quinta-feira

Redes Sociais, vício ou fonte de inspiração e aprendizagens?





Graças às redes sociais a Luísa foi conhecendo alguns dos meus gostos pelos meus perfis públicos e partilhas e apresentou-me a  Christie Jones Ray. Desde o primeiro contacto com as partilhas da Christie, que fiquei dependente dos seus vídeos, de uma forma obsessiva! Quando estou mais ansiosa e cansada da escola, procuro alguma serenidade e paz escutando a sua voz de embalar. Com a Christie regresso aos dias felizes da minha infância, à  sua semelhança, uma infância numa família de quatro irmãos, vivida de uma forma frugal. Tal como eu, tinha como programas favoritos Uma casa na Pradaria, brincava com agulhas, tinha (e ainda tem) uma Holly Hobbie, eu tive estampagem da Holly Hobbie num diário e numa vela, presente do meu pai, com uma frase e a Holly Hobbie (infelizmente na última mudança de casa perdi a vela que guardei todos estes anos). 

Simultaneamente, encontro imensos pontos em comum, no meu dia-a-dia de professora, avó, tricotadeira e viciada em epp

O bordado que fiz para um dos meus sobrinhos aqui e esquema aqui. O livro de contos adquiri numa das minhas últimas idas a Lisboa, para ler aos meus netos, quando ficarem em casa da Avó Sofia (um vídeo  e um filme divertidíssimo, que adorei, para ver um dia com os netos). A toalha de chá e o iman que coloquei no candeeiro de bordar, foram as memórias físicas que escolhi da visita à exposição da Beatrix Potter

Mais uma aquisição, esta em segunda mão, o que tem sido quase sempre a minha escolha.

Christie rendeu-se à vida e Mundo da Beatrix Potter e da Tasha Tudor, que eu desconhecia de todo e que rapidamente me cativou pela coragem de viver na maior simplicidade, apesar de isso implicar uma vida dura. Sorri quando li que a Tasha Tudor gostava de andar descalça, algo que eu também faço, sempre que me é possível.

Será que as redes sociais são apenas viciantes? Serão apenas fonte de inspiração? Ou serão uma mistura de ambas? Confesso que a Christie me cativou no primeiro instante, a ponto de ter passado horas nas redes sociais vendo todos os seus vídeos. São muitas horas, mas sempre de agulhas na mão e horas verdadeiramente inspiradoras. Horas que me guiaram até este novo projecto a que tenho me dedicado desde o Verão. Horas de muita aprendizagem, que me remeteram para pessoas interessantes.

Toalhas de chá compradas na minha primeira visita à loja da Jessie, pensando um dia em bordá-las.

Umas já conhecia, como a Jessie Chorley, Ann Wood, Nicki Franklin, Julie Arkell Fiquei a conhecer a portuguesa, Filipa Pereira Nobrega que dá vida a bonecas lindas, num canto de Inglaterra e a australiana da Strawberry Thief a quem comprei uma passagem, com um ano de atraso, para uma Volta ao Mundo e onde encontrei aplicações para calcular o número de hexágonos em função da sua dimensão e do tamanho da manta, entre outros truques e dicas. 

O problema de seguir tanta mulher inspiradora é a vontade de querer tudo fazer e tudo comprar! Comprei vários livros, tentei comprar tecido da Cabbages and Roses, sem sucesso e estou tentada em adquirir, finalmente, tecidos da Tilda.

Conclusão, as redes sociais são um vício inspirador, com conta peso e medida, são uma fonte de novas aprendizagens/competências e, infelizmente, podem levar a um aumento de despesas, que admito que tive nestes últimos meses, apesar de pensar sempre que são um investimento e que é preferível gastar dinheiro em materiais para manter as mãos e a mente ocupadas, do que gastar em consultas de psiquiatria!

Última compra do mês, um livro da Edyta. A motivação principal para esta aquisição foi o projecto da capa.

Regressei a Londres



Finalmente conseguimos viajar sem exigências relativamente a testes e vacinas COVID! A pouco e pouco vamos retomando um ritmo normal, mas nunca deixaremos de nos referir a "antes e depois do COVID", um marco no tempo, tempo que ficou suspenso nas nossas vidas.

Não tivemos oportunidade de viajar por Inglaterra uma vez que uns dias deixávamos o Vasco na creche e pelas 6 (a maioria das vezes muito antes das 6) íamos apanhá-lo. Quando chegou o fim-de-semana o Vasco ficou doente e os planos caíram por terra. Não consegui ir ao Festival of Quilts, dadas as greves nos transportes, sendo os transportes alternativos tão dispendiosos que seria algo para lá do razoável. Também não consegui visitar Antique Textiles Company, erro meu que não consultei o Instagram onde estava a informação do fecho, devido a um retiro em Northumberland. Nada disto teve importância, Londres tem sempre muito para oferecer e tudo pode ficar para uma próxima vez. O mais importante, ajudar os filhos, conseguimos fazer!

Antique Textiles Company


Mimei a minha paixão por tecidos e afins com uma visita à Liberty e  com a compra de tecidos para o meu novo vício, EPP!


Como sempre o tempo voou e soube a pouco!

Ao correr da pena (o português nunca será o melhor porque umas vezes falarei por mim e outras falarei pelos dois!), escrevo o que mais me agradou fazer, sempre na companhia do Zé, que também fez as suas escolhas e garantiu um registo fotográfico:

 a visita ao Mundo da Beatrix Potter










a exposição de William Turner, a decorrer no Tate Britain, onde também tivemos a oportunidade de ver The Procession de Hew Locke,


o passeio até Hampstead Heath




regresso a Angel, em Camden Passage, para mais uma visita à Loop e a uma loja de artigos de pintura e desenho.


Os bonecos únicos da Julie Arkell




 Portobello (sem mercado, mais calmo) 

Tentarei copiar estes vasos nas pérgolas cá de casa!




a  ida a Richmond ,




Descobrimos bairros, ruas e ruelas,



Ficámos à porta do  Casa Museu do Sherlock Holmes mas visitámos a loja onde encontrámos uma coleção bastante original de bules.

Sempre que passávamos por uma livraria entrávamos, não tendo resistido a vários livros infantis, com ilustrações que me cativaram. Quem ganha com esta minha paixão são os netos!

Ficam as memórias mais doces, todos os passeios diários com o Vasco por Maida Vale, Little Venice  e as idas ao parque.