Retirei algumas passagens do livro, na Fnac, onde diz "folhear" , que aqui partilho, como uma justificação da vontade que tenho de retomar EPP.
"(Cassandra) She tucked in her feet, opened her valise and took out her work. How useful it was to sew, to fuss about with a needle, to keep your eyes on the stitch. It was always her armour in difficult situations, the activity itself a diver sion from the awkwardness of the company. She often wondered how men managed, without something similar. Although it did seem that they were so less often stuck for words. She had only brought with her patchwork. Her eyes were no longer good enough for anything finer by lamplight. ‘Do you not have work, Isabella dear?’ She slotted the paper behind the shape of sprigged cotton 12 and started to stitch around. ‘Nothing with which you are busy?’ Isabella, staring into the fire, shook her head. ‘I was never terribly good at that sort of thing.’ Cassandra, who could patchwork with her eyes closed, looked up with some surprise.
(...) She began to pack away her work. Isabella’s new-found loquacity had quite seen off the evening. At last it was an hour at which they could respectably retire
A realidade é que gosto de sonhar e viajar com as leituras que faço e, como tal, tenho de me identificar com as personagens e até mesmo com locais que quero visitar ou que já tenha visitado. Talvez por isso tenha sido de difícil leitura O Ateliê dos Recomeços, talvez por ser de uma autora coreana ou simplesmente porque ando adoentada e cansada.
Desta leitura, apenas retive:
"Se calhar, só quando uma pessoa se tornava capaz de optar por descansar e definir o seu próprio ritmo é que tinha realmente crescido."
"Quem já provou a felicidade é quem desfruta mais dela (...) quanto mais reparares na tua felicidade, mais ela se torna tua."
"Por vezes, são as coisas que não conseguimos explicar que deixam os ecos mais distintos (...) estrelas cadentes e auroras – coisas que as pessