sexta-feira

Horta de Outono

Em primeiro plano, Lúcia-lima, no primeiro canteiro várias espécies de couves e espinafres

Finalmente deitei mãos à terra, guiada pela Susana Caseiro, quer seguindo as instruções das aulas no Youtube, quer consultando o seu livro, A minha Horta em casa. Estou a ponderar inscrever-me num dos cursos da Susana. Por agora apenas plantei e nada semeei, tendo adquirido os exemplares na cooperativa agrícola de Colares e de Sintra. O Zé trouxe a couve chinesa e a rúcula da Cooperativa Agrícola de Loures. A primeira dificuldade foi identificar os pés de couve, já que misturaram tudo no mesmo saco. Fiquei mais descansada quando percebi que até o jardineiro tinha dificuldade em identificar cada espécie de couve. 

Perpétua roxa, alfaces, rúcula

Amores-perfeitos, cebolas, acelgas, nos canteiros. Ao fundo maracujás, erva príncipe, fisálias e orégãos (ainda por plantar, por estar a aguardar a chegada de mais aromáticas)

Outra dúvida foi a que distância devia plantar as cebolas. Felizmente o jardineiro apareceu nesse momento e ajudou-me a definir os espaços entre cebolas, alfaces, acelgas e couves. Na passagem pelo Horto da Praia Grande não resisti à perpétua roxa, hortelã da ribeira (a pedido do jardineiro não vou plantar por ser praga) e à citronela (pareceu-me erva príncipe e é!) acreditando que vai evitar mosquitos na zona destinada à leitura, onde foi plantado um medronheiro para criar sombra. 

Deitei mãos à terra, já no final do dia, as últimas plantações foram quase às escuras. Ainda assim, acho que resultou! A couve chinesa, a rúcula e os espinafres foram plantados dois dias depois, quando a chuva nos deu tréguas. Ansiosa para ver os resultados!


A próxima tarefa será adaptar o galinheiro para a chuva. Terei de podar o que coloquei para proteger as galinhas do sol de Verão, para que possam ter acesso ao sol de Inverno. Entretanto o meu filho já iniciou a tarefa de podar.

As galinhas também vão ficar a ganhar com a horta porque parte das couves e espinafres foram plantadas a pensar nelas. 

A construção de uma Horta e jardinar são actos de esperança, de acreditar que a natureza a seu tempo vai nos deslumbrar. Quase tudo foi plantado pequeno, agora é esperar para ver. A opção foi um jardim de baixa manutenção e com pouco relvado. Dele escreverei num outro dia. Fica a fotografia do canto dos netos, onde poderão brincar com areia e à vontade. Aqui foram plantadas algumas árvores, limoeiro, marmeleiro e macieira. A romãzeira e a oliveira estão noutra zona do jardim. A citronela afinal vem para aqui a fim de tentar afastar os gatos da areia onde os meus netos brincam.

O canto para os netos reinarem

segunda-feira

Desafios e aprendizagens com a Carol Feller

A Irlandesa Carol Feller, da Stolen Stitch, foi das primeiras professoras de malha que tive, na altura, através da Craftsy. Desde então sigo o seu trabalho o que me levou a alinhar com o desafio de tricotar uma manta de quadrados, com fio Galway, contribuindo, deste modo, para a recuperação de mais uma espécie de ovelha e simultaneamente apoiando jovens em risco. 

Já fiz 5 quadrados com os quais aprendi alguma coisa guiada pela excelente professora que é a Carol.

Esta semana resolvi aderir ao seu último desafio, escolhendo fazer um colete com fio que adquiri já há alguns anos, à Paula, da artimoda, apesar de não ser muito indicado para este modelo. O que pesou na decisão foi precisamente para dar destino a um fio que, certamente não dará para uma camisola, mas que tenho esperança que dê para um colete, uma peça ideal para meia estação. O novelo não tem qualquer tipo de informação, no entanto, a primeira compra que fiz no Knitting & Stitching Show, permite-me identificar a espessura e selecionar a agulha com que devo trabalhar. Servi-me da seguinte tabela para fazer algumas equivalências.

Fonte, Craft Yarn Council 

A amostra está feita, os cálculos para escolha de tamanho do modelo foram verificados com a fórmula da Carol Feller

No Outono espero conseguir terminar o colete, no Inverno gostava de aconchegar a família na manta, mas entretanto tenho planos de fazer uns bonecos para os netos. Limpei as agulhas antes de iniciar o colete tendo terminado a Sophie shawl, projecto que utilizei para me acompanhar na viagem a Inglaterra, por ser simples e querer dar uso às sobras do fio da camisola Shifty, da Andrea Mowry ( a terceira cor estou a reconsiderar mudar, escolhi à noite).

Os trabalhos de malha estão organizados e planificados, faltou-me referir que gostava de fazer a camisola da Petit Knit, mas ainda terei de escolher o fio na The Craft Company. Gostava de tentar fazer sacos de água quente, para oferecer no natal, modelo da Kate Davies, do livro AlloverTalvez esteja a ser ambiciosa, até porque os meus tempos livres não são só preenchidos com malha! Apenas a leitura não interfere com as agulhas, pois leio quando me vou deitar, para desligar. Quanto a livro, terminei a leitura do livro Perto de casa, iniciei O Clube do Crimes das quintas-feiras e, este ano, aderi ao audiobook, mas apenas em inglês, estando a ouvir o livro The Secret Keeper, da Kate Morton.

quarta-feira

The Knitting and Stitching Show 2023 - London



Uma ida a Londres para estar com a família expatriada é sempre bom, mas com uma visita programada a uma feira com amigos, ainda é melhor! No entanto, este ano, a feira estava reduzida a um terço, pouco tinha de malha, sendo o foco principal o patchwork. Não vi bancas internacionais e, em conversa com algumas feirantes, percebi que o Brexit arruinou este tipo de feiras e pequenos negócios nesta área. Ainda assim gostei de conversar com algumas designers, fiz compras em materiais que me irão ocupar as mãos por uns anos e, no fim, ainda deu tempo para conversas inspiradoras e enriquecedoras com algumas artistas sobre os trabalhos que tinham expostos.

