quarta-feira

EPP, Uma flor por dia não sabe o bem que lhe faria!



Após numerosas experiências, seguindo sugestões da Kate e da Emma, a minha escolha vai para as agulhas mais pequenas em comprimento, espessura e resistência ideal, flexiveis e cujo o orifício para o fio é 3x mais longo.

Uni hexágonos com vários marcas e tipos de linhas e a minha escolha vai para o fio da Aurifil 50, a cor laranja do carrinho de linhas garante-me ser espessura 50,  segundo a Tula Pink. Cada costura lateral tem aproximadamente 20 pontos.

Estas agulhas são excelentes mas demasiado compridas para peças pequenas.


 O principal livro que consultei:

Florence Knapp

Materiais que experimentei:

Muito bom para centrar desenhos e poupar tecido

Cortante da Sizzix facilita o trabalho em termos de poupança de tempo no corte dos tecidos, mas só para para utilizar em tecidos mais baratos, havendo grande desperdício de tecido. Não dá para respeitar com precisão padrão do estampado.

Os vídeos que consultei:
EPP com papel ou Hexiform, clicar aqui
Aqui vídeo importante a forma como os fios estão enrolados nos carrinhos, quer para utilizar na máquina quer para EPP e muito mais.
Aqui a cola e o método que optei por utilizar, e no minuto 36 explicação do sentido da dobragem do tecido para eviatar as "orelhas" que tanto me desesperaram nos primeiros projetos, incluindo alguns blocos da Farmer´s Wife Quilt 1920 .
Grandmother's Flower Garden Block Tutorial, as primeiras flores não utilizei este método, porque ainda não tinha visto este tutorial.
Por último, e não menos importante, a parte mais divertida, unir os EPP neste vídeo.

Para terminar, um ALERTA, feita a primeira flor é altamente viciante! Tudo começou com uma ideia simples, mas que rapidamente está tomar uma outra dimensão, na minha cabeça sempre a mil.

sexta-feira

Desisto! Preciso de cor na minha Vida

 O xaile azul vai ficar de parte.

Não consigo gostar do toque do fio e a cor não me convence, é de uma escuridão que entristece. Estou numa fase que preciso de cores que alegrem o meu dia. 

Com o apoio das Joanas, da Ovelha Negra, sempre incansáveis e profissionais, finalmente consegui escolher os fios para um outro xaile, Cinnibar, também da Andrea Mowry, de forma a ter companhia, participando no KAL a decorrer. !

Escolhi o Cinnibar para, finalmente, fazer um projecto com o ponto Brioche. Sempre evitei o ponto por considerar que, em camisolas, não beneficia a silhueta. Outro motivo é pensar que, em caso de engano, queda de malha e afins, não conseguiria corrigir o erro, nem recuperar as malhas, apesar de ter o pacote de aulas da Craftsy, da rainha do brioche, Nancy Marchant! Vendo hoje mais um episódio do I´ll Knit if I want to , acabaram-se as minhas dúvidas quanto a experimentar brioche com o modelo que escolhi. Resta a dúvida se desmancho ou não o xaile azul e guardo a linha para uma outra altura, para um outro projecto, ou se insisto em continuar! 


O xaile, que irei iniciar, será uma nova experiência que irá colorir a instabilidade destes dias.

quarta-feira

Galinhas, ter ou não ter, eis a questão!


Na sala de professores, vivemos aquela altura do ano,  em que todos se queixam de cansaço, desmotivação e stress. Conversamos sobre como combater tudo isto e falamos dos nossos passatempos. Ouvindo uma colega dizendo que os animais é que a acalmavam, perguntei-lhe que animais. Galinhas! Quis saber tudo, mesmo tudo. "É uma trabalheira, sujam muito, mas...são tão engraçadas! E ver como se comportam as duas juntas! O meu jardim nunca mais foi o mesmo. As minhas flores estão LINDAS!". Fiquei com vontade de ter galinhas. Não é coisa em que não tenha pensado antes, mesmo antes de trocar a cidade pelo campo.

Galos na fase do vício do ponto de cruz
Entre todos os quadros, que estavam em casa da minha avó Nazareth, escolhi este da minha tia-avó Julieta. De momento descansa em cima do armário onde colecciono chávenas e bules.

