Fim de semana é sinónimo de mais oportunidades para fazer as coisas boas da vida despreocupadamente, longe de compromissos, que marcam a rotina do dia-a-dia. Por mais cansada que esteja, sou incapaz de dar de mão beijada, ou de qualquer outra forma, estes 2 preciosos dias, à preguiça ou ao sono. Tive por despertador o meu entusiasmo que me arrancou da cama cheia de energia renovada perante a expectativa da manhã que me esperava na Retrosaria, para um workshop com a Rita. Tive boleia do Zé que na véspera, ao me ver limpar a Bernina e preparar o material para levar, teve pena de mim pelo peso que teria de alancar e assim cheguei antes da hora combinada.
A Rita, de armas e bagagens, já se encontrava à porta da Retrosaria, com um sorriso de boas vindas. Feitas as apresentações aceitei o convite e fomos tomar um café acompanhado de dois dedos de conversa. Mãe de uma catrefada de filhos, dedicada ao patchwork há mais de 20 anos fez-me concluir "Perfeito! Uma mulher que só pode ser desenrascada, prática e criativa, para lidar com tamanha família!"
Regressámos à Retrosaria e a Rita iniciou uma súper manhã dando as boas vindas às 3 Ss (os nossos nomes começavam todos por S) e dizendo que uma de nós era a 333 da sua lista de contactos. Para quem, como eu, marca o despertador para as 7:07, ou 7:17, que gosta de capicuas, que planifica em função de números e que é capaz de esconder sempre nos seus trabalhos um padrão numérico com um sentido carregado de simbologia emocional, era mais uma promessa de ir empregar bem a minha manhã de sábado. E assim foi, aprendi imenso e não vejo a hora de voltar!
autocolantes oferecidos pela Rita às alunas |
alguns exercícios em tecido |
Fizemos variadíssimos exercícios, no papel e com tecidos, conhecemos algumas aplicações informáticas e fontes de material para o estudo prévio que implica o desconstruir e construir com tecidos. O tempo voou, ainda assim foi uma experiência bastante enriquecedora.
estas 3 últimas fotografias são do facebook da RitaCor |
Obrigada Rita pela partilha de saberes e motivação.
Obrigada Rosa por me fazer acreditar, a cada visita que faço à Retrosaria que "fazer é poder"!
Inscrevi-me neste workshop num daqueles dias em que estava zangada com a malha. Bendita a hora em que me deu a neura e que já durava a alguns dias! Sentia a monotonia de tecer gigantescas carreiras, sem padrão, ou cor, sempre o mesmo ponto, sem exigência de concentração, empenho ou criatividade. Cansei-me! Sabendo pouco de malha, não dou espaço nenhum a invenções e limito-me a seguir, quase rigorosamente, as instruções. É bom quando quero ver um filme ou série em família, sem necessitar de qualquer tipo de concentração, apenas a precisar de ter as mãos ocupadas, mas não era isso que a minha mente e as minhas mãos me pediam!
Inscrevi-me neste workshop num daqueles dias em que estava zangada com a malha. Bendita a hora em que me deu a neura e que já durava a alguns dias! Sentia a monotonia de tecer gigantescas carreiras, sem padrão, ou cor, sempre o mesmo ponto, sem exigência de concentração, empenho ou criatividade. Cansei-me! Sabendo pouco de malha, não dou espaço nenhum a invenções e limito-me a seguir, quase rigorosamente, as instruções. É bom quando quero ver um filme ou série em família, sem necessitar de qualquer tipo de concentração, apenas a precisar de ter as mãos ocupadas, mas não era isso que a minha mente e as minhas mãos me pediam!
Talvez influenciada pelos podcasts da Paula (Knitting Pipeline), da Jaclyn Salem (Brooklyn) e da Dani, quando convida a mãe(Little bobbins Knits), senti vontade de retomar o patchwork.(cansei-me de alguns podcasts, viraram verdadeiras "youtubevendas", acabando por preferir a companhia do silêncio).
Acredito que o patchwork poderá a vir a proporcionar-me momentos de puro gozo criativo. Talvez seja a fórmula que procuro para me invadir do meu casulo de conforto, num jogo de luz e cor, malabarismo com matemática e padrões, riscos e rabiscos no papel. Gosto de novas experiências. Tentar, errar, repetir, desmanchar, praticar, são palavras que fazem parte do meu vocabulário secreto quando me sinto perdida e procuro algo que me faça sentir plenamente feliz.
Acredito que o patchwork poderá a vir a proporcionar-me momentos de puro gozo criativo. Talvez seja a fórmula que procuro para me invadir do meu casulo de conforto, num jogo de luz e cor, malabarismo com matemática e padrões, riscos e rabiscos no papel. Gosto de novas experiências. Tentar, errar, repetir, desmanchar, praticar, são palavras que fazem parte do meu vocabulário secreto quando me sinto perdida e procuro algo que me faça sentir plenamente feliz.
Não quero deixar de referir o trabalho da Jude Hill, todo feito à mão, dispensando a máquina que tantas vezes é inimiga da continuidade do processo criativo, que me impõe um certo isolamento na minha casa, que não quero que seja apenas uma casa, mas um verdadeiro lar! A arte da Jude é patchwork, em português Trapologia, a um nível inacreditável de criatividade, executado sem pressas, nem limitações de espaço ou tempo.
Algo que também quero experimentar é o Boro, mas é preciso ter calma e focar-me, evitando dispersar-me com tanta coisa que quero experimentar/vivenciar!
Algo que também quero experimentar é o Boro, mas é preciso ter calma e focar-me, evitando dispersar-me com tanta coisa que quero experimentar/vivenciar!
3 comentários:
Ai que bom! Gosto imenso da Ritacor!
Obrigada também!
Foi um prazer :)
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