Passado quase
um ano a tentar mudar para o campo, chegou o momento em que devo recomeçar a apreciar o que tenho e conformar-me com a ideia que talvez não seja a altura certa para trocar a cidade por uma vida entre a Serra e o Mar. Procuro reaprender a ser feliz na cidade e a olhar a "
minha aldeia" com outros olhos, com os olhos da minha juventude.
Esta manhã deixei-me reconquistar pela cidade e para isso nada melhor do que uma caminhada por um dos bairros vizinhos e onde encontro muito do que preciso. (outro bairro que gosto de visitar a pé é o de Alvalade)
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César e castro, loja de artigos de cozinha, à procura de uma panela de cozedura muito lenta |
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Mais uns passos, e estava numa das minhas lojas favoritas de tecidos e materiais para trabalhos manuais, At Home |
Na realidade, na cidade, não me faltam passeios agradáveis e espaços verdes, não sendo "
a minha aldeia" uma zona tão cansativa como isso, sendo inclusivamente um bairro cheio de alegria, onde não falta a presença de jovens.
Já no "meu jardim" encontrei o meu irmão mais velho e juntei-me para mais uma
almoço em família.
A verdade é que a "minha aldeia" está cada vez mais verde e é nela que me cruzo sempre com uma cara amiga e familiar.
Esta forma de viver a minha cidade é o segredo para viver, não apenas conformada, mas genuinamente feliz na cidade.
Iniciei novos projectos e consegui, finalmente, não pensar que serão para uma casa Entre a Serra e o Mar.
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We can truly be ourselves at home |
5 comentários:
Olá Sofia!
Eu também acho que não se está mal por aqui! :)
E fico contente que fique pelo "bairro" mais uns tempos. :)
Fico triste por nao conseguir trocar a cidade pelo campo, mas atendendo ao bairro em que vivemos, ate estamos muito bem!
(teclado ingles, sem assentos!)
Olá, eu também tinha o mesmo sonho e concretizei-o. Nos primeiros anos achei fantástico, crianças pequenas, animais, silencio, horta etc. Passados 10 anos estou a planear voltar à cidade. A horta já não se faz pois para a manter todas, repito todas, as horas disponíveis teriam de ser gastas para a manter, utilizar o carro para tudo é cansativo (às vezes deixo o carro longe do sitio para ter o prazer de andar a pé dentro da cidade) e gestos simples, como por exemplo ir tomar um café depois do almoço, torna-se uma tarefa gigante e deixa-se de se fazer. As crianças cresceram e pedem mais proximidade dos amigos e eu também sinto falta de andar na rua e me cruzar com conhecidos e "dar 2 dedos de conversa".
Outra situação que me deixa por vezes apreensiva é o isolamento, no meu caso, já me aconteceu diversas vezes, ficar semanas sozinha com as crianças, e não deixo de sentir desconforto e insegurança...a GNR não está ao virar da esquina.
Cada um vive a sua experiência de forma diferente, o que eu gostaria de transmitir é que nenhum sítio/situação é idílico, como em tudo, há vantagens de desvantagens.
O silencio e os sons da natureza continuam a estar no TOP+.
Beijinhos
Obrigada pelo seu testemunho. Entendo muito bem a situação que descreveu e era um dos meus receios e foi um dos motivos de ter adiado a ideia até agora, que já tenho os filhos crescidos. Neste momento queria fugir "do ninho vazio" e montar um novo ninho para receber os filhos so fim-de-semana
Beijinhos e obrigada pelo seu tempo
"so" = ao
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