Finalmente tenho condições para ter galinhas mas hesito e coloco a questão do ruído, cheiro, e o problema de ter animais quando chega a hora de viajar. Mas a minha colega falou com tanto entusiasmo que estou tentada, até já dei nome às galinhas que não tenho, a Vivi e a Kate, imaginando a carismática dupla que saíria da conjugação destas personalidades!

Agradeço opiniões, sugestões, dicas e sobretudo AVISOS!

Entretanto vou lendo e estudando no site da Cientista Agrícola, tendo também consultado, porque apareceu nas minhas pesquisas, zooplus magazine. Do pouco que li, em termos de raça autóctone a escolha deverá recair na Pedrês, mas gosto bastante das Orpington

Posso não vir a ter galinhas, mas já valeu o tempo da pesquisa e o pouco que aprendi. "O saber não ocupa lugar", certo?

A primeira imagem é deste livro que adquiri sem ter percebido que tinha a tradução do mesmo!



Algo a ponderar, que me esqueci de referir, será o preço do galinheiro e o aumento recente do preço do milho e rações para animais!

segunda-feira

Último dia de isolamento profiláctico e três lições a registar

Apesar do extremo cansaço fiz tudo para me manter ocupada, chutando os pensamentos negativos para bem longe.

Não dava para continuar com o ritmo monótono do xaile azul!

Resolvi experimentar técnicas de patchwork, utilizando tecidos para os quais não tinha pensado nenhum destino. Defendo a ideia de tentar técnicas desconhecidas, por acreditar que experimentando e praticando é que se chega a algum lado. Com tempo para tentativas e erros, queria chegar à conclusão do qual a técnica que mais me agradaria utilizar para fazer a capa de edredão para a cama dos bonecos dos meus netos. 

Primeira lição reaprendida: nos vídeos é tudo muito simples, é só zum...zum...zum, segundo a Edyta, mas a verdade é que para uma principiante não é bem assim.


Comprei este rolo para fazer um projecto com Árvores da Vida. Quis experimentar para ir pensando qual será a melhor forma de obter um bom resultado.

Vou partilhando, neste registo fotográfico, alguns utensílios que fui adquirindo, seguindo sugestões que vou vendo por aí. Hoje em dia não compro logo, penso se de facto é mesmo necessário, apesar de facilitar o trabalho, penso no número de vezes que irei utilizar e se se justifica a aquisição. Uma mudança para melhor em termos financeiros e sustentáveis.

As agulhas  e alfinetes Tulip, são a minha preferência.



Numa feira de artesanato adquiri este candeeiro que tenho na mesa de trabalho, com leeds e lupa, excelente para pequenos detalhes, principalmente para bordados.

A máquina de costura é uma Bernina activa 210, chega para todo o tipo de projectos que faço, utilizando bastante o pé 37, por oferecer um melhor campo de visão, utilizando sempre que quero aplicar algo à máquina.

Até aqui, simples! Remover o papel dá que pensar quando for o caso de centenas de triângulos. Não me vai agradar de todo!


Fase de posicionar e reposicionar os triângulos, antes de os unir. 


Utensílio útil para evitar o ferro de engomar, mas de plástico e, na realidade, não faz falta.

Nesta fase dei comigo a pensar o que fazer com estes retalhos. Bases de copos? Demasiado pequenas e gosto muito das que fiz com burel e a Sizzix. Almofadas de alfazema? Sim, nunca são demais. 
 Um utensílio não necessário, de plástico, mas facilita a tarefa .Pode ser substituído por pauzinhos do chinês

Deixei de fazer goma caseira e substitui por Best Press



As costuras não correram bem mas não considero tempo perdido. Há que praticar, experimentar, explorar e ainda que não dê em nada, o que são pequenos retalhos de tecido? Até acabaram por ter alguma utilidade.

Segunda lição: contínuo a preferir o trabalho de agulhas feito à mão (uma conta que quero explorar é a Broderie Quilt pattern), não há nada a fazer! Como tal vou passar para outra experiência, com materias que a Madalena me trouxe de Inglaterra, Hexiform!


Terceira lição: começar sempre por pequenos projectos. Uma avó tem sempre algo para fazer, como por exemplo, o conjunto para a cama dos bonecos dos netos.

