quarta-feira

Yarn-Along , May


Malha:
Vou no terceiro projecto do livro Yokes, da Kate Davies. Desta vez optei por um modelo bastante diferente, sem mangas, o Buchanan. Neste momento estou preparada para iniciar a parte tão desejada, a de cores. Detalhes na minha página no Ravelry.


Leituras:
Leio um livro que é um retrato da vida dos criados que serviam a casa da família das meninas Bennet, na obra de Jane Austen, Orgulho e Preconceito. Como sou fã da Jane Austen, tinha uma certa curiosidade em ler esta obra de Jo Baker. Não vou dizer que é uma leitura que me prendeu, mas talvez seja por ter a cabeça sempre noutro lugar com tanta coisa que tenho neste momento* por resolver! Ainda assim, penso que há livros que são mesmo viciantes independentemente do meu estado de espírito e este não é um deles!

Nota:admiro a Constança Cabral, que está uma vez mais a instalar-se numa nova casa. Também o fiz com 3 crianças por duas vezes, mas nunca para fora do meu bairro!

Quanto a revistas leio Country Homes, sonhando e planeando uma possível mudança para o Campo!
Partilho e leio aqui outras partilhas semelhantes


Vendo t3+1, Praça de Londres

Tempo de mudança
Num misto de sentimentos escrevi "Vendo t3+1, Praça de Londres"! 
Será que estamos preparados para esta mudança?! Nasci e cresci neste bairro, aqui criei os meus três filhos. Para mim este bairro é como uma aldeia, onde, sem ter de atravessar uma única rua, vou a casa dos meus pais, dos meus três irmãos, da minha prima mais velha e de três tias que me são muito queridas. No comércio local consigo ter tudo quanto preciso e todos me conhecem. Tenho a minha livraria de eleição, a Bertrand, na Av. de Roma e no Campo Pequeno, onde também gosto de ir ao cinema, encontrei um grupo de malha muito simpático numa loja onde me sinto em casa e onde encontro lãs das minhas marcas preferidas e tecidos. Gosto de passar pela Leya, antiga Barata, para ver as últimas publicações e material de papelaria, que complemento com uma visita à Casa Varela. Na fase em que tento seleccionar produtos mais saudáveis, orgânicos e de produção biológica encontro o que preciso na Mercearia Criativa, no Celeiro às vezes até num dos três supermercados das grandes cadeias (Pingo Doce, Auchan e Continente). Para completar a vida saudável que tento praticar nesta minha "aldeia", vou ao Supera, um ginásio mais familiar do que o Holmes Place, ou o Fitness, que alguns vizinhos frequentam. Espaços verdes também não faltam e no Jardim Fernando Pessa, nem um parque para os cães foi esquecido. O ruído do trânsito está a compor-se, com ciclovias e parques para bicicletas. Reduziram o número de lugares de estacionamento, mas o que não faltam são parques com lugares e sendo uma zona vermelha da Emel, já poucos trazem o carro para virem às compras. 
Atingi uma estabilidade bastante "confortável". Tudo corre bem nesta "minha aldeia", equilíbrio familiar, tudo para os momentos de lazer, estabilidade profissional, já para não falar que em 3 anos peguei apenas 2 vezes no meu carro, ando a pé ou, muito raramente, apanho um transporte público.
A família questiona-me e avisa que vou arrepender-me de vender a minha casa, acrescentando "Depois de saíres daqui nunca mais vais conseguir voltar pela falta de casas que sempre houve aqui!".
Mas nós insistimos na mudança, embora com algum receio! Sempre quisemos viver no campo, achamos que está na hora. Já não temos filhos em idade escolar, dependentes do Liceu Filipa de Lencastre, nem de estarem perto de todo o tipo de transportes para se tornarem autónomos e fazerem os seus programas de estudo ou de fim-de-semana. A família em breve vai crescer e nesta fase pensamos que o mais importante é chegar o fim-de-semana e termos uma casa com todo o conforto de uma casa que é vivida dia-a-dia, no campo, para recebermos os filhos e com um espaço para os netos terem contacto com a terra, os animais e a vida simples do campo.
Tentamos mentalizarmo-nos que vai ser o melhor para nós e, principalmente, para os nossos filhos. Ganhámos coragem e finalmente assumimos que era o momento certo para arriscarmos e apostarmos na mudança! De coração apertado colocámos o nosso apartamento à venda. Nesta altura em que o mercado imobiliário está uma loucura, decidimos que era o momento de dar este passo, ou então desistir de vez e passar para um plano B!
Será a decisão certa? Não sabemos, só o tempo o dirá, mas nunca olho para trás e defendo que a vida evolui. Evolução e mudança são como duas linhas de comboio que se desenrolam paralelamente, apesar das curvas e contra curvas, evitando descarrilamentos e danos para quem viaja. Li que a vida é como uma viagem de comboio, daí ter-me ocorrido esta comparação. Se a vida é uma "viagem de comboio", há que olhar para os trilhos onde ele anda e que o mantêm em equilíbrio. Por tudo isto, penso que esta  é uma evolução natural das coisas numa família que tem tendência a mudar, a crescer!
Se não vendermos a casa até Agosto temos o plano B, com menos riscos, não tão arrojado! Até lá é preciso tentar manter alguma serenidade e não entrar em parafuso com os inúmeros contactos de agências imobiliárias, uma vez que no primeiro mês vamos tentar vender sem intermediários, profissionais sem dúvida nenhuma, mas com comissões nada razoáveis, diria mesmo escandalosas! Uma comissão que daria para comprarmos uma Detheleffs, algo que também faz parte, não dos "nossos", mas dos meus planos!
Nos planos dele está mais um Land Rover, ideia que também me agrada. Não deixem de espreitar este anúncio clicando aqui!

