Apaixonei-me perdidamente por este pedaço de terra Lusa e pela sua gente. No Verão, passei aqui dias "fabulásticos". Encantei-me com as "Ruas floridas", no Redondo e com a olaria do Mestre Xico Tarefa e do seu filho.
Fiquei em casa dos meus primos, na Aldeia da Serra onde, um dia, iniciei esta minha paixão pelo Alentejo, guiada pela leitura do livro "Malhas Portuguesas".
Museu do Barro; Redondo |
Reencontrei a Dona Meletina, nesta fotografia a dançar com a minha prima. Nas festas do Redondo fiquei uma vez mais maravilhada com as suas meias, desta vez acompanhadas de um bordado de ponto de cruz antigo, "lá de casa".
Festejei o aniversário do Zé Miguel, neto da Srª do livro, da Rosa Pomar.
Mas não fiquei por aí, com ele aprendi a dançar nas festas da Aldeia da Serra.
E até cantei para a aldeia, com a minha prima, apoiadas pelos "Broa de mel" e por um holandês.
Este fim-de semana, a minha estadia foi mais calma. Desfrutei em pleno o campo alentejano, do amanhecer ao entardecer, com os sons dos chocalhos e o cantar do galo, mas só depois das 4 da tarde " para não incomodar o patrão", disse o João Manel brincando.
Fiz pequenas caminhadas com a minha prima, sempre com os nossos cães brincando lado a lado.
A comida estava deliciosa, tanto a que exigiu horas e horas de atenção, como a que foi directamente da horta para a panela.
A propósito de comida, comecei sempre o dia com um pequeno almoço, acompanhada dos meus cães e dos do Monte, mais a simpática gata Sushi.
Pote do Mestre Xico Tarefa, com o pássaro da Serra d'Ossa |
Entretanto tive "vagar" para terminar de tricotar o colete, para a minha filha.
O João Manel, enquanto punha as novidades do Monte em dia, ensinou-me que eles não têm folga, mas "momentos de vagar" como aquele que estava a ter ali conversando connosco, acerca dos "alemons" (alemães), das últimas eleições, do Spila (Spínola ) e do seu sonho de um dia ir à Madeira. Ao final da manhã cruzámos-nos com ele e com o pai, com quase 90 anos, com quem aprendi a gostar ainda mais do Alentejo. "Para a semana faço 86 anos, por isso já pouco ajudo o meu João! Cuido da horta e queria plantar ali, onde estavam os cavalos, morangos. Seria uma beleza! - Não pai, ali é para a burra!". E vi-me envolvida na conversa entre pai e filho.
Cada dia vivido no Alentejo é um dia com "tempo de vagar" e sabe tão bem!
2 comentários:
Já reparei que é fã número do Alentejo ;)
Ai Sofia... a cada dia que passa anseio mais por uma vida a este ritmo, com este espírito!
Adorei o boneco de oleiro da primeira foto!
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