domingo

Land Rover e Boro

 
 Eu remendei, ele tratou do resto!
 Desta vez foi a porta do meu lado!
Na hora do regresso à cidade, a minha irmã registou o momento e enviou-nos esta fotografia com a legenda, muito bem escolhida, "A caminho do pôr do sol".

sábado

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" *

Com o solstício de Verão o meu tempo mudou. Vou passar a estar mais desligada do computador para assim ganhar ainda mais tempo nestes dias gigantescos! Porém continuarei por aqui, talvez com menos escrita privilegiando a imagem. Talvez um "Diário" fotográfico! Vou deixar as coisas simplesmente acontecerem. 

*Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
  Muda-se o ser, muda-se a confiança;
  Todo o mundo é composto de mudança,
 Tomando sempre novas qualidades.

Primeiras fotografias (quem sabe de muitas!) deste "novo tempo", os quadrados da manta "Por aí" iniciada no Solstício de Verão.

Arborismo em FAMÍLIA

Atenta com a cabeça no ar mas sempre com os pés bem assentes na Terra!

sexta-feira

Perceber, sentir, dar tempo...



Voltei a bordar com lã. Preciso de perceber como se comportam os tecidos e fios, sentir as texturas dos diversos pontos (estas circunferências serão o espaço ideal para experimentar!). Ponto a ponto vou reflectindo sobre o que quero fazer a seguir. Talvez utilizar o bordado com os tecidos da "Loja dos Escoceses". O tempo definirá o destino deste bordado.

quinta-feira

Tingir e Alinhavar

 A primeira experiência com ímanes resultou numa lua perfeita, numa cor imperfeita!
 Pensava que iria obter azul e tive de me contentar com a cor do algodão e tingi a noite, ou seja, o fundo do pano. Terei de fazer mais pesquisas para conseguir o azul índigo, o que é difícil sem ter a planta! Por agora as experiências são com corantes que o meu filho tinha da Escola de Artes António Arroio, desconhecendo por completo a sua composição.
 No frasco e na panela ficou o azul que eu queria no linho e no algodão!
Aproveitando a Lua, fiz mais uma experiência reutilizando tecidos. Não consegui um fundo com o gradiente ideal de cor (se é que isso existe?!). Mas parti do Mar, para o verde da "minha" Serra, terminando nas noites frescas que imperam no Monte da Lua.
Utilizei a primeira imagem que trabalhei no Picasa. Chaminés gémeas fazendo lembrar os gémeos da família e as falsas gémeas, como o nosso Pediatra apelidava as minhas filhas por tão próximas que eram e por tão grande cumplicidade que as unia. Na base apliquei um tecido dobrado, para depois bordar o desenho do telhado do Palácio da Vila.
A árvore (ainda com muitos ramos e rosto por bordar!) é um elemento que representa o bosque que me rodeia, onde sempre gostei de caminhar, explorar com as crianças da família, por isso abraça as gémeas e por elas é abraçada.
No azul encontro o Mar e o Rio das maçãs, que nem comecei a bordar, nem cheguei a aplicar!
Enfim, não é mais do que uma experiência que não terminei por não estar a gostar do resultado, mas com a qual aprendi alguma coisa. Foi o primeiro de muitos passos que quero dar para "Alinhavar memórias". Por pouco que seja é sempre bom aprender!

quarta-feira

Slow Stitch

Ontem chegou o livro da Claire Wellesley-Smith que tanto desejei! A leitura e imagem são mesmo aquilo que eu procurava. Estou a tentar desacelerar o ritmo do dia-a-dia, reutilizando tecidos e linhas, seguindo a filosofia contida neste livro.

"The speed of life in the 21st century can be overwhelming but taking a calmer, more measured approach to the creative process can help you find new joy in the experience of making - and to produce textile art that is personal, sustainable and beautiful.(...)
Claire introduces a range of ways in wich you can slow your textile work down.(...)
Practical projects such as stitch journals (...)"

