segunda-feira

Por ordem descrescente

Eu e o meu marido andávamos para todo o lado com os nossos três filhos e, mais tarde, com a nossa trupe canina. Felizmente, e para gozo de toda a família e da trupe canina que nos impôs a mudança, tivemos de optar por uma vida mais na natureza. Os restaurantes deram lugar a piqueniques e os passeios eram sempre no pinhal e, com muito menos frequência, na praia. Mas na época em que éramos aceites nos cafés, por não termos a trupe canina, tivemos um episódio que diz muito da nossa forma de estar na vida!
Um dia, num dos restaurantes que mais frequentávamos e onde nos continuamos a sentir em casa, começámos por pedir um café. Os amigos foram chegando, a conversa foi-se alongando e resolvemos pedir uma mousse de caramelo. Conversa puxa conversa e deu-nos a fome! Pedimos então, uma bifana. A minha filha mais velha, que na altura andava no Jardim Escola João de Deus, muito espantada, chegou a uma conclusão, não resistiu e triunfante, interrompeu a conversa dos adultos, algo muito raro, com uma frase que ficou "para a história":
- Os meus pais comem por ordem decrescente!
Estrondosa gargalhada geral.
Continuamos a viver assim. Já tenho imensos trabalhos para a casa de campo que ainda não temos! Até um cortinado,(que já esteve na Casa Amarela) o que me irá obrigar a fazer uma janela ao tamanho do meu cortinado e não o contrário.
O Zé já tem o seu Land Rover, para passar longas tardes na garagem, da tal casa imaginária, com uma garagem/oficina imaginária, a montar e desmontar peças.
Os nossos filhos olham para nós incrédulos e divertidos, pois os anos passam e para eles ainda não crescemos!
Continuamos a fazer opções, "por ordem decrescente"´, mas para não lhe dar razão, desta vez vou seguir a ordem certinha.(ainda pensei em bordar primeiro o mês de fevereiro, mas não resisti à raposinha!)

Aderi a um SAL , Joyful world, do blogue, The Snowflower Diaries.

Retomo assim o meu diário de ponto de cruz, apesar de ter 3 trabalhos por terminar e, muito recentemente, ter iniciado mais um. Mantenho-me fiel à minha primeira paixão, o ponto de cruz! Um dia, graças ao ponto de cruz, encontrei o blogue mais espetacular em fotografia, e não só, o da Loreta, All the Beautiful Things e também foi lá que encontrei este SAL. Ainda estou na fase de escolha do linho. Depois vou bordando mas ainda sem saber o que farei, no fim, com os 12 bordados. Bolsas para os trabalhos que me acompanham mês a mês?! 12 parece-me muito! Almofadinhas de alfazema, com alguns dos bordados?! Um painel, em patchwork, com bordados a ponto de cruz, para a tal casa com que sonhamos?! Aí estaria a dar razão, uma vez mais, aos meus filhos! Não sei, nem estou preocupada com o que vai sair no final, apenas quero gozar os momentos de bordado e de partilha com as restantes companheiras deste novo SAL. Conto fazer por "ordem crescente", mas nunca se sabe!

2 comentários:

Inês Sousa de Menezes disse...

Não sabia dessa história! E passou-se comigo hehe

Naná disse...

Nestas coisas, temos que começar por algum lado! O importante, é mesmo começar!
Também eu tenho planos para a casa de campo, que já é minha, porque herdei demasiado cedo na vida a casa que o meu avô construiu em taipa em 1954, a 2 km da praia.
Sempre disse que queria viver lá na minha "velhice", nunca me passou foi pela cabeça que iria querer antecipar ir viver para lá, por causa da infância dos meus filhos, que teriam tanto a ganhar!