quarta-feira

Agulheiro da Sarah Edgar e dicas para EPP






Com o estojo de agulhas terminado senti a confiança necessária, como um super poder, para fazer o quilt Queens Walk  com um tamanho razoável, seguindo as instruções e dicas que a Sarah oferece gratuitamente. Seguindo diversos tutoriais, até à data terminava com um nó o ponto final dos EPP. Com a Sarah aprendi que a melhor forma para tornar os quilts de EPP resistentes, nos pontos mais frágeis, é andar 2 a 3 pontos para trás para reforçar as costuras. Excelente dica! 

Entretanto adquiri mais tecidos para este projecto, do Atelier Perdu, na Dotquilt.


Happiness can be found in the smallest things



Além do estojo de agulhas, tenho um outro com os restantes materiais necessários para tornar os projectos portáteis. Encontrei um tutorial para forrar e embelezar a caixa de jóias que adquiri para fazer de estojo, mas não sei se quero investir o meu tempo em algo que já faz a sua função!

domingo

Terminar o mês em grande!

 



Villa Craft beer&bread





Sábado fui passear até à vila de Sintra com os homens da casa e domingo tive uma tarde de avó. Um fim de semana que deu para recarregar a bateria da felicidade. Bem preciso, a saudade aperta e a apreensão com o futuro do meu filho angustia-me!

Durante a semana, as agulhas são a minha fuga para a paz de espírito. Para a próxima semana preparei os círculos para aplicar no painel central do quilt The Prince.  


Enquanto fazia o meu novo estojo de agulhas, kit da Sarah Edgar, vi os seus vídeos e já decidi como irei fazer as flores de EPP para aplicar neste quilt. Irei preparar os hexágonos alinhavados, sem prender o papel, depois passo a ferro, retiro o papel e aplico com o alinhavo. A Sarah tem bons tutoriais e partilha gratuitamente, não só no seu site, como também no seu canal do youtube.

quarta-feira

Janet Clare

 


Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente a Janet, na feira de Outubro passado, The Knitting and Stitching Show.  A última aquisição que fiz na feira foi o kit Charming Gulls, depois de muito ponderar e do Zé me incentivar a comprar este Kit. Estou mais disciplinada quando vou a feiras pois sei que no momento quero muito fazer um determinado projecto mas os meses vão passando e a vontade fica perdida algures no tempo. Como gosto de aprender queria tentar a técnica free motion, daí ter decidido, mesmo à última da hora, voltar ao stand da Janet. Apesar de ter sido seduzida por outros Kits, optei por este mais pequeno, de menor investimento, já que era apenas uma experiência. O desenho tem tudo a ver comigo, com o viver próximo do mar. A Janet generosamente partilha na sua página alguns esquemas gratuitos e tutoriais. Estou tentada em fazer um avental como o dela para não andar sempre cheia de linhas agarradas à roupa e a espalhar por toda a casa. Também gosto muito do modelo chick-chick-chicken, mas primeiro tenho de avançar naquilo que tenho em mãos! 

A execução deste projecto foi bastante rápida, talvez por me sentir segura fui avançando sem grandes hesitações. A Janet nas instruções dá-nos a confiança que precisamos Admire and never, ever point out your mistakes!



Pela primeira vez: uni todos os quadrados com costuras abertas, acolchoei primeiro o painel ao enchimento e só depois coloquei o tecido de trás, tudo de acordo com as instruções; apliquei  as gaivotas utilizando a máquina com a técnica free-motion, acolchoei com a linha que me apeteceu e não com a que normalmente recomendam (a Janet defende que devemos fazer como gostamos e não para os outros aprovarem ou gostarem!).

Atrás do painel coloquei duas braçadeiras para passar uma madeira e pendurar na parede.

escutei o audiobook The House at Magpie Cove enquanto colocava as braçadeiras

O balanço é positivo e vou querer repetir! O que eu gostava mesmo era de frequentar o workshop da manta de memórias*. Fica para a reforma!

