quarta-feira

Desmanchar ou não desmanchar, eis a questão!

Malha:
Nas minhas agulhas cresce uma camisola Yoke, da Kate Davies (mais informações aqui / Ravelry). Como praticamente só faço malha ao serão e não estando preocupada com a cor dos novelos, uma vez que são todos do mesmo lote, não me apercebi que o corpo estava a ficar às riscas! Levei a votação se devia ou não desmanchar, pois faltou-me a coragem para o fazer. Por unanimidade a família votou não desmanchar. Ainda assim não sei o que vou fazer!
Leitura:
Estou a ler mais um romance histórico "A amante do Duque" mas, talvez porque sinta necessidade de um enredo de cortar a respiração, tornou-se difícil viciar-me nesta leitura que, embora seja interessante, neste momento não é o livro de que sinto falta e eu preciso de sentir falta da palavra escrita na hora de deitar! Estou a precisar de um bom policial ou algo no género que crie necessidade de virar uma página e mais outra logo a seguir.
Neste livro quero destacar a editora Humanity's Friends Books, que reverte parte do lucro de cada livro editado para uma Associação de Solidariedade Social, na minha opinião, um exemplo a seguir.
depois de removido o papel apliquei
Outra escrita, outras agulhas:
O meu Stitch Journal tem crescido a um ritmo que me tem agradado, lentamente! Estando eu viciada em hexágonos, resolvi aplicar três que representam os meus filhos. No "pedaço de mim" que representa o meu filho, tendo ele tantas vezes mudado o seu rumo de vida, estou a dar pontos em direcções diferentes representando os caminhos que já percorreu. Todos os dias quando pego neste meu "diário", deixo que o momento presente trace os pontos, comande a escolha do tecido e defina a forma de me expressar. Seguindo a sugestão do meu marido, simultaneamente escrevo a razão da escolha daquele dia, evitando no final não saber "ler e interpretar" a "redacção" que bordei (algo que acredito que não acontecerá, mas fica o registo para os outros!) Nunca tinha feito nada semelhante, não sei se vou gostar do trabalho acabado, mas uma coisa é certa, tem-me dado um gozo inexplicável! 
fonte identificada na imagem

Nota: O Yarn Along foi interrompido mas eu continuarei a partilhar com este formato, às quartas-feiras, sempre que houver novidades nas minhas agulhas e nos livros de "cabeceira".

#2-Stitch Journal

Queimei o dedo a cozinhar e por isso ante ontem não me foi possível dar nem um ponto! Ontem dei uns pontos no pedaço "de mim" a que chamei Madalena e como era o seu aniversário apliquei um coração, numa chita que herdei da Avó Carmen, com ponto invisível e de seguida contornei com ponto de cadeia, prolongando para 2 corações unidos e abertos que terminam com nós, simbolizando o umbigo. Tinha prometido a mim mesma manter o diário o mais simples possível e acho que já comecei a inventar demasiado! Passei então para uns pontos a verde no pedaço a que chamei Inês, com linhas que correm na horizontal, tentando caracterizar a forma como ela vive intensamente e sempre a correr. Hoje revisitei a minha "página" entre a escola e uma ida a uma consulta (que me tomou a tarde toda!) e não gostei do que vi. Neste momento sei que devo retomar um caminho linear e simples, sem pontos complexos, nem mistura de muitos tecidos e linhas, talvez "colar" mais um tecido para dar mais consistência à página onde surgem palavras na ponta da agulha. Amanhã irei "escrever" não a seda mas sim a algodão e retomarei o ponto de partida, formas geométricas, a escrita fascinante da matemática!