Antes da feira fomos deixar o Vasco à escola. Embora ele adore estar com os amigos, fico sempre de coração partido ao deixá-lo. Já era assim com os meus filhos! 

Segue a descrição da visita, acompanhada de links para os sites de algumas lojas. Nada como umas agulhas para me serenar, daí considerar um bom investimento a compra deste tipo de materiais, embora tenha plena consciência que devo ser mais disciplinada em termos financeiros!


A exposição de panos de pó bordados servia como recepção ao público. Já na entrada para a galeria de expositores era possível apreciar alguns trabalhos que estiveram expostos na feira de agosto The Festival of Quits.


Tentei comunicar com os nossoa amigos, mas sem sucesso, por falta de rede e decidimos seguir para a zona do mercado, para ver se os encontrávamos. O primeiro investimento, talvez impulsivo, foi na banca da Angela Daymond, pois não resisti ao painel outonal com animais de bosque. A Angela ajudou-me a calcular a quantidade de outros tecidos que precisaria para tirar o melhor partido do painel.  

Apesar de já ter tecido em quantidade suficiente para um trabalho, no The Stitching Post não resisti a adquirir mais alguns tecidos que combinam com os da Angela, mas que também poderão servir para a manta, Queens Walk´Quilt , que quero iniciar em breve.

Finalmente conheci a simpática Jenny da Pincushion Pantiles e, embora tenha tido o juízo de não comprar dois kits quando visitei a sua loja, o Prince nunca mais abandonou os meus pensamentos criativos e não resisti em trazê-lo comigo. Terei de gerir o que quero fazer, com alguma racionalidade, evitando a ansiedade que me causa ter um investimento em materiais que repousam no espaço dedicado a estes trabalhos. Terei de começar pelos projectos para os netos para não os terminar quando já não fizer sentido. Talvez intercale com os que são para a nossa nova casa.



Na banca da Luna Lapin, Coolcrafting, estive tentada em adquirir materiais para, finalmente, fazer alguns bonecos mas tendo já gasto tanto dinheiro e estando limitada com espaço de bagagem para o regresso a Portugal, consegui resistir. Não tive a mesma força para fechar os olhos e deixar para trás estes dois livros irresistíveis. Mesmo que não venha a fazer nada os livros são lindos! Os projectos da Claire Garland, da Beatrix Potter têm a vantagem de serem feitos com fios da Drops, fios sempre muito em conta e que costumo adquirir no Clube de Tricot.


A simpática e bem disposta Cyntia Treen

Fiquei fascinada com The Indian Block Print! Não tendo tempo para novas experiências, passei o interesse para o Zé, ajudei na escolha de uma das cores e será ele a explorar estes materiais.




Já tinha dado por terminado os meus investimentos mas, quando passei novamente pela banca da Janet Clare, e empurrada pelo Zé, "depois ficas a pensar nisso", acabei por trazer um pequeno kit, espero que de fácil e rápida execução, para experimentar. Conheço há muito trabalho da Janet e sempre gostei imenso.


Avental da Jane - fotografias tiradas pela minha amiga Tátá


Esquema do avental pode ser adquirido na loja Pincushion

Próximo da hora do fecho, fomos ver a exposição, numa corrida, mas com tempo para conversar com algumas artistas.






Para os trabalhos de malha apenas trouxe 3 meadas que estavam com uma excelente promoção e um novelo para meias para o Zé, escolhido por ele. O erro que cometi foi ir atrás de promoções, devia ter trazido apenas o novelo para meias.

Na Shutelane comprei estes desenhos de grande qualidade, talvez, apenas para os emoldurar. Na Sea Parrot vi tiras com aves e animais de bosque que escolhi para fazer umas bandeirolas para o novo deck.


Numa feira tão pequena deu tempo até para sonhar enquanto conversava com um escocês que divulgava uma estadia de sonho na Gartmore House . Quando chegar a altura, será que a reforma de uma professora dará para estes programas?


Infelizmente não conseguimos chegar a tempo de apanhar o Vasco na escola, mas aproveitámos bem os dias seguintes com a Madalena e com os netos.



Os nossos programas foram pelo bairro, incluindo, como sempre, idas às livrarias. Tentei arranjar o livro ilustrado The Wind in the Willows com os contos que inspiraram a Cyntia, mas era de tal forma pesado que teve de ficar para uma próxima visita, com bagagem mais vazia. Na lista de futuras aquisições ficaram também alguns livros de culinária.

O livro na Amazon

Instagram do Julius Roberts, onde o descobri

No sábado, a pedido do Vasco, fomos ao Museu da Ciência, um dos seus programas favoritos.


Foi uma visita rápida mas é sempre muito bom. Regressei à rotina com um sorriso na cara. Começar os dias na escola bem cedo, ajuda bastante. Além dos dias renderem mais, gosto de ver o amanhecer na "minha" Serra.