Yarn Along {April}


Malha
Estou nas mangas da Humulus. Inicialmente pensava fazer todo o esquema em amarelo, mas tive receio de não sobressair o suficiente. Numa fase tímida de cores, tive alguma dificuldade em decidir o que fazer. As azedas da minha infância, os dentes de leão e os líquenes que vestem os muros e rochedos da Serra de Sintra foram a minha inspiração. Juntei  ao amarelo das flores o verde dos caules, não tendo desistido do amarelo não só por ser a cor das azedas e dos dentes de leão, mas também porque sobre este cinza azulado fez-me ver os líquenes nos rochedos.
Dentes de Leão

Azedas

Líquenes

Leituras:
O regresso ao patchwork pesou na escolha do livro de Jodi Picoult, na minha mais recente visita à Livraria Bertrand (enquanto esperava o início da sessão de cinema) uma leitura diferente, onde vai sendo revelada a forma de "Vida Simples" das "pessoas simples", que são os Amish. Nada vou revelar do enredo, podem ler aqui a sinopse, mas gostava de partilhar algumas passagens que achei interessantes:
(...) Quando Sarah me convidou para uma sessão de acolchoamento que estava a realizar na sala,(...). Um convite para costurar era uma espécie de concessão, umas boas-vindas ao seu mundo que não tinham sido dadas anteriormente"
Num outro capítulo:
Para vocês, tem tudo a ver com quem sobressai mais. Quem é o mais inteligente, o mais rico, o melhor. Para nós, tem tudo a ver com passar despercebido. Como os retalhos que compõem uma colcha. Vistos um por um, não somos grande coisa, se nos puserem todos juntos, somos uma maravilha"

Pomar às Cores
Com esta leitura dei por mim a pesquisar sobre a vida Amish e estou a ver a série Living with the Amish (minuto 12). São radicais em alguns aspectos, não concordo de todo com a sua produção animal, pelo menos aquela que se vê penso que no episódio 4, mas aquilo de que todos falam agora, que todos procuram, o viver de forma simples, o "slow life", está presente no dia-a-dia dos Amish desde sempre! Neste momento, a viver acampada numa obra a decorrer há semanas, vinha mesmo a calhar uma experiência assim!
As publicações  que ando a ler estão como sempre relacionadas com aquilo com que ando a sonhar há um tempo, uma mudança para o campo, no "Pomar às Cores", para onde quero fazer mantas de patchwork e outros trabalhos decorativos. Tento combater a ansiedade que estou a viver neste momento de mudança, seguindo as boas sugestões da revista Calm.

