quarta-feira

Na ida pulo na Serra e na volta mergulho no mar




 Vou para a escola não a pé, mas de carro, o que aumenta os meus níveis de ansiedade (sempre com medo de acidentes!), mas quando avisto a minha Serra deixo escapar um sorriso e sigo o meu caminho feliz. No regresso quando avisto o mar sinto uma paz que não sei explicar!
Esta mudança radical, com a qual há muito sonhava, tem momentos de intensa felicidade e momentos em que me sinto perdida. Não é fácil "sentir-me em casa", sentir que pertenço a este lugar, depois de uma vida inteira a viver no mesmo bairro, na minha pequena aldeia dentro da grande cidade. Aqui tenho outra qualidade de vida, mas sinto-me fora do meu casulo. O facto de não ter a família por perto é talvez o que pesa mais. Se voltava atrás? Não, nunca! Se era isto que eu queria? Sim. Porque sinto que não pertenço a este lugar? Talvez porque sonhei sempre com o Banzão, Praia das Maçãs e Azenhas do Mar e fiquei na fronteira da zona que queria. Talvez porque ainda tenho muitas horas de trabalho pela frente para tornar a minha casa numa casa acolhedora, numa casa de família. Os pequenos detalhes tornam-se grandes quando estão ausentes! Preciso de deitar mãos à obra e fazer desta casa a nossa casa, antes do Inverno chegar. As rotinas diárias serão responsáveis pela conquista de um sentimento de pertença a este lugar, Entre a Serra e o Mar.

Sentimentos de culpa e uma dica culinária

Quando vendi a casa de Lisboa o lado mais negativo foi o sentimento de culpa, que nunca mais me abandonou, por sair de perto dos meus pais na velhice. Fui enganando-me, dizendo a mim própria que os iria continuar a ver o mesmo número de vezes, ou mais. Ao princípio assim foi, estava a dar aulas em Lisboa e visitava-os todos os dias. Com a mudança de escola as idas a Lisboa são raras e, sempre que tenho um tempo livre, penso ir a Lisboa para os ver, mas não passa de um pensamento, não tendo nunca passado à ação. Finalmente, hoje fui visitar os meus pais depois de ter sido mimada pelo meu filho, com um English Breakfast (How To Make Eggs Benedict )Não lhe surgiu a ideia do nada!

Tal como a mãe, assim que tem algo novo para experimentar, não pode ficar para o dia a seguir. Comprei na Amazon espanhola (também há na Fnac) este acessório para os ovos e recomendo! Desta vez os ovos não tiveram qualquer adereço, mas para a próxima serão enriquecidos com molho e bacon, para o qual também adquiri um acessório Lékué para evitar confusão e cheiros na cozinha. 





sexta-feira

Finais do dia e não só!




As idas ao ginásio foram substituídas por caminhadas ao final do dia. Não tenho por companhia o mulherio da família, que tanta falta me faz, mas, por agora, tenho a companhia do meu filho mais novo e do nosso podengo, o Torrão. 

Uns dias vamos até às Azenhas do Mar, noutros apenas até à Praia da Aguda


Por vezes, trago flores que ladeiam o caminho, para decorar a cozinha, talvez o coração da nossa casa, pelo menos por agora.


Embora o Verão ainda não nos tenha deixado, já ando a experimentar receitas para o Outono e, finalmente, descobri a melhor receita de scones, para acompanhar um dos chás de eleição da família. Bird Blend. Cheguei à receita pelo podcast da Kate.



Excepcionalmente, hoje consegui ir dar um mergulho, talvez o melhor de todo o Verão, na minha hora de almoço. É a vantagem de viver Entre a Serra e o Mar!




sexta-feira

Feliz Ano Novo

 

Iniciei um novo ano lectivo, numa nova escola, numa nova casa, numa nova Vila. Hoje sou a professora que entra numa escola onde ninguém a conhece, onde nada me é familiar. Permaneço silenciosa e mergulho no desconhecido. A sensação é estranha. Sou uma espectadora e escuto, com alguma ansiedade, os desabafos entre os meus colegas, são os mesmos da minha antiga escola! Nada mudou, o cenário é o mesmo, as personagens são outros professores, diferentes mas iguais. No ensino, o descontentamento é geral! Penso: ainda bem que mudei, pelo menos posso fantasiar que estou viver uma outra realidade. Na verdade o ambiente, na sala dos professores, é diferente, mais descontraído, não sinto nenhuma tensão no ar. No primeiro dia, não voltei para casa e fiquei, na pausa do almoço, a passear pela Vila de Sintra.






Uma Vila quase sem carros é uma viagem no tempo

O retomar, lentamente, das rotinas de mais um ano lectivo, oferece-me novas energias. O caminho para a escola é de carro, a ouvir música, tendo a Serra de Sintra como pano de fundo. Mantenho o pensamento positivo, embora já me tenham atribuído o cargo de Directora de Turma, não sabendo quantas turmas vou ter, nem quantos níveis. Tenho saudades dos meus alunos e das colegas amigas, mas sei que vou criar novos laços e isso é bom. Quero ser feliz nesta nova escola e vou fazer por isso. 

Para os professores, que por aqui passam, feliz ano novo!