quarta-feira

Preencher o vazio da ausência

Com o meu filho em Inglaterra, a casa ficou vazia, a sua ausência deixa um vazio silencioso, que tento preencher com horas a fio, ao ritmo melodioso das agulhas.

Luna (Lua em latim), a cadela resgatada no Monte da Lua, que me cobre de mimos o tempo todo e que exige atenção o tempo todo!

Neste centro de mesa ainda não decidi se dou por terminado ou se acrescento uns pontos decorativos, à semelhança do que fiz nesta almofada, bordada a ponto de cruz.




De malha vou fazendo mais um casaco para mim, para dar destino a meadas e novelos antigos e ter algo para estrear no aniversário da minha filha Madalena ou no Dia da Mãe.

Todas as noites, na cabeceira espera por mim, a história da Zoe, de fácil leitura e com ela regresso às Terras Altas da Escócia, conseguindo desligar da falta que sinto dos sons de uma casa cheia. 

Antes de viajar o António fez um novo abrigo para as galinhas. Neste os cães, e possíveis predadores, não conseguem rebentar com a rede! Ficou só a faltar a fechadura


Antes de viajar, ofereceu-nos o trabalho que andou a fazer em madeira.



Um guerreiro para ter presente que o meu filho foi à luta, encontrar o seu caminho. Tenho de enganar a tristeza da saudade com a felicidade da certeza que encontrará o que tanto anseia. 

2 comentários:

Anónimo disse...

Como a entendo! Como não deixarmos os nossos filhos voar!
Sofremos por dentro mas por fora cara alegre!
Vão atrás dos sonhos deles e temos que lhes dar toda a força do mundo!

Sofia Amaral M. disse...

Nem mais!