Aqui encontram mais partilhas de projectos de malha de de leituras!

sexta-feira

Alias Grace e patchwork

A série Alias Grace (gostava de ter o livro!), da Netflix, revela histórias interessantes de mantas feitas de retalhos, à mão e cheias de sentido. No primeiro episódio Alias descreve o significado de alguns padrões e o que representam para ela, defendendo que toda a mulher deve fazer três mantas de patchwork antes de casar, uma com a Àrvore do Paraíso, outra com A cesta de Flores e outra com a Caixa de Pandora. 
A minha curiosidade sobre patchwork, em português trapologia, foi avivada e levou-me a novas pesquisas, todas no YouTube, uma vez que continuo acampada em casa, sem acesso aos meus livros. O fascínio pelo patchwork foi crescendo à medida que via documentários, a título de exemplo The Great American Quilt. Os vídeos dos Quilting bee despertou em mim uma vontade imensa de dar pontos à mão junto com outros tantos pares de mãos e ter conversas horas a fio com quem partilha a mesma paixão de criar à mão. 
Vou continuar com as minhas pesquisas até ao final das obras e depois deito mãos à obra. Fiquei a pensar nas descrições de Alias Grace (“It’s a log cabin quilt. Every young woman should have one before marriage. It means the home and at the center there’s always a red square, which means the hearth fire.”), tentei lembrar-me dos tecidos que tenho e talvez dê para fazer um log cabin, que não tem de ser uma manta, para a minha filha Inês. Talvez bordar palavras soltas, ou frases aqui e ali no tecido claro, mas tudo dependerá dos tecidos que tenho. Na minha imaginação já estou a adorar o processo. 
O primeiro passo dei-o hoje semeando* o pastel dos tintureiros que comprei à Alice, do saber fazer.
Fazia-me falta algo não tão repetitivo como a malha que ando a fazer. Mas a malha fica para um outro dia. 
Hoje partilho o meu primeiro trabalho de patchwork, um painel do diário de uma jardineira, que espero, muito em breve ser eu!
Estou a terminar o acolchoamento que aprendi a fazer com a Rosa Pomar. Tive o painel guardado por muito tempo, procurei por todo o lado quem me ensinasse como o acolchoar, com receio que o autodidactismo inicial falhasse nesta etapa final e deitasse tudo a perder. Foi uma sorte encontrar o lugar e a pessoa certa, para me ensinar a terminar um dos trabalhos que mais prazer me deu. Ainda não o terminei por duas simples razões, não tenho pressa em fazê-lo por não ter ainda a casa "Entre a Serra e o Mar" e porque ainda não tinha nada para preencher o vazio que vai ficar depois do painel concluído. Agora com a cabeça a mil, imersa num caos de ideias, chegou o momento certo de tirar o devido prazer com a conclusão deste diário bordado, unido com tecidos e finalmente seguro em camadas de algodão, com pequenos pontos que contornam os bordados e padrões dos tecidos. (Já tive nesta mesma situação, tendo desistido dos projectos que tinha em mente e mantendo um ritmo extremamente lento neste painel! Será que é desta?!)

*Nota: A Madalena deu-me a alegria de aparecer de surpresa hoje, sexta-feira Santa, para passar a Páscoa em família. Juntas semeámos as tintureiras que comprámos num programa Mãe e filha, antes de ela iniciar a grande aventura e desafio de explorar oportunidades fora de Portugal. O nosso País investe nos jovens mas depois "empurra-os" para a emigração, algo que não faz sentido nenhum!