Cama original do IKEA


A ideia de comprar a cama surgiu depois de ter visto o vídeo da Emma Jones  e pensei que tornaria a tarefa de deitar os netos mais fácil, pedindo-lhes para deitarem primeiro os seus amiguinhos.
Tudo pensado, agora só falta é esticar o tempo.

domingo

Dias em isolamento profiláctico, combatendo um extremo cansaço

 

Como professora, estou sempre sujeita às gripes e constipações de Inverno, o que é normal num ambiente escolar. Incrivelmente fui das poucas, entre as minhas colegas e amigas, que ainda não tinha apanhado covid! Tenho cuidados extremos, dada a minha situação particular, ainda assim apanhei! Comecei por pensar ser apenas uma constipação, mas ao fim de três dias fiz um PCR e deu positivo. Ainda bem que já tenho 3 doses de vacina, atendendo aos ténues sintomas que apresento, com excepção de um cansaço extremo.

Apesar do cansaço, não posso, nem quero parar. Tenho aproveitado para estudar o nosso projeto para uma horta e jardim (Ainda tudo parado! Dia 1 de abril faz um ano que nos mudámos). 


Tentando fazer um "muro" verde com trepadeiras!

Maracujá

Kiwis, 2 fêmeas e ao centro 1 macho
Lixo da obra nunca mais acaba, principalmente com a actividade das toupeiras!

Jasmin

Experiências e estudos para ver o que irá resultar, com pouca água, neste solo arenoso, segundo os locais "areia prata".










As sementeiras têm sido um fracasso, mas não perdi a esperança. São sempre feitas no dia 8 de cada mês, por ter sido um presente da Madalena, mãe do Vasco, nascido a 8/3/21. Agora o dia 8 é também o dia do meu neto António.

O que é selvagem e escolhe viver no meu jardim, é o que permanece sempre bonito!



Ontem encontrei mais estas duas pequenitas para alegrarem o meu dia

Quando recebemos alguém gosto de decorar a casa com flores, agora sempre em vaso, para depois tentar mantê-las no jardim, é o caso dos amores-perfeitos com que decorei a festa do primeiro aniversário do Vasco e desta Alfazema, que é Rosmaninho.

Os pássaros, desde que não posso ir comprar tenébrio, um petisco vivo que lhes deixo todos os dias, reduziram as visitas ao nosso jardim  terreno.

Com tanto tempo por preencher consegui terminar a Shifty.

 

Entretanto iniciei um xaile, que não obriga a cálculos matemáticos, medidas, investimento em mais fios. Não posso dizer que é com prazer que o faço, mas pelo menos tenho a satisfação de dar caminho a uma meada que tinha há muito tempo e de participar em mais um KAL da Andrea Mowry, para me sentir acompanhada. No fim terei um super xaile para me aconchegar aqui por casa. 

Ao ritmo das agulhas vou assistindo a alguns podcasts, como o da Kristin, iniciante na paixão pelo patchwork. Do último episódio da Kristin, saltei para documentários e pesquisas sobre William Morris, considerando os seus padrões e combinações de cores, uma verdadeira inspiração.(um lugar que quero visitar, Red House e Kelmscott house)

O tempo desenrolasse lentamente, num ambiente de paz artificial, no nosso pequeno mundo, onde optámos por desligar as notícias, a bem da nossa saúde mental. Tento não me angustiar, por estar a faltar, numa altura em que, como diretora de turma, deveria receber o Lev, o nosso primeiro refugiado ucraniano, mas confio plenamente nas minhas colegas, apenas sinto que estou a falhar, algo que não me ajuda a concentrar em nenhuma tarefa. Salto dos planos do jardim, para as agulhas, troco os fios por tecidos e tento EPP, leitura nem pensar em conseguir concentrar-me. Será apenas a sensação de estar a falhar ou é o resultado de tentar isolar-me do Mundo, durante este meu isolamento?

Enquanto estava por aqui, ouvi o Torrão a ladrar, o que me alertou para uma visita inesperada que veio alegrar o dia. Mantendo as regras do isolamento conversei com o pastor da varanda do nosso quarto. Aquilo que para mim foi uma alegria, o pastor confessou que, em dias de chuva, para ele é um pesadelo, mas ficou agradecido por lhe dizer que me tinha feito feliz!