sexta-feira

Acolchoar é a palavra do dia



Acolchoar é o verbo que mais tenho conjugado nestes últimos dias!
Andei a acolchoar com os meus alunos e colegas a nossa Horta e em casa a manta, "A Gardener´s Journal".
Cada etapa desta manta tem-me guiado na descoberta de técnicas, truques e dicas e, mais recentemente permitiu-me conhecer o Slow Stitch e o Shibori quando partilhava algumas fotografias no Instagram. Todo o processo criativo é em si mesmo uma descoberta, um leque de infinitas possibilidades e um tempo de novas aprendizagens.

quinta-feira

Um Longo Dia

Acordei com as galinhas, trabalhei um pouco para a escola, dei mais uns pontos na minha manta e saí para deixar o meu filho nas Caldas da Rainha, a oportunidade ideal para visitar a Nazaré.
Caminhei com o Zé de uma ponta à outra da Nazaré.
O nome da minha Avó Nazareth também era com th
Não sei se por ser dia Santo, se pela procissão ou se é habitual, mas as nazarenas estavam trajadas ainda com várias saias, se 7 não sei! Os xailes que traziam pelos ombros, a maioria eram de fábrica, mas encontrei alguns ainda feitos à mão.
Como em criança brincava "Na praia da Nazaré ninguém pode andar em pé", sentei-me ali mesmo, peguei nas agulhas e fiz algumas carreiras, tendo o Zé captado o meu momento de #extremeknitting!
Kimono, o primeiro trabalho no meu regresso à malha!
Chegava-me música escocesa, o que me fez lembrar que nesta terra iria encontrar A Casa dos Escoceses  que a Diane partilhou no seu blog.
Sempre a observar para aprender! De momento persegue-me o patchwork. Fez-me lembrar este texto da Diane
Tentei a minha sorte e ainda bem que o fiz!
Vendedor/pescador(?!) com traje de lã escocesa

O Srº José António, cheio de simpatia espalhou todos os rolos nos balcões e foi aí que me senti perdida e simultaneamente tentada! Queria trazer um pedaço de cada fazenda, mas limitei-me a seis para uma manta de inverno, uma forma de colocar em prática o que aprendi com a Rita.
Com um sorriso na cara e fazendas na mão, não quis deixar a Nazaré sem antes visitar o Forte da São Miguel Arcanjo, que correu o Mundo envolvido nas suas ondas surfadas pelo Macmanara, o que tornou a Praia do Norte  mundialmente conhecida.
 O acesso ao forte faz-se pelo Sítio da Nazaré, onde se encontra  Igreja de Nossa Senhora da Nazaré e a Ermida da Memória.
Santuário da Nossa Senhora da Nazaré
Lenda da Nazaré
A caminho e do Forte, a nossa deslumbrante Costa.
No regresso fizemos um desvio até à Praia de S.Martinho
Acordar com as galinhas dá saúde ao corpo e à alma, pois só assim consigo tempo para tudo! Trabalhei, acolchoei, caminhei, visitei  e espaireci!