quarta-feira

Yarn Along {March}




Após uma longa ausência a Ginny retomou o Yarn Along, mas desta vez com partilhas mensais em vez das semanais. Sendo duas das minhas paixões/vícios  os livros e, mais recentemente, a malha, o Yarn Along foi algo que sempre gostei de acompanhar e de participar. Fiquei feliz por ter recomeçado sendo este novo "formato"  mais adequado à periodicidade das minhas escritas e partilhas aqui no blog.
Malha:
Esta semana tenho como objectivo terminar as frentes e as mangas do cardigan Bibbi e terminar o gorro que certamente me irá fazer falta no passeio do aniversário da Land Rover, já no próximo fim-de-semana (mais detalhes na minha página de projectos do Ravelry).
Livros:
Ontem fui à Retrosaria e vim de lá com um saco cheio de boas leituras e dois pins (o Zé quis ficar com o meu pin da Serra da Estrela tive de comprar um segundo para mim!) Peguei de imediato no livro da Bristol Ivy, tendo ficado com imensa vontade de fazer os "exercícios propostos", considerando um excelente passo no meu percurso no mundo da malha, uma forma de atingir novas aprendizagens, de me desafiar (também adquiri, há um tempo, o pacote de aulas na Craftsy, da Bristol Ivy, no entanto ainda não fiz o projecto embora tenha assistido às aulas). A frustração é a falta de tempo comparativamente à imensa vontade de fazer, explorar, aprender e da inspiração constante que me chega quando vejo fios e modelos novos! 
A próxima leitura será "Farm to Needle, Stories of wool", e será ainda hoje! Aos livros acrescentei o número 4 da Laine, não tendo falhado ainda nenhum número desta publicação de que tanto gosto.
Quanto à leitura de cabeceira é ainda o mesmo policial da Camilla Lackberg, "O Olhar dos inocentes", como sempre, uma leitura que prende desde o primeiro capítulo!
No início do próximo mês haverá mais partilhas no Yarn Along. Espreitem aqui as deste mês!

Nota: estou sem máquina fotográfica, com péssima luz e condições para fotografar, ainda assim não queria deixar de participar no Yarn Along!

sexta-feira

Acampada em casa

Fevereiro foi bastante caótico! Obras e mais obras, que nos obrigaram a acampar na nossa própria casa, com 3 quartos distribuídos entre a sala de estar e a copa. Um desatino total! Defendo a minha saúde mental recorrendo à leitura e às agulhas e abstraindo-me do que se passa à minha volta. Assim sendo, consegui avançar nos dois casacos,(informação detalhada de ambos os projectos na minha página do Ravelry, casaco Bibbi , workshop com o André de Castro,e Cardigan Irlandês aulas na Craftsy com Carol Feller ; dois tipos de ensino, diferentes aprendizagens) embora muito lentamente pois o trabalho na escola duplicou e para "ajudar à festa" a minha filha mais velha foi operada.
Outra "coisa" que me tem feito perder tempo e me tem irritado, diria mesmo revoltado, é  a forma irresponsável e sem qualquer profissionalismo com que a chefe dos serviços administrativos da minha escola trata os assuntos ligados à carreira e progressão dos docentes! (e, infelizmente, suspeito de muitas outras irregularidades!)

Toda a malha que fiz em Fevereiro foi a ver com o Zé policiais ingleses na Netflix (Hinterland, Marcella e destaco Paranoia), estando a ver sozinha a série Rebellion (depois da nossa viagem pela Irlanda, tinha de ver esta série!).

Entretanto temos visitado algumas casas na esperança de concretizarmos o velho sonho de vivermos "Entre a Serra e o Mar"! O que está nos sites nem sempre existe "mas temos de ter casas no site!", outras não correspondem de todo ao descritivo do anúncio. Serei só eu a ter razão de queixa?! E as comissões astronómicas que as imobiliárias pedem? Estou tentada em experimentar vender a nossa casa sem recorrer a imobiliárias, evidentemente que vou ter todas as imobiliárias a baterem-me à porta, mas estou a pensar, seriamente, arriscar.