Por agora quero terminar o estojo de agulhas iniciado há muito tempo e onde treinei o acolchoar à mão, antes de ter acolchoado as minhas gaivotas. Quando era mais nova primeiro tinha de arrumar um brinquedo ou terminar uma actividade, antes de partir para outra brincadeira. Esta disciplina perdi há uns anos embora me esforce por ter  "apenas" dois projectos, de cada tipo, em curso, 2 de malha, 2 de patchwork, 2 de ponto de cruz...!No patchwork faço batota porque conto 2 para cada uma das técnicas!

Tenho trabalhado no Quarto dos Brinquedos dos netos e da avó Sofia (finalmente o meu espaço de trabalho tem nome!) pois o tempo não tem estado convidativo a trabalho no telheiro.O tempo fresco é o ideal para caminhadas e favorável ao jardim e à horta!





um registo da caminhada


*nota:  o livro que aborda este tipo de manta pode ser encontrado no  Etsy 

domingo

Uma casa no Pinhal

 Uma das minhas séries favoritas, do meu tempo de miúda, era Uma casa na Pradaria. Também vi, mais do que uma vez, Os pequenos vagabundos  e todos os episódios da Pipi das meias altas (um carnaval a minha mãe conseguiu vestir-me e pentear-me igual à Pipi).

Eu de Pipi

 Livros foram os da Enid Blyton que preencheram as minhas tardes de Verão (vi o filme Enid e senti algum desconforto com a revelação da vida/personalidade da escritora). Regressando ao passado apercebo-me que sempre sonhei viver no campo. O campo era sinónimo de liberdade e aventura. Não tenho uma Casa na Pradaria mas estou a viver o meu sonho numa Casa no Pinhal. Nesta casa estou a construir o Lar  para os meus netos e juntos construímos as memórias da "casa da avó Sofia". Ainda tenho muito por fazer para personalizar a nossa casa, mas com tempo tudo se consegue.

Perdi-me ao voltar à minha meninice! Voltando a Uma Casa Na Pradaria.

Mais fotografias em Quilting With Laura Ingalls Wilder

Fotografia encontrada no Pinterest Cut Sew Quick

No Instagram, a ver as novidades das designers que sigo, o meu feed foi interrompido com um reel da ModernPrairie. Reconheci de imediato a actriz Melissa Gilbert.* Consultei a conta e descobri que vai iniciar a sua jornada no pathwork havendo um kit da Riley Blake que irá ser lançado este Outono. Uma coisa leva a outra e resolvi adquirir o último audiobook da Melissa, que tive a escutar esta semana.

Autobiográfico, com pdfs de receitas de culinária tipicamente americanas

Na minha meninice, quando sonhava com o campo via-me sempre vestida com jardineiras ou vestidos compridos com roda, mas nunca pedi à minha mãe para me fazer uma das peças pois não estaria de acordo com os padrões ditados pela moda. A idade faz-nos ignorar modas e, tal como a Melissa, gosto de jardineiras e se pudesse só usava vestidos da Son de Flor. De vestido ou jardineiras,  entretenho-me de volta dos meus tecidos e linhas, no meu telheiro em madeira, numa casa no Pinhal, numa aldeia Entre a Serra e o Mar e sou feliz com o que conquistei. Sinto que estou a viver o meu sonho, o que me faz sentir bem onde estou, sem urgência de ir de férias. Férias fazem sentido, não para fazer uma pausa, mas para estar em família e viajar. Para a felicidade e tranquilidade ser completa falta o meu filho encontrar o seu caminho.

*Nota: Melissa Gilbert looks back on "Little House on the Prairie" (youtube.com)

sábado

Nas minhas agulhas




Retomei o painel The Prince após ter escutado o audiobook Rural Hours. Harriet Baker, no capítulo dedicado à Silvya Townsend Warner (não conhecia a autora),  refere  que a Silvya W. considerava o patchwork, em especial o EPP e os samplers em ponto de cruz, como fazendo parte integrante das casas rurais inglesas. Gosto imenso da decoração ao estilo inglês e estou desejosa de terminar os trabalhos em EPP, que tenho em curso e os Samplers, para a nossa casa


Quanto à malha fiquei desmotivada quando me deparei com um corpo do  casaco feito até ao yoke talvez com 30cm a mais, em largura! Desmanchei tudo e estou a pensar fazer o modelo Vanessa e guardar o modelo Hawthorn para fazer com o fio recomendado.