quarta-feira

Yarn Along

Com a aproximação das férias começamos, eu e ele, a tentar concretizar sonhos, tendo em conta algumas despesas prioritárias. Não é fácil com dois filhos ainda a estudar, com a reformulação das licenciaturas que ao passarem para 3 anos impõe 2 anos de mestrado, o que equivale a uma valente facada no orçamento  familiar (jogada de mestre dos nosso políticos?!). Só nos resta ter jogo de cintura e ver pelo prisma de que tudo o que é formação e educação, é um investimento e não um gasto. Com esta conversa toda já me perdi!
Retomando os planos para férias, condicionados não só pela verba que dispomos mas também pelos nossos cães, este ano estamos a pensar em Ilhas! Gostava de voltar à terra do meu Pai, Angra do Heroísmo e de finalmente ir à Irlanda, por isso estou a ler "Arquipélago", que o meu pai me emprestou, e a revista da Geo sobre a Irlanda do Norte, que o meu irmão me emprestou. Todas as poupanças que consigo fazer são a pensar em viagens, dando assim o meu contributo para os sonhos a dois. Se por um lado tenho poupado em livros e revistas, pois pertenço a uma família de viciados na leitura, por outro lado não resisti e desviei uma pequena verba para investir em tecidos e linhas para um novo projeto, com novas aprendizagens e adaptado ao calor que já se faz sentir, o que me leva a não querer trabalhar com lã! 
Antes que o calor aperte estou a tentar acabar a manta A Gardener's Journal * que coloquei de lado o Verão passado, tendo retomado com o desafio #craftfor20 e até agora apenas a retomei nas minhas idas ao Alentejo
Garantidamente que é o trabalho que me tem dado mais gozo fazer, embora não pareça pelo tempo que tenho demorado! Criei uma relação especial com este projeto, começou com um amor à primeira vista quando vi a revista da Anni Down na feira Créations et Savoir faire  e como tudo o que é bom e me faz feliz, tenho feito render e esticado o tempo deste namoro, inventando sempre mais um ponto para dar!
 
Quando comecei a bordar os desenhos, estava longe de pensar em fazer uma manta, mas depois  chegou-me o desafio da Chookyblue  e resolvi tentar o patchwork!
Estou na fase de acolchoamento à mão, em que contorno todos os bordados com pequenos pontos e procuro padrões nos tecidos para acolchoar. Com o fim à vista quis pensar já num novo projeto e foi por isso que fiz um pequeno desvio da verba destinada para as férias. Se não conseguir viajar pelo menos tenho com que me entreter!
Quanto a malha retomei o xaile "Céu de Outono", com que me tinha "zangado", pois tive de desmanchar todo o rendado, que tinha um erro na primeira carreira. Dava para disfarçar mas sabendo que o erro estava lá iria sempre olhar para ele! Numa perspetiva de poupança desmanchar até que nem foi mau pois assim tenho trabalho para fazer sem ter de investir em fios, nem em modelos.
Este modelo é gratuito e a Heidi Alander tem mais modelos gratuitos.
Regresso assim ao Yarn Along. Da última vez partilhei um livro que não gostei de todo! A desilusão não foi grande pois logo nas primeiras páginas pressenti um livro de auto ajuda, um tipo de leitura que não me agrada de todo, e Criatividade para mim é e passa por muito mais, mas a minha opinião fica para um outro dia, com mais tempo!
Yarn Along
*P.S Espero com esta partilha ter dado resposta às perguntas colocadas, na caixa de comentários, sobre a manta. Melanie os desenhos são da Hatched and Patched, apenas escolhi os pontos para bordar, os tecidos da manta, tendo adaptado a meu gosto os blocos propostos no livro, tentando sempre emoldurar os bordados com tecido.


domingo

Malha na praia

#extremeknitting
Tal como a minha Avó Teresa levo a malha para todo o lado e faço à portuguesa, só que passo o fio num (ou mais) alfinete de peito e não no pescoço.
A minha Avó a passar o fio ao pescoço, eu prendo alfinetes numa camisola que trago vestida por baixo da camisa
Caneleiras  "Ego do mar"
Beiroa 675
Beiroa 695
Beiroa  rosa, do motivo central, vai sobrar o suficiente para um próximo projeto
A família e os meus fiéis companheiros ficam felizes com estes meus devaneios e eu agradecida pela animada companhia!
A Dharma gosta mais de banho e de se rolar na areia. O Málibu prefere andar ao mexilhão e outros petiscos, o que nos obriga a redobrada atenção para não engolir bivalves nem nenhum anzol abandonado pelos pescadores.
Junto das falésias encontrei abrigos convidativos para trabalhos manuais. Aguardo a chegada de uma encomenda  (a torcer para que não fique na alfândega!) e em breve espero trazer comigo para aqui, ou outro lado qualquer, um novo trabalho.