segunda-feira

Dança das agulhas em torno de uma Árvore da Vida


Em tempos fiz um casaco quase completo com torcidos, seguindo o pacote de aulas da Carol Feller, da Craftsy. Cometi o erro de principiante, que foi considerar que qualquer fio servia para o efeito. Já quase com o casaco concluído verifiquei que o trabalho de torcidos ficava perdido. Desde essa primeira experiência, muito aprendi, experimentando, seguindo a minha curiosidade, assistindo a vídeos, lendo livros e estando atenta aos comentários que são feitos em relação ao tipo de fios. 
Na feira de Edimburgo a primeira compra que fiz foi o Kit deste casaco e o livro da Ann Kingstone que simpaticamente me dedicou uns minutos de conversa, autografando o seu livro.
Finalmente resolvi experimentar se já tinha competências suficientes para fazer o casaco que é a cara de qualquer bióloga. Tive  dúvida na cor mas sinto que fiz uma boa escolha.
Quando faço com 5 agulhas um projeto de malha sinto que estou a jogar ao mikado, com torcido é diferente, as agulhas dançam num compasso mais simples, "um passo à frente, um passo atrás", que é como quem diz, malhas em espera à frente para inclinar para a esquerda, malhas em espera atrás para inclinar para a direita, e vou entrelaçando pontos de meia, num fundo de liga, fazendo crescer todos os dias um pouco a minha Árvore da Vida. Iniciei quando estive a cuidar dos meus pais um fim-de-semana, em que estavam com COVID. A linha verde nas mãos encheu-me de esperança. Ponto a ponto silenciosamente fiz as minhas preces e nesse momento nasceu a ideia de denominar este projecto de Árvore da Vida.

sementes estão no papel, que se coloca em terra, tal como o papel se apresenta na imagem

Nesta fotografia estão as sementes que a nossa querida e atenciosa diretora nos ofereceu. Recebi este mimo no momento perfeito, pois sendo sementes de esperança, combinam na perfeição com os pontos  em forma de prece que teço nas agulhas.
Dia da Cidadania e Desenvolvimento


Horas de (desa)fio



Não consigo ter projectos terminados com erros! O xaile do curso que fiz na Knit Stars3, deu-me imenso prazer tricotar e estava a gostar do resultado final, até ao ponto em que o "emoldurei" e as diagonais desfiguraram a forma triangular perfeita que tinha obtido. Coloquei as minhas dúvidas na plataforma da Knit Stars, sem ter tido qualquer tipo de resposta, tal como as minhas colegas virtuais de aula. Finalmente, na feira de Edimburgo, ofereceram-me o livro de xailes, na compra do Kit de uma camisola e encontrei, espero eu, a solução deste problema. O ângulo como é de 45º, a Marja de Hann sugere levantar uma malha extra a cada sete malhas, nas laterais do xaile. Errando e aprendendo, certo?

Tendo hesitado tempo demais, se devia ou não desmanchar, cometi erro em cima de erro. Precisava de recuperar a lã e não me ocorreu que, tendo cortado a peça para a abrir, o fio ficou cortado! Após horas de (desa)fio espero conseguir, depois de horas a fio, um xaile a meu gosto! Para já tive  a sorte de, durante a pesquisa para comprar mais novelos, descobrir que no dia 8 de Maio, era o dia da mãe na Dinamarca, tendo tido direito a um desconto de 20%. Não resisti e encomendei novelos de um tom maravilhoso para fazer um xaile da Marja de Haan, precisamente o que está na capa do livro

Por agora terei o xaile assim esperando a chegada da lã.



domingo

Regresso à Feira de Estremoz

Não resisto ao artesanato dos pastores e trouxe comigo 4, o meu número é 3, mas o Zé quis arredondar para uma conta certa!

 







Passei a ter, e penso que a maioria das pessoas, um novo ponto de referência no que diz respeito ao tempo, "Antes do COVID"  e "Depois do COVID". 

Pela primeira vez, depois da pandemia, regressei à feira de Estremoz, com o meu irmão e cunhada. Já tinha saudades das conversas castiças e do Marketing característico desta gente simples do campo, com um sotaque que me encanta.

Regressámos à Aldeia da Serra d' Ossa, onde matámos saudades da excelente comida Alentejana.


Aproveitámos e fomos à descoberta dos passadiços da Serra d'Ossa. Evitando subir na hora do calor, subimos de carro até à capela e o Zé  teve a generosidade de descer de carro e esperar por nós na Aldeia da Serra.

A Dona chamou os cachorros para dançarem, cantando-lhes!