segunda-feira

#1 Stitch Journal

Os meus filhos  "levantaram a mesa" do piquenique do dia da Mãe para eu colocar a primeira "página" deste meu Diário!
No domingo madruguei e no silêncio da casa, apenas interrompido pelo chilrear dos pássaros e as brincadeiras silenciosas mas arfantes dos cães, preparei a "primeira página" do meu "Diário". Os tecidos por mim escolhidos têm a sua razão de ser, azul do céu e do mar que envolve a "minha" Serra; as flores que vestem a Primavera; o linho que sobrou dos trabalhos que aí bordei; os tecidos da Craft and Company, que se situa do outro lado da Serra e que me fazem recordar um dia em que me senti particularmente útil e feliz. Comecei por "colar" os tecidos ao linho com pontos invisíveis. Optei pela forma circular para experimentar aplicar à mão, representando o círculo a família e os pontos umbigos, o ponto de união entre mãe e filho, aqui 5 como nós cá em casa. As 3 tiras de tecidos laterais representam os 3 pedaços de mim, as minhas duas filhas à esquerda e o meu filho à direita. Nestes "pedaços" vou usar fios de seda que me sobraram das aulas de bordado de Castelo Branco, um fio mais delicado e com um brilho especial! Os pássaros com a sua forte presença fizeram-me pensar que talvez gostasse de acrescentar um pedaço de chita que herdei da Avó Carmen , talvez fique para uma outra página ainda em Maio. As cores das linhas, vários tons de verde e azul, são a minha memória física das cores de um dia muito especial, o vermelho é cor do sangue e do amor que nos une. Não sei ainda se vou bordar a cor das flores que fotografei!


Entre a Serra e o Mar fui feliz!

Na nossa família o Dia da Mãe foi sempre comemorado a 8 de Dezembro, mas alguém entendeu passar para o primeiro domingo de Maio. Muito se escreve a favor e contra o dia, mas independentemente de tudo, é um dia em que tenho bem presente tudo o que a minha Mãe é e foi para mim e o quanto lhe estou grata, e à vida por ainda a ter a viver tão perto e presente no meu dia-a-dia! Neste dia gosto também que os meus filhos me mimem de uma forma especial, não com presentes mas sim com a sua presença. Embora a Madalena não tenha estado comigo senti-me feliz por ela, pela forma como viveu este dia.
Fizemos um piquenique como não fazíamos há muito em família, no pinhal perto da Capela de São Mamede. Não faltaram peripécias, alergias, risos e boa disposição!
Ao final do dia juntámos a família em casa da minha mãe, radiante de felicidade, e do meu pai orgulhoso da mãe dos seus filhos! Podem dizer que é só mais um dia para os comerciantes "enriquecerem", mas para nós foi mais "uma desculpa" para celebrarmos a família.

sábado

Festival da Máscara Ibérica

O festival em palavras: cor, vida, alegria, festa, convívio, madeira, lã, burel, malha, música, artesanato, tradições e...
As máscaras em imagem:

 Após o desfile no Jardim da Praça do Império, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos.

Nota: mais fotografias e um vídeo dos Pauliteiros no meu Diário Fotográfico/Instagram

terça-feira

Hexágonos viciantes

Na interrupção lectiva tive uns dias em Lisboa, o que me levou a iniciar as limpezas e arrumações da Primavera. Quando cheguei ao quarto que agora é a "nossa oficina de trabalhos manuais", achei que o melhor era desfazer-me do que ocupa espaço há já algum tempo. Comecei por desmanchar um xaile que estava quase no fim, pois percebi que não me apetecia retoma-lo, nem usá-lo. Fiz uma meada, molhei-a e dá para reaproveitar a lã.
Quando cheguei aos tecidos, organizei-os por projectos que quero fazer. Restavam as sobras de projectos já feitos, que ocupam três pequenas gavetas! Peguei no carimbo que comprei na Retrosaria, nos papeis da escola que iam para o papelão (também arrumei a minha escrivaninha!) e comecei a fazer hexágonos. Estou viciada e acho que no final vou ter muito com que me entreter. Já tenho algumas ideias, individuais ou caminho de mesa, uma capa de livro, talvez uma bolsa para projectos, logo se verá, mas que gosto mais de ver os retalhos assim arrumados isso gosto!

segunda-feira

Romeiros a cavalo

A caminho...
Pausa para piquenique e pequenos arranjos!
Retomámos o caminho.
Chegada a Viana do Alentejo
E a festa final teve início com o Cante Alentejano.
 e não só!
 Há quem prefira esperar sentado!

 Finalmente, ouvem-se os sinos do Santuário da Nossa Sra de Aires e chegam centenas de romeiros a cavalo! (vídeo promocional e Making Off) (um outro registo fotográfico)
 Os "encerra fila" eram os veterinários.
 Algumas fotografias de grupo e, finalmente, os cavalos seguiram para um merecido "banho" e reforço nutritivo.