sexta-feira

Alias Grace e patchwork

A série Alias Grace (gostava de ter o livro!), da Netflix, revela histórias interessantes de mantas feitas de retalhos, à mão e cheias de sentido. No primeiro episódio Alias descreve o significado de alguns padrões e o que representam para ela, defendendo que toda a mulher deve fazer três mantas de patchwork antes de casar, uma com a Àrvore do Paraíso, outra com A cesta de Flores e outra com a Caixa de Pandora. 
A minha curiosidade sobre patchwork, em português trapologia, foi avivada e levou-me a novas pesquisas, todas no YouTube, uma vez que continuo acampada em casa, sem acesso aos meus livros. O fascínio pelo patchwork foi crescendo à medida que via documentários, a título de exemplo The Great American Quilt. Os vídeos dos Quilting bee despertou em mim uma vontade imensa de dar pontos à mão junto com outros tantos pares de mãos e ter conversas horas a fio com quem partilha a mesma paixão de criar à mão. 
Vou continuar com as minhas pesquisas até ao final das obras e depois deito mãos à obra. Fiquei a pensar nas descrições de Alias Grace (“It’s a log cabin quilt. Every young woman should have one before marriage. It means the home and at the center there’s always a red square, which means the hearth fire.”), tentei lembrar-me dos tecidos que tenho e talvez dê para fazer um log cabin, que não tem de ser uma manta, para a minha filha Inês. Talvez bordar palavras soltas, ou frases aqui e ali no tecido claro, mas tudo dependerá dos tecidos que tenho. Na minha imaginação já estou a adorar o processo. 
O primeiro passo dei-o hoje semeando* o pastel dos tintureiros que comprei à Alice, do saber fazer.
Fazia-me falta algo não tão repetitivo como a malha que ando a fazer. Mas a malha fica para um outro dia. 
Hoje partilho o meu primeiro trabalho de patchwork, um painel do diário de uma jardineira, que espero, muito em breve ser eu!
Estou a terminar o acolchoamento que aprendi a fazer com a Rosa Pomar. Tive o painel guardado por muito tempo, procurei por todo o lado quem me ensinasse como o acolchoar, com receio que o autodidactismo inicial falhasse nesta etapa final e deitasse tudo a perder. Foi uma sorte encontrar o lugar e a pessoa certa, para me ensinar a terminar um dos trabalhos que mais prazer me deu. Ainda não o terminei por duas simples razões, não tenho pressa em fazê-lo por não ter ainda a casa "Entre a Serra e o Mar" e porque ainda não tinha nada para preencher o vazio que vai ficar depois do painel concluído. Agora com a cabeça a mil, imersa num caos de ideias, chegou o momento certo de tirar o devido prazer com a conclusão deste diário bordado, unido com tecidos e finalmente seguro em camadas de algodão, com pequenos pontos que contornam os bordados e padrões dos tecidos. (Já tive nesta mesma situação, tendo desistido dos projectos que tinha em mente e mantendo um ritmo extremamente lento neste painel! Será que é desta?!)

*Nota: A Madalena deu-me a alegria de aparecer de surpresa hoje, sexta-feira Santa, para passar a Páscoa em família. Juntas semeámos as tintureiras que comprámos num programa Mãe e filha, antes de ela iniciar a grande aventura e desafio de explorar oportunidades fora de Portugal. O nosso País investe nos jovens mas depois "empurra-os" para a emigração, algo que não faz sentido nenhum!

quarta-feira

Yarn Along {March}




Após uma longa ausência a Ginny retomou o Yarn Along, mas desta vez com partilhas mensais em vez das semanais. Sendo duas das minhas paixões/vícios  os livros e, mais recentemente, a malha, o Yarn Along foi algo que sempre gostei de acompanhar e de participar. Fiquei feliz por ter recomeçado sendo este novo "formato"  mais adequado à periodicidade das minhas escritas e partilhas aqui no blog.
Malha:
Esta semana tenho como objectivo terminar as frentes e as mangas do cardigan Bibbi e terminar o gorro que certamente me irá fazer falta no passeio do aniversário da Land Rover, já no próximo fim-de-semana (mais detalhes na minha página de projectos do Ravelry).
Livros:
Ontem fui à Retrosaria e vim de lá com um saco cheio de boas leituras e dois pins (o Zé quis ficar com o meu pin da Serra da Estrela tive de comprar um segundo para mim!) Peguei de imediato no livro da Bristol Ivy, tendo ficado com imensa vontade de fazer os "exercícios propostos", considerando um excelente passo no meu percurso no mundo da malha, uma forma de atingir novas aprendizagens, de me desafiar (também adquiri, há um tempo, o pacote de aulas na Craftsy, da Bristol Ivy, no entanto ainda não fiz o projecto embora tenha assistido às aulas). A frustração é a falta de tempo comparativamente à imensa vontade de fazer, explorar, aprender e da inspiração constante que me chega quando vejo fios e modelos novos! 
A próxima leitura será "Farm to Needle, Stories of wool", e será ainda hoje! Aos livros acrescentei o número 4 da Laine, não tendo falhado ainda nenhum número desta publicação de que tanto gosto.
Quanto à leitura de cabeceira é ainda o mesmo policial da Camilla Lackberg, "O Olhar dos inocentes", como sempre, uma leitura que prende desde o primeiro capítulo!
No início do próximo mês haverá mais partilhas no Yarn Along. Espreitem aqui as deste mês!

Nota: estou sem máquina fotográfica, com péssima luz e condições para fotografar, ainda assim não queria deixar de participar no Yarn Along!

sexta-feira

Acampada em casa

Fevereiro foi bastante caótico! Obras e mais obras, que nos obrigaram a acampar na nossa própria casa, com 3 quartos distribuídos entre a sala de estar e a copa. Um desatino total! Defendo a minha saúde mental recorrendo à leitura e às agulhas e abstraindo-me do que se passa à minha volta. Assim sendo, consegui avançar nos dois casacos,(informação detalhada de ambos os projectos na minha página do Ravelry, casaco Bibbi , workshop com o André de Castro,e Cardigan Irlandês aulas na Craftsy com Carol Feller ; dois tipos de ensino, diferentes aprendizagens) embora muito lentamente pois o trabalho na escola duplicou e para "ajudar à festa" a minha filha mais velha foi operada.
Outra "coisa" que me tem feito perder tempo e me tem irritado, diria mesmo revoltado, é  a forma irresponsável e sem qualquer profissionalismo com que a chefe dos serviços administrativos da minha escola trata os assuntos ligados à carreira e progressão dos docentes! (e, infelizmente, suspeito de muitas outras irregularidades!)

Toda a malha que fiz em Fevereiro foi a ver com o Zé policiais ingleses na Netflix (Hinterland, Marcella e destaco Paranoia), estando a ver sozinha a série Rebellion (depois da nossa viagem pela Irlanda, tinha de ver esta série!).

Entretanto temos visitado algumas casas na esperança de concretizarmos o velho sonho de vivermos "Entre a Serra e o Mar"! O que está nos sites nem sempre existe "mas temos de ter casas no site!", outras não correspondem de todo ao descritivo do anúncio. Serei só eu a ter razão de queixa?! E as comissões astronómicas que as imobiliárias pedem? Estou tentada em experimentar vender a nossa casa sem recorrer a imobiliárias, evidentemente que vou ter todas as imobiliárias a baterem-me à porta, mas estou a pensar, seriamente, arriscar.