sábado

Nas minhas agulhas




Retomei o painel The Prince após ter escutado o audiobook Rural Hours. Harriet Baker, no capítulo dedicado à Silvya Townsend Warner (não conhecia a autora),  refere  que a Silvya W. considerava o patchwork, em especial o EPP e os samplers em ponto de cruz, como fazendo parte integrante das casas rurais inglesas. Gosto imenso da decoração ao estilo inglês e estou desejosa de terminar os trabalhos em EPP, que tenho em curso e os Samplers, para a nossa casa


Quanto à malha fiquei desmotivada quando me deparei com um corpo do  casaco feito até ao yoke talvez com 30cm a mais, em largura! Desmanchei tudo e estou a pensar fazer o modelo Vanessa e guardar o modelo Hawthorn para fazer com o fio recomendado.

Com um pé fora da escola, acreditando que vou mudar de agrupamento, encontro-me numa fase desmotivada a nível profissional. Para preencher o vazio que sinto ao desligar-me de uma escola, nestes últimos dias tenho estado mais tempo, do que o habitual, de volta das agulhas, apesar de todo o trabalho do final de um ano lectivo! No livro, que recentemente acabei, uma das personagens, tal como eu,  encontra o seu equilíbrio nas agulhas e nos livros.

"(...) era a única coisa que conferia ao meu dia uma aparência de ordem. Tinha começado a bordar na minha saia as palavras da história de Emily Bronte, de Wrenville Hall. Ao princípio, era algo que me fazia entreter, mas depois tornou-se uma forma de recordar que tinha de facto uma vida fora daquele lugar."

"Na penumbra, vislumbrei um livro com "Mulherzinhas" escrito na lombada.Fechei os olhos e vi-me em Concord, com Jo March e a sua família, e bastou-me esse pensamento para me trazer algum calor. As palavras estavam a exercer a sua magia, dando-me refúgio e voltando a despertar-me a alma(...)."

in A Livraria Perdida, de Evie Woods

Recomendo a leitura de A Livraria Perdida (não deixe de ler os comentários ao livro,  pode não ser um livro para si, principalmente se não aprecia livros que decorrem em duas linhas temporais.)

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