sábado

O Outono a chegar


Passo mais tempo em casa do que no jardim!

Tudo por terminar! Apenas início projetos!
O EPP  em que tenho trabalhado
A abóbora tomou conta do canteiro!

Iniciei a preparação do canteiro para culturas de Outono

Iniciei a limpeza mas não terminei a preparação do canteiro para o Outono

Lúcia-lima a reclamar a minha atenção!

A angústia da ausência é inimiga da concentração, a falta de serenidade faz-me saltitar de tarefa em tarefa, pouco realizando. A casa e a horta ressentem-se, as galinhas também! As agulhas são as minhas amigas, ainda assim pouco tempo fico com o mesmo trabalho em mãos. Para me concentrar escolho projetos para receber o Outono e que me impõe alguma disciplina. 

A malha preenche, principalmente, os serões. Contínuo com o colete Keris, da Marie Wallin.  

Livros também são meus amigos! Sendo fã da Jane Austen não me passou ao lado o livro, Jane Austen Investiga da Jessica Bull. Ainda não tenho uma opinião formada, foi a leitura na minha viagem de comboio de hoje e só esta noite é que irá ocupar o lugar nas leituras de cabeceira (a história tem início no Outono).

Durante o dia vou dando uns pontos, mas nada com consistência. Iniciei uma grinalda de Outono para ver se consigo ficar concentrada num mesmo projeto. Quando me foco no trabalho que tenho em mãos a abstração da realidade é quase perfeita, viajo até ao dia em que verei aquele trabalho a dar um toque especial a algum canto cá de casa, ou de casa dos meus filhos. Essa é a  motivação para acabar, embora desfrute do processo de fazer. Um projeto terminado a ocupar um espaço, um momento, é algo que me dá alegria pois irá pertencer à minha coleção de memórias físicas. Talvez por associar projetos e sentimentos é que tenho sido tão pouco produtiva. Anseio por alguma serenidade! As agulhas nunca me falharam, tenho de confiar no seu poder calmante!

Certos dias  fica mais real o toque do meu Pai que nunca mais sentirei, o beijo na careca que nunca mais darei e é esmagadora a certeza do vazio!

quarta-feira

Regresso

 O Verão, as férias e a FAMÍLIA.

Ainda em casa.



Alguns primos, não todos!

Francisco, o mais novo.

Mais uns dias em casa...
Perto de ti Paizoco, mas tão longe! Doeu!
Inglaterra.

Jardim do Museu de História Natural, Londres


Voltar à rotina foi o que me permitiu conseguir voltar às minhas agulhas e ter algo para partilhar convosco. Foi um Verão com a cabeça e tempo preenchidos a fazer de avó, sendo a melhor forma de lidar com a dor da perda (da qual não irei escrever).  

Era suposto terminar para este Natal o Calendário do Advento, mas fiquei sem motivação. Não quero estrear este painel no primeiro Natal em que não vamos estar todos. Assim, e apesar do calor, procurei retomar o equilíbrio interior, ao ritmo das agulhas de tricot. Ainda assim, há uns dias, entretive-me com  tecidos.



Voltando à malha!

Após o último insucesso de um casaco de malha, para dar caminho ao fio já adquirido, decidi fazer o modeloEpistrophy, da Kate Davies, do livro Yokes. Com este é o quarto modelo que faço deste livro. Suspeitei, logo nas primeiras carreiras, que o cós estava errado e suspeitei bem, mas edição do livro não tem errata. Fui ver no dowload do livro e de facto havia uma atualização com correção das instruções para o cós do corpo. Não desanimei, desmanchei uma vez mais, mas apenas parte do cós e recomecei.

O que me levou a fazer este modelo? Vários motivos! Queria um casaco para os vestidos da Son de Flor, que desse para levar em Agosto para Inglaterra, de fácil execução e, já agora, da Kate Davies, que influenciou a escolha das minhas leituras de Verão.

Fiquei satisfeita com o resultado final, mas acabei por não levar o casaco para Inglaterra. Quero substituir os botões! Entretanto a minha filha Madalena trouxe-me um kit da Marie WallinJá iniciei o colete Keris mas as instruções são pouco detalhadas, como noutros modelos da Marie Wallin. Por outro lado tive de adaptar para tricotar em circular até às cavas. As cavas têm sido a minha dor de cabeça! Embora a Marie Wallin seja uma artista na seleção e conjugação de cores e padrões, para mim, não é das designers que melhor escreve instruções, por exemplo neste caso nem centrou os padrões! Continuarei a tentar fazer alguns dos seus modelos porque uns dos trabalhos que mais gosto de fazer é lançar padrões de Fair Isle nos trabalhos de malha. Encontrei um vídeo tutorial da Hazel Tindall, para um marcador de livro em Fair Isle. Farei para a minha mãe, num serão de Outono.  A minha mãe precisa, mais do que nunca, do mimo dos filhos!

E consegui retomar a minha escrita! Dói muito, mas o Paizoco abençoou-me com uma família que me permite enfrentar tudo sem nunca deixar de sorrir à vida!

Nota : para evitar erros, recorro ao FLiP (sugestão que dou aos alunos), porque ainda não consigo escrever ao correr da pena seguindo o acordo ortográfico! Agosto, Verão e Outono não consigo, ainda, publicar escrito com minúscula, entre outros erros! Paizoco não está no FLiP, uma palavra que criei e me pertence.

Agulheiro da Sarah Edgar e dicas para EPP






Com o estojo de agulhas terminado senti a confiança necessária, como um super poder, para fazer o quilt Queens Walk  com um tamanho razoável, seguindo as instruções e dicas que a Sarah oferece gratuitamente. Seguindo diversos tutoriais, até à data terminava com um nó o ponto final dos EPP. Com a Sarah aprendi que a melhor forma para tornar os quilts de EPP resistentes, nos pontos mais frágeis, é andar 2 a 3 pontos para trás para reforçar as costuras. Excelente dica! 

Entretanto adquiri mais tecidos para este projecto, do Atelier Perdu, na Dotquilt.


Happiness can be found in the smallest things



Além do estojo de agulhas, tenho um outro com os restantes materiais necessários para tornar os projectos portáteis. Encontrei um tutorial para forrar e embelezar a caixa de jóias que adquiri para fazer de estojo, mas não sei se quero investir o meu tempo em algo que já faz a sua função!