sábado

Balanço de Janeiro e projectos para Fevereiro

Malha
O primeiro mês do ano teve mudanças nas minhas rotinas diárias. A grande mudança é que, passado uns anos de pausa, retomei o hábito saudável de ir ao ginásio, só que desta vez estou a ir com a família em peso, pais, irmãos e filho (ainda não consegui levar o Zé!). Ontem fiz a primeira avaliação com uma das professoras do ginásio, que me fez um plano de treino, reservando as quintas-feiras para encontros de tricot, em vez de idas ao ginásio, tudo porque esta semana encontrei um grupo muito simpático, onde há imensa partilha e numa loja onde me sinto em casa de uma amiga. Por tudo isto fazendo o balanço de Janeiro, em termos de projectos de malha, apenas trabalhei no Cardigan Irlandês, estando quase a chegar às cavas e com uma manga por fazer, não tendo bordado nem um ponto e costuras zero.
 Para Fevereiro os planos foram alterados, não vou, por agora, terminar o cardigan, porque comecei um casaco com o meu novo grupo de malha e temos de, até 1 de Março, fazer as costas do casaco, parte das duas frentes e o que virão a ser os bolsos, um dos motivos pelo qual aderi a este projecto, aprender a inserir bolsos e praticar costuras de malha. No cós, talvez por estar animadamente a conversar, cometi o erro de ter uma agulha 3.75 e outra 4mm, o que me dificultava o trabalho, sentindo a malha apertada. Comecei então a fazer malha à "continental", resultando uma zona do trabalho com menos tensão. Se não tivesse uma data limite para concluir o trabalho, uma vez que faz parte de um workshop, teria voltado ao início do trabalho!
Gostava ainda de terminar o casaco dos torcidos para, assim que terminar o Raglan com bolsos, pegar na camisola Humulus, da Isabell Kraemer para a qual já tenho lã.
Este ano achei engraçada a ideia do "Make Nine" e decidi alinhar no desafio do Ravelry, criando uma lista de 9 projectos, bastante ambiciosos em termos de tempo de execução, sabendo desde já que terei de intercalar com projectos mais pequenos e com outros que irão surgindo. Como tal, é quase certo que, a lista sofrerá algumas alterações!
E por falar de alterações, à conta das alterações que anunciaram em termos de carreiras dos professores, tenho roubado imenso tempo não só a minha vida pessoal mas também à minha vida profissional, para conseguir tratar de toda uma burocracia, que contava não ter de fazer acreditando no profissionalismo de quem o deveria fazer. Ingenuidade minha! Após quase trinta anos de carreira tive de me sindicalizar para ter os esclarecimentos de que necessito em termos de progressão na carreira e apoio jurídico para situações com que me vou deparando. A acrescentar a tudo isto ainda terei de perder tempo com bancos. Apercebi-me que a Caixa Geral de Depósitos fica todos os meses com 5 euros e tal, por custos de manutenção da conta, sem nunca me ter avisado, algo que considero inadmissível e como tal é mais um assunto que terei de resolver.
Vamos ver se Fevereiro corre melhor e se não tenho de perder tempo com burocracias e afins, algo do qual quero distância!

Leituras, séries e jogos:
Quanto as leituras regressei aos policiais da Camilla Läckberg e estou a ler "A Ilha dos Espíritos".
Aos serões, e antes da leitura "de cabeceira", enquanto dou ao dedo com as agulhas, vejo na Netflix,  séries inglesas entre as quais The Crown e uma série policial Broadchurch.
O jogo deste mês foi o Pictionary .

sexta-feira

Malha, matemática e Netflix


Andei uma semana de volta do casaco com torcidos. Não estou a fazer com o fio recomendado, e por isso tenho 22 malhas por 10 cm, em vez de 18 malhas por 10 cm, como no projecto. Em termos de carreiras obtive o mesmo número de carreiras do modelo, apesar da composição do fio ser diferente. Perante esta diferença tive de fazer cálculos tal como aprendi na Craftsy com as aulas da Amy Herzog. Como forma de verificar os meus cálculos, iniciei o projecto pelas mangas, algo que faço sempre que a construção do modelo mo permite.
Como gosto das mangas "largas", optei por fazer o tamanho maior de manga. Experimentei e gostei da forma como veste. Precipitei-me e resolvi iniciar o corpo, ignorando os cálculos e fazendo o tamanho maior. Tive de refazer e uma vez mais enganei-me por estar distraída, o que resultou em malhas em falta, tendo só dado por isso quando iniciei o esquema dos torcidos.
Recomecei pela terceira vez, verificando os cálculos e tendo em conta que tenho 2.2 malhas por cm, e tendo medido 98 cm  debaixo da cava, com folga, multipliquei estes dois valores tendo obtido 215.6, sendo este o número de malhas, na zona do peito (neste caso é igual ao número de malhas na montagem), que considerei na escolha do tamanho. Confrontei com os primeiros cálculos e confirmei que é o tamanho que me ficará melhor, embora para o grande (tal como eu gosto!).
Este início do casaco tem sido feito a ver Land Girls na Netflix e ontem iniciei uma nova série, Ana com A. A primeira série é da BBC, sendo rica em modelos de malha. A netflix tem me ocupado o tempo que estou em frente à televisão e por isso não tenho visto podcasts, no entanto vi o último episódio da fruity knitting por causa da entrevista à Isabell Kraemer, onde por coincidência é referido os cálculos a efectuar na adaptação do tamanho, sendo feita referência a episódios mais antigos, onde é explicado os cálculos que se devem fazer na hora de escolher o tamanho que mais se aproxima das nossas medidas. Apesar destes vídeos explicativos gratuitos, recomendo vivamente as aulas ou o livro da Amy Herzog, que explica de forma clara as adaptações que devemos fazer em função do tipo de construção dos modelos.