De momento procuro não só projectos para fazer com todo o tempo do mundo, como também adaptados à estação do ano. Com o calor a minha escolha vai para projectos que possa "fazer por partes" e ao ar livre. Não conseguindo, no Verão,  tolerar fazer malha com certas lãs, mas não querendo colocar de parte a malha, iniciei uma manta de quadrados a Vivid , a que chamei "Por aí", pois os planos são mesmo de ir fazendo-a por aí. Com este projecto participo no KAL da Kammebornia, que tem um podcast com uma fotografia excepcional e com trabalhos de malha lindíssimos.
"Por aí" acompanhará a vida de nómada que gosto de levar durante as férias e já a pensar nesses dias leio uma das minhas revistas favoritas.
Na cabeceira tenho mais um policial. Comecei a ler ontem e de imediato a escrita de Kepler, uma dupla de escritores, prendeu-me apesar dos nomes nórdicos baralharem-me um pouco no princípio!
Precisava deste tipo de leitura, pois andava a sofrer de insónias a pensar no que quero fazer quando terminar esta manta, praticamente toda acolchoada! Preciso urgentemente de algo para substituir este trabalho, algo para durar e durar, para gozar sem pressas nem limite de tempo, algo semelhante aos projectos que a Claire refere no livro "Slow Stitch". Não passo sem um bordado ou alinhavo, algo que me acalma bastante, onde encontro um certo equilíbrio!

 A manta "Por aí" será em azul, bege, cinzas e grená (talvez ainda acrescente um tom castanho!) para fazer companhia à "A Gardener´s Journal" . Aguardo a chegada da cor grená claro 5565 a qual terei de testar para ter a certeza que não tinge as restantes.
Partilho e inspiro-me no Yarn Along.
Yarn Along

terça-feira

Um novo espaço

Bolsa japonesa
alguns alinhavos ainda por dar!
Este ano começou com grandes mudanças na minha vida. Fruto dessas mudanças ganhei um novo espaço onde consigo ter os bordados, os tecidos, a malha, lupas, candeeiros, máquina de costura, tábuas de corte e todo o tipo de acessórios para os trabalhos manuais. Assim deixei de ser nómada cá por casa, sempre que quero dedicar-me aos meus passatempos. Após tanta arrumação e organização, ainda assim continuo a não saber onde estão algumas coisas (muitas!) quando necessito.
Sedentária no meu canto mas ainda muito perdida! Em contrapartida ter assim (quase!) todo o material que disponho exposto dá-me vontade de experimentar, aprender, explorar.
Um experiência nova para mim foi sentir as texturas e como se comportam os tecidos japoneses.
Estou encantada com estes tecidos que desencantei numa loja, à qual não faço referência propositadamente, pois cheiravam extremamente a mofo e penso que foi um azar. Aguardo ainda uma encomenda que fiz no dia 29 de Abril, de tecidos japoneses e de Sashiko. Decididamente prefiro comprar nas nossas lojas do que esperar e desesperar com compras na Internet! Talvez na FIA consiga encontrar materiais interessantes! Perfeito seria não investir em materiais e tentar reaproveitar, utilizar e reutilizar o que já tenho. Tenho-me esforçado por não comprar, ou melhor, investir, até porque quero visitar a Irlanda este Verão! Não é fácil poupar a um "clique" de ofertas sem fim, mas confesso que já foi mais difícil. É tudo uma questão de prática!

segunda-feira

Ó Óbidos

 Como queria ver ao vivo os trabalhos lindíssimos da Rita fomos visitar o Espaço Ó. Fiquei maravilhada com o seu trabalho e soube-me bem ficar ali na "palheta" sentindo a paixão da Rita pelo que faz! 
Antes de explorarmos outros lugares demos uma volta por Óbidos.
No arco, o outro lado do arco e outros arcos!
Do regresso a Lisboa, sem mais palavras, fica o silêncio radical da paisagem captada.

* FLiP 2. Inerenteinseparável. 3. Completo.
"radical", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/radical