segunda-feira

Era o seu cão!

Dizem que os cães são parecidos com os seus donos. Tenho 3 filhos e já tive 3 cães. O Malibu era dele. O meu filho também vive "sempre numa boa" e em miúdo tinha uma certa "queda para a asneira", chegando a ser bastante criativo, tal como o seu cão!
Aqui num dos raros momentos em que foram "apanhados".
Hoje o que mais me dói é não ter estado presente quando ele perdeu o seu amigo de 4 patas. As irmãs também eram muito agarradas a este expressivo rafeiro que nos conquistou desde o primeiro dia e que tanto trabalho e preocupações nos deu (por vezes ainda escondo as bolachas, os chocolates, os caramelos e tudo o que sempre encontrava para nos roubar)! Talvez por isso mesmo a sua falta seja tão sentida. Talvez por olhar para a Dharma e sentir constantemente que está "incompleta". Dói saber que não estive presente nem para os meus filhos, nem para o Malibu. O que me alivia dessa dor é saber que a minha irmã esteve presente. Sermos muitos e presentes faz toda a diferença! Talvez por isso, eu e os meus irmãos, evitámos ter filhos únicos e vivemos todos no mesmo bairro, ou melhor, no mesmo quarteirão para nos termos uns aos outros nas nossas rotinas diárias! Talvez essa seja a razão pela qual de facto nunca me empenhei verdadeiramente em trocar a vida neste nosso bairro (uma pequena aldeia!) por uma vida a tempo inteiro "Entre a Serra e o Mar"!
 O Faísca, nosso primeiro cão, está na minha primeira manta de patchwork e talhado num pedaço de madeira pelo Zé.

O  Malibu saltou do diário gráfico do Zé para uma tela onde colocámos a sua chapa. Um dia terei também de traçá-lo com linhas e agulhas. Por agora não. Não quando sinto dor e até um certo misto de culpa/ revolta. Não quero revisitar, vezes sem conta, o "vazio" onde ecoa  perda e dor! Hoje escrevi apenas por ser a forma de falar comigo mesma. Ridículo?! Talvez sim, mas...
Terei de dar tempo para que a saudade se instale e com ela farei algo que me faça sorrir enquanto revivo os momentos brutais com que ele, o Malibu, o nosso cão, nos brindou em vida!
O  último registo de muitos, uns dias antes de irmos de férias.
 Quando não se aninhava na Dharma e quando o dono não estava no quarto, procurava as almofadas que fiz para as minhas filhas. (apesar da fraca qualidade das fotografias, quis guardá-las aqui para mim!)
No Campo ficava na gamela com a manta que lhe fiz.

1 comentário:

Inês Sousa de Menezes disse...

Custou muito perder o nosso amigo asneirento, deixou muitas recordações e imensas saudades! Mas agora está com o nosso outro amiguito, o mais velhote, o Faísquita :)