Voltei!

O Natal e o começo de um Novo Ano (é mesmo um Novo Ano para mim que nasci a 1 de Janeiro!), numa família numerosa, como a minha, são vividos de uma forma intensa, o que ocupou todo o meu tempo! Ainda assim consegui concluir o meu casaco antes do Natal, fazer uma boina para a Madalena e iniciar um gorro, que coloquei de parte e só retomei no passado fim-de-semana, dado que a minha prioridade era fazer tudo o que a Madalena queria levar para Londres.
boina a esticar num prato
O modelo da boina é gratuito e encontram a descrição de todo o processo na minha página de projectos (clicando aqui). Tinha alguns erros facilmente ultrapassáveis principalmente para quem tem horas a fio de ponto de cruz!
O gorro é um modelo da Rosa Pomar e o fio é da Retrosaria. É de fácil e rápida execução. Sendo um modelo de S.Miguel, tinha mesmo de o fazer (a minha família é de São Miguel)! Como fiz à portuguesa teci as malhas em liga, tendo o fio do padrão do lado direito (mão direita para quem não faz  malha à portuguesa) e o fundo do lado esquerdo (mão esquerda para quem não faz malha à portuguesa), ao contrário de quando faço em meia.
Esta semana iniciei um cardigan com torcidos, seguindo as aulas da Craftsy, da Carol Feller, um presente de anos da Madalena. Iniciei com uma montagem de malhas que nunca tinha feito, a leitura de gráficos de torcidos e a execução de "bobbles" para mim foram também novas aprendizagens, o que torna este projecto extremamente motivador e viciante!
Já o ano passado tinha pensado em dedicar-me aos torcidos, tendo comprado na altura o livro da Norah Gaughan's, Knitted Cable Sourcebook, no entanto nunca arranjei tempo para me dedicar a aprendizagem de torcidos.
Nas férias de Natal, quando resolvi ler o livro (como novo, adquirido em 2ª mão na amazon por um preço inacreditável!) da Elizabeth Zimmermann's, Knitter´s Almanac, Projects for each month of the year, decidi que este era o momento certo para me dedicar a este tipo de projecto seguindo as aulas que a minha filha me ofereceu (será mais uma forma de sentir-me ligada a ela, apesar da distância que nos separa).
Ainda pensei aprender dicas e truques em relação a torcidos com a Carol Feller e fazer a Sauvabelin Sweater, do livro Woods, mas depois resolvi deixar este projecto para uma outra altura e fazer o casaco das aulas. Ainda não decidi se vou fazer alguma adaptação, mas como corro o risco de não ter fio suficiente, provavelmente terei de eliminar os torcidos das costas. Por agora estou nas mangas, para confirmar o número de pontos por cm e praticar os torcidos antes de avançar para o corpo do casaco (ou camisola?!)
A malha vai devagar não só porque quis ajudar a Madalena na sua mudança, não querendo desperdiçar um minuto passado com ela, mas também porque este ano a família está a ir em peso ao ginásio, quase todos os dias (esta semana só falhei 4ªf!). Foi um começo de 2018 intenso e penso que assim será todo o ano, com a aproximação do casamento da minha  filha Inês, mas nada me impedirá de continuar com os meus trabalhos de mãos e que irei aqui partilhando, junto com leituras que me agradaram, passeios que me animaram e locais que me maravilharam.