domingo

Dias em isolamento profiláctico, combatendo um extremo cansaço

 

Como professora, estou sempre sujeita às gripes e constipações de Inverno, o que é normal num ambiente escolar. Incrivelmente fui das poucas, entre as minhas colegas e amigas, que ainda não tinha apanhado covid! Tenho cuidados extremos, dada a minha situação particular, ainda assim apanhei! Comecei por pensar ser apenas uma constipação, mas ao fim de três dias fiz um PCR e deu positivo. Ainda bem que já tenho 3 doses de vacina, atendendo aos ténues sintomas que apresento, com excepção de um cansaço extremo.

Apesar do cansaço, não posso, nem quero parar. Tenho aproveitado para estudar o nosso projeto para uma horta e jardim (Ainda tudo parado! Dia 1 de abril faz um ano que nos mudámos). 


Tentando fazer um "muro" verde com trepadeiras!

Maracujá

Kiwis, 2 fêmeas e ao centro 1 macho
Lixo da obra nunca mais acaba, principalmente com a actividade das toupeiras!

Jasmin

Experiências e estudos para ver o que irá resultar, com pouca água, neste solo arenoso, segundo os locais "areia prata".










As sementeiras têm sido um fracasso, mas não perdi a esperança. São sempre feitas no dia 8 de cada mês, por ter sido um presente da Madalena, mãe do Vasco, nascido a 8/3/21. Agora o dia 8 é também o dia do meu neto António.

O que é selvagem e escolhe viver no meu jardim, é o que permanece sempre bonito!



Ontem encontrei mais estas duas pequenitas para alegrarem o meu dia

Quando recebemos alguém gosto de decorar a casa com flores, agora sempre em vaso, para depois tentar mantê-las no jardim, é o caso dos amores-perfeitos com que decorei a festa do primeiro aniversário do Vasco e desta Alfazema, que é Rosmaninho.

Os pássaros, desde que não posso ir comprar tenébrio, um petisco vivo que lhes deixo todos os dias, reduziram as visitas ao nosso jardim  terreno.

Com tanto tempo por preencher consegui terminar a Shifty.

 

Entretanto iniciei um xaile, que não obriga a cálculos matemáticos, medidas, investimento em mais fios. Não posso dizer que é com prazer que o faço, mas pelo menos tenho a satisfação de dar caminho a uma meada que tinha há muito tempo e de participar em mais um KAL da Andrea Mowry, para me sentir acompanhada. No fim terei um super xaile para me aconchegar aqui por casa. 

Ao ritmo das agulhas vou assistindo a alguns podcasts, como o da Kristin, iniciante na paixão pelo patchwork. Do último episódio da Kristin, saltei para documentários e pesquisas sobre William Morris, considerando os seus padrões e combinações de cores, uma verdadeira inspiração.(um lugar que quero visitar, Red House e Kelmscott house)

O tempo desenrolasse lentamente, num ambiente de paz artificial, no nosso pequeno mundo, onde optámos por desligar as notícias, a bem da nossa saúde mental. Tento não me angustiar, por estar a faltar, numa altura em que, como diretora de turma, deveria receber o Lev, o nosso primeiro refugiado ucraniano, mas confio plenamente nas minhas colegas, apenas sinto que estou a falhar, algo que não me ajuda a concentrar em nenhuma tarefa. Salto dos planos do jardim, para as agulhas, troco os fios por tecidos e tento EPP, leitura nem pensar em conseguir concentrar-me. Será apenas a sensação de estar a falhar ou é o resultado de tentar isolar-me do Mundo, durante este meu isolamento?

Enquanto estava por aqui, ouvi o Torrão a ladrar, o que me alertou para uma visita inesperada que veio alegrar o dia. Mantendo as regras do isolamento conversei com o pastor da varanda do nosso quarto. Aquilo que para mim foi uma alegria, o pastor confessou que, em dias de chuva, para ele é um pesadelo, mas ficou agradecido por lhe dizer que me tinha feito feliz!





1 comentário:

Anónimo disse...

Que lindas fotos!
Deve ser mágico morar num sítio desses!