Com um pé fora da escola, acreditando que vou mudar de agrupamento, encontro-me numa fase desmotivada a nível profissional. Para preencher o vazio que sinto ao desligar-me de uma escola, nestes últimos dias tenho estado mais tempo, do que o habitual, de volta das agulhas, apesar de todo o trabalho do final de um ano lectivo! No livro, que recentemente acabei, uma das personagens, tal como eu,  encontra o seu equilíbrio nas agulhas e nos livros.

"(...) era a única coisa que conferia ao meu dia uma aparência de ordem. Tinha começado a bordar na minha saia as palavras da história de Emily Bronte, de Wrenville Hall. Ao princípio, era algo que me fazia entreter, mas depois tornou-se uma forma de recordar que tinha de facto uma vida fora daquele lugar."

"Na penumbra, vislumbrei um livro com "Mulherzinhas" escrito na lombada.Fechei os olhos e vi-me em Concord, com Jo March e a sua família, e bastou-me esse pensamento para me trazer algum calor. As palavras estavam a exercer a sua magia, dando-me refúgio e voltando a despertar-me a alma(...)."

in A Livraria Perdida, de Evie Woods

Recomendo a leitura de A Livraria Perdida (não deixe de ler os comentários ao livro,  pode não ser um livro para si, principalmente se não aprecia livros que decorrem em duas linhas temporais.)

Dia Mundial de tricotar em Público




 No Dia Mundial de tricotar em Público o meu público foram os meus cães, os pássaros e as flores do meu jardim.
O modelo é  Hawthorn, da Marie Wallin, com fio Felted tweed da Rowan, um dos meus fios favoritos.

sexta-feira

Em casa, numa tarde fresca






Antes da chegada do calor, tento fazer um casaco para me acompanhar na próxima ida a Inglaterra, onde um casaco é sempre bem-vindo, mesmo em Agosto! Faz parte dos meus planos passear pelo campo Inglês, o que me levou a adquirir, finalmente, o audiobook Rural Hours. Estou ainda no início mas certamente será um livro que irei recomendar.

Numa tarde chuvosa, como a de hoje, de agulhas nas mãos escuto Rural Hours e penso nas férias. No que diz respeito a Virginia Woolf, fiquei com vontade de caminhar e observar com outros olhos Richmond e, quem sabe, encontrar a casa onde Virginia Woolf viveu. Com a mudança de casa da Madalena, tive a oportunidade de conhecer lugares que até então me passavam despercebidos mas dos quais há imensas referências nas minhas leituras mais recentes, como por exemplo Putney, onde o marido da Virginia Woolf viveu com a família, antes de casar. 

Antes de retomar as agulhas digo que sou feliz com a nossa mudança para uma aldeia entre a Serra e o Mar. Embora não viva 100% no meio rural, vivo horas de felicidade rural, com uma planta que de repente floriu, a roseira que me presenteou com as suas flores, uma árvore que deu fruto, os pássaros que ao final da tarde aceitam o meu convite para um banho, as galinhas que se manifestam à minha chegada, a estrelinha que fez ninho na casa de cortiça que deixei no pinheiro manso, tantos e tão grandes detalhes que fazem parte de uma rotina diária vivida longe da agitação, do ruído, da luz e do ar citadino!



Notas (assim consigo guardar fotografias e vídeos):
1. Qualquer pausa que faça é uma oportunidade para os meus cães abusarem e conquistarem um lugar que não é deles!

2 . Enquanto teci os pontos de uma das mangas, em Felted tweedvi o documentário sobre a Beatrix Potter e um visionamento leva sempre a mais outro vídeo.

terça-feira

O meu jardim de baixa manutenção - W.I.P














 Quando adquirimos a casa, tínhamos um  relvado que consumia imensa água e uma parte de terreno baldio. A pouco e pouco estamos a construir, com a ajuda de um excelente jardineiro, um jardim de baixa manutenção, com uma pequena horta e pomar. Temos de dar tempo à natureza e a nós para trabalharmos a terra.