Serão os futuros cães pastores deste pequeno rebanho

Tenho consciência que as fotografias são apenas suficientemente interessante  para uma bióloga, mas acreditem na amante da natureza, de caminhadas e de programas em família e com amigos, que é garantido passarem um excelente dia seguindo este nosso programa!

quinta-feira

Malha, livros, EPP e suculentas no jardim

 

Terminei o xaile para o KAL da Andrea Mowry, onde pela primeira vez fiz ponto brioche. Talvez tenha ficado mais escuro do que eu contava, apesar de ter cortado partes do fio da Zauberball, mas gosto do resultado final.
No mês passado a minha escritora de eleição foi a P.D. James, com uma escrita que me deslumbrou, prendendo-me da primeira palavra à última, nas três obras que li.
Iniciei o mês de Maio na companhia de Jodi Picoult, numa obra em que a personagem principal tem Asperger, daí ter-me chamado a atenção por já ter tido uma aluna na mesma situação e com a qual foi um desafio e um prazer trabalhar.
Contínuo, ponto a ponto, lentamente a montar flores em EPP, mas estou a reconsiderar não fazer para a cama dos bonecos dos meus netos, mas para a cama dos meus netos bonecos. A decisão está dependente do tecido que tenho, ou se consigo dar a volta caso me falte tecido, talvez aplicando as flores em quadrados.

No jardim estou curiosa para ver como vai resultar o TPC (trabalho para casa) que o meu jardineiro marcou em tom de brincadeira por saber que sou professora. O jardineiro sugeriur um canteiro de suculentas, neste caso optei por um vaso. Algumas suculentas foram apanhadas pelo Zé no dia da mãe.




Fica o registo (para mim) e partilha de um pouco daquilo a que me tenho dedicado aqui, entre a Serra e o Mar. 

quarta-feira

Cuidados que tenho com as galinhas

A Fiona é a mais atrevida das galinhas e está aqui em representação das  restantes, enquanto partilho alguns cuidados que tenho com elas para que se mantenham saudáveis. Atenção que sou uma principiante na criação de galinhas! Apenas sigo as sugestões do criador das minhas Orpingtons e consulto o canal English Country Life 
As minhas galinhas têm uma alimentação cuidada, espaço para esgravatarem, utilizando o pequeno galinheiro apenas para dormir e colocar os ovos. Criámos um cercado onde ficam enquanto vou dar aulas, com uma sombra provisória, uma vez que ainda não tivemos tempo de construir uma sombra definitiva com os materiais que adquirimos.
De 15 em 15 dias, caso não seja necessário antes, limpo e desinfecto a base do galinheiro, ainda assim faço uma limpeza diária e a cama de aparas é renovada. Nada se desperdiça, vai tudo para o compostor.
De 6 em 6 meses irei colocar estas gotas no pescoço das galinhas, tendo já feito a primeira aplicação.
O repelente é para colocar na base das penas, mas ainda não vi necessidade de aplicar, o saco ecoforce é Pó de diatomácea que coloco no fundo do galinheiro, por baixo das aparas de madeira.
Assim até parece que as galinhas dão trabalho mas não demoro mais do que 15 minutos por dia a limpar o galinheiro, logo que lhes abro a porta pela manhã e à tarde regressam ao galinheiro por elas, quando o sol se põe. Durante a manhã vou várias vezes ao galinheiro para ir tirando os ovos que me oferecem todos os dias. Ainda assim não pensem que ter galinhas poedeiras, a esta escala, é um investimento! Penso que deu para perceber que os gastos são muitos. Além dos produtos que aqui partilhei, há a acrescentar o preço das rações. Tenho a sorte de ter espinafres e couves do vizinho e do jardineiro, enquanto não tenho a minha própria horta.
Neste momento estou a tentar resolver o primeiro problema com que me deparei, a Fiona é capaz de estar choca!
Consultei o criador das minhas Orpington que me apresentou duas soluções, a primeira implicava queres ter pintos, não muito obrigada; a segunda será mergulhar a galinha em água fria, 2 ou 3 vezes no mesmo dia! Acho que vai ser difícil colocar em prática esta segunda solução. Tentei causar desconforto na Fiona, abrindo o tecto do ninho para entrar luz e coloquei o separador para reduzir o espaço para metade. Espero que resulte, pelo menos consegui que a Fiona se juntasse às suas companheiras de capoeira, por breves momentos, uma vez que fiz a experiência um pouco antes do pôr-do-sol, que é quando elas regressam ao galinheiro, onde passam a noite.
Vantagens de ter galinhas? Para além do gozo que me têm dado e da alegria do meu neto mais velho, são excelentes para melhorar a qualidade do composto e mesmo do solo característico da zona, chamado pelos locais "areia-prata".  

As minhas flores estão lindas! 


Os amores-perfeitos do aniversário do meu neto Vasco, do dia 8 de Março, estão sempre a florir.

O que toma o meu tempo, neste momento, é tentar ensinar o Torrão que as galinhas são para ele ignorar. Tudo seria muito mais simples se ele tivesse crescido com elas.

Nunca pensei que gostasse de ter galinhas e cada dia gosto mais. Já me conhecem e ficam junto de mim enquanto estou a jardinar. Os cuidados que tenho com as galinhas fazem parte das minhas rotinas matinais e que considero um excelente começo de dia.

Apliquei um trabalho antigo de ponto de cruz ao avental de jardinagem e cuidados com as galinhas