estar mais adiantado mas a vida não roda só à volta das agulhas e ultimamente tenho sido desafiada, pelos meus irmãos e amigos, para trails de caminhada, que me fazem sentir bem, apesar das vertigens. No primeiro trilho, o do Zêzere desisti ao fim de 7 km, no ponto mais alto, tal eram as vertigens. No trilho das 6 Cascatas consegui lidar melhor com as vertigens e alguns medos, sentindo-me uma conquistadora ao superar cada uma das barreiras que, quero acreditar, acabam por ser mais psicológicas do que físicas.

Aldeia da Mata Pequena




Cheleiros

Pequenas conquistas em cada um dos trails fazem-me acreditar que é possível ultrapassar algumas das limitações que sinto. O registo fotográfico permitiu-me tomar consciência da postura errada ao longo de todo o percurso, ao tentar evitar as vertigens estou a aumentá-las com posição errada das cervicais. No fim das caminhadas há sempre tempo para uma bela almoçarada e um animado convívio. No dia do trilho das 6 Cascatas, o almoço foi no nosso telheiro novo, ainda não terminado, mas deu para ver que serve para reunir 20 pessoas à volta da mesa de uma forma confortável. Fiquei feliz por ter conseguido criar, com a construção do telheiro, um espaço exterior agradável para receber a família e amigos. 

O mês de Dezembro é um mês rico em festas familiares, irei ter a alegria de receber a minha família expatriada em casa, por isso, o mais provável será ter novas partilhas só no próximo ano. A todos os que acompanham estas minhas jornadas, obrigada pela vossas visitas e votos de um Santo Natal e Feliz Ano Novo. 

segunda-feira

Mudança de planos

No quarto dos netos onde me encontro muitas vezes com as agulhas na mão

Planos são isso mesmo, apenas planos! No meu caso são uma forma de listar os materiais adquiridos e de levar a bom porto os investimentos que faço. Assim que saiu o painel de Natal da Jo, sabia que queria fazer. Adquiri o kit e juntei-lhe mais uns quantos tecidos que tinha em casa. Acreditei que conseguiria fazer a tempo do Natal de 2022, mas há tanta coisa boa na vida em que tropeço no caminho que percorro, que o traçado de um plano, rapidamente sofre desvios. Em Julho retomei o Calendário do Advento a pensar que terminaria para este Natal mas, entretanto, outros projectos chamam por mim. Irei dar prioridade ao que quero fazer para os netos para eles desfrutarem enquanto têm idade para isso. Por vezes atrasar um ano os modelos que gostaria de oferecer aos netos, significa que quase já não faz sentido. Como tal, vou iniciar We are family e adiar o painel de natal para 2024, pois um Calendário do Advento fará sempre sentido terminar em qualquer altura e, sempre que quiser treinar a aplicação de tecidos ou desafiar a criatividade em termos de bordado, posso sempre regressar a este painel que me tem permitido experienciar novas técnicas.

Em termos de malha tenho tentado usar o que tenho em casa, tendo terminado o colete Galanta,da Carol Feller. Iniciei uns bonecos que há muito tempo estavam na minha lista de coisas que quero fazer e um cardigan, Cloud Peak, da Joji Locatelli, para usar a alpaca da Drops, uma das minhas primeiras aquisições, quando regressei à malha.

Enquanto aguardava a chegada dos novelos em falta, para iniciar os bonecos, fui tecendo mais quadrados para a manta da Carol Feller.

Estes são os planos do momento. Será que os vou manter?! Estou constantemente a ser aliciada pelo que me rodeia. Ontem foi o filme que revi, The Guernsey Literary & Potato Peel Pie Society que me fez ter imensa vontade de regressar ao patchwork. Adoro este filme, frases e pensamentos maravilhosos, de uma intensa sensibilidade, campo inglês e desta vez mais atenta a detalhes, como as colchas de patchwork. Deu-me uma certa nostalgia, porque tinha começado a rever este filme na última visita à minha filha expatriada. Mergulhada nestas ondas de nostalgia só me apetece fazer os bonecos para os netos e patchwork para embelezar a casa para as próximas visitas. 

Esperar  para ver o que farei nos próximos tempos!

sexta-feira

Horta de Outono

Em primeiro plano, Lúcia-lima, no primeiro canteiro várias espécies de couves e espinafres

Finalmente deitei mãos à terra, guiada pela Susana Caseiro, quer seguindo as instruções das aulas no Youtube, quer consultando o seu livro, A minha Horta em casa. Estou a ponderar inscrever-me num dos cursos da Susana. Por agora apenas plantei e nada semeei, tendo adquirido os exemplares na cooperativa agrícola de Colares e de Sintra. O Zé trouxe a couve chinesa e a rúcula da Cooperativa Agrícola de Loures. A primeira dificuldade foi identificar os pés de couve, já que misturaram tudo no mesmo saco. Fiquei mais descansada quando percebi que até o jardineiro tinha dificuldade em identificar cada espécie de couve. 

Perpétua roxa, alfaces, rúcula

Amores-perfeitos, cebolas, acelgas, nos canteiros. Ao fundo maracujás, erva príncipe, fisálias e orégãos (ainda por plantar, por estar a aguardar a chegada de mais aromáticas)

Outra dúvida foi a que distância devia plantar as cebolas. Felizmente o jardineiro apareceu nesse momento e ajudou-me a definir os espaços entre cebolas, alfaces, acelgas e couves. Na passagem pelo Horto da Praia Grande não resisti à perpétua roxa, hortelã da ribeira (a pedido do jardineiro não vou plantar por ser praga) e à citronela (pareceu-me erva príncipe e é!) acreditando que vai evitar mosquitos na zona destinada à leitura, onde foi plantado um medronheiro para criar sombra. 

Deitei mãos à terra, já no final do dia, as últimas plantações foram quase às escuras. Ainda assim, acho que resultou! A couve chinesa, a rúcula e os espinafres foram plantados dois dias depois, quando a chuva nos deu tréguas. Ansiosa para ver os resultados!


A próxima tarefa será adaptar o galinheiro para a chuva. Terei de podar o que coloquei para proteger as galinhas do sol de Verão, para que possam ter acesso ao sol de Inverno. Entretanto o meu filho já iniciou a tarefa de podar.

As galinhas também vão ficar a ganhar com a horta porque parte das couves e espinafres foram plantadas a pensar nelas. 

A construção de uma Horta e jardinar são actos de esperança, de acreditar que a natureza a seu tempo vai nos deslumbrar. Quase tudo foi plantado pequeno, agora é esperar para ver. A opção foi um jardim de baixa manutenção e com pouco relvado. Dele escreverei num outro dia. Fica a fotografia do canto dos netos, onde poderão brincar com areia e à vontade. Aqui foram plantadas algumas árvores, limoeiro, marmeleiro e macieira. A romãzeira e a oliveira estão noutra zona do jardim. A citronela afinal vem para aqui a fim de tentar afastar os gatos da areia onde os meus netos brincam.

O canto para os netos reinarem

segunda-feira

Desafios e aprendizagens com a Carol Feller

A Irlandesa Carol Feller, da Stolen Stitch, foi das primeiras professoras de malha que tive, na altura, através da Craftsy. Desde então sigo o seu trabalho o que me levou a alinhar com o desafio de tricotar uma manta de quadrados, com fio Galway, contribuindo, deste modo, para a recuperação de mais uma espécie de ovelha e simultaneamente apoiando jovens em risco. 

Já fiz 5 quadrados com os quais aprendi alguma coisa guiada pela excelente professora que é a Carol.

Esta semana resolvi aderir ao seu último desafio, escolhendo fazer um colete com fio que adquiri já há alguns anos, à Paula, da artimoda, apesar de não ser muito indicado para este modelo. O que pesou na decisão foi precisamente para dar destino a um fio que, certamente não dará para uma camisola, mas que tenho esperança que dê para um colete, uma peça ideal para meia estação. O novelo não tem qualquer tipo de informação, no entanto, a primeira compra que fiz no Knitting & Stitching Show, permite-me identificar a espessura e selecionar a agulha com que devo trabalhar. Servi-me da seguinte tabela para fazer algumas equivalências.

Fonte, Craft Yarn Council 

A amostra está feita, os cálculos para escolha de tamanho do modelo foram verificados com a fórmula da Carol Feller

No Outono espero conseguir terminar o colete, no Inverno gostava de aconchegar a família na manta, mas entretanto tenho planos de fazer uns bonecos para os netos. Limpei as agulhas antes de iniciar o colete tendo terminado a Sophie shawl, projecto que utilizei para me acompanhar na viagem a Inglaterra, por ser simples e querer dar uso às sobras do fio da camisola Shifty, da Andrea Mowry ( a terceira cor estou a reconsiderar mudar, escolhi à noite).

Os trabalhos de malha estão organizados e planificados, faltou-me referir que gostava de fazer a camisola da Petit Knit, mas ainda terei de escolher o fio na The Craft Company. Gostava de tentar fazer sacos de água quente, para oferecer no natal, modelo da Kate Davies, do livro AlloverTalvez esteja a ser ambiciosa, até porque os meus tempos livres não são só preenchidos com malha! Apenas a leitura não interfere com as agulhas, pois leio quando me vou deitar, para desligar. Quanto a livro, terminei a leitura do livro Perto de casa, iniciei O Clube do Crimes das quintas-feiras e, este ano, aderi ao audiobook, mas apenas em inglês, estando a ouvir o livro The Secret Keeper, da Kate Morton.

quarta-feira

The Knitting and Stitching Show 2023 - London



Uma ida a Londres para estar com a família expatriada é sempre bom, mas com uma visita programada a uma feira com amigos, ainda é melhor! No entanto, este ano, a feira estava reduzida a um terço, pouco tinha de malha, sendo o foco principal o patchwork. Não vi bancas internacionais e, em conversa com algumas feirantes, percebi que o Brexit arruinou este tipo de feiras e pequenos negócios nesta área. Ainda assim gostei de conversar com algumas designers, fiz compras em materiais que me irão ocupar as mãos por uns anos e, no fim, ainda deu tempo para conversas inspiradoras e enriquecedoras com algumas artistas sobre os trabalhos que tinham expostos.

Antes da feira fomos deixar o Vasco à escola. Embora ele adore estar com os amigos, fico sempre de coração partido ao deixá-lo. Já era assim com os meus filhos! 

Segue a descrição da visita, acompanhada de links para os sites de algumas lojas. Nada como umas agulhas para me serenar, daí considerar um bom investimento a compra deste tipo de materiais, embora tenha plena consciência que devo ser mais disciplinada em termos financeiros!


A exposição de panos de pó bordados servia como recepção ao público. Já na entrada para a galeria de expositores era possível apreciar alguns trabalhos que estiveram expostos na feira de agosto The Festival of Quits.


Tentei comunicar com os nossoa amigos, mas sem sucesso, por falta de rede e decidimos seguir para a zona do mercado, para ver se os encontrávamos. O primeiro investimento, talvez impulsivo, foi na banca da Angela Daymond, pois não resisti ao painel outonal com animais de bosque. A Angela ajudou-me a calcular a quantidade de outros tecidos que precisaria para tirar o melhor partido do painel.  

Apesar de já ter tecido em quantidade suficiente para um trabalho, no The Stitching Post não resisti a adquirir mais alguns tecidos que combinam com os da Angela, mas que também poderão servir para a manta, Queens Walk´Quilt , que quero iniciar em breve.

Finalmente conheci a simpática Jenny da Pincushion Pantiles e, embora tenha tido o juízo de não comprar dois kits quando visitei a sua loja, o Prince nunca mais abandonou os meus pensamentos criativos e não resisti em trazê-lo comigo. Terei de gerir o que quero fazer, com alguma racionalidade, evitando a ansiedade que me causa ter um investimento em materiais que repousam no espaço dedicado a estes trabalhos. Terei de começar pelos projectos para os netos para não os terminar quando já não fizer sentido. Talvez intercale com os que são para a nossa nova casa.



Na banca da Luna Lapin, Coolcrafting, estive tentada em adquirir materiais para, finalmente, fazer alguns bonecos mas tendo já gasto tanto dinheiro e estando limitada com espaço de bagagem para o regresso a Portugal, consegui resistir. Não tive a mesma força para fechar os olhos e deixar para trás estes dois livros irresistíveis. Mesmo que não venha a fazer nada os livros são lindos! Os projectos da Claire Garland, da Beatrix Potter têm a vantagem de serem feitos com fios da Drops, fios sempre muito em conta e que costumo adquirir no Clube de Tricot.


A simpática e bem disposta Cyntia Treen

Fiquei fascinada com The Indian Block Print! Não tendo tempo para novas experiências, passei o interesse para o Zé, ajudei na escolha de uma das cores e será ele a explorar estes materiais.




Já tinha dado por terminado os meus investimentos mas, quando passei novamente pela banca da Janet Clare, e empurrada pelo Zé, "depois ficas a pensar nisso", acabei por trazer um pequeno kit, espero que de fácil e rápida execução, para experimentar. Conheço há muito trabalho da Janet e sempre gostei imenso.


Avental da Jane - fotografias tiradas pela minha amiga Tátá


Esquema do avental pode ser adquirido na loja Pincushion

Próximo da hora do fecho, fomos ver a exposição, numa corrida, mas com tempo para conversar com algumas artistas.






Para os trabalhos de malha apenas trouxe 3 meadas que estavam com uma excelente promoção e um novelo para meias para o Zé, escolhido por ele. O erro que cometi foi ir atrás de promoções, devia ter trazido apenas o novelo para meias.

Na Shutelane comprei estes desenhos de grande qualidade, talvez, apenas para os emoldurar. Na Sea Parrot vi tiras com aves e animais de bosque que escolhi para fazer umas bandeirolas para o novo deck.


Numa feira tão pequena deu tempo até para sonhar enquanto conversava com um escocês que divulgava uma estadia de sonho na Gartmore House . Quando chegar a altura, será que a reforma de uma professora dará para estes programas?


Infelizmente não conseguimos chegar a tempo de apanhar o Vasco na escola, mas aproveitámos bem os dias seguintes com a Madalena e com os netos.



Os nossos programas foram pelo bairro, incluindo, como sempre, idas às livrarias. Tentei arranjar o livro ilustrado The Wind in the Willows com os contos que inspiraram a Cyntia, mas era de tal forma pesado que teve de ficar para uma próxima visita, com bagagem mais vazia. Na lista de futuras aquisições ficaram também alguns livros de culinária.

O livro na Amazon

Instagram do Julius Roberts, onde o descobri

No sábado, a pedido do Vasco, fomos ao Museu da Ciência, um dos seus programas favoritos.


Foi uma visita rápida mas é sempre muito bom. Regressei à rotina com um sorriso na cara. Começar os dias na escola bem cedo, ajuda bastante. Além dos dias renderem mais, gosto de ver o amanhecer na "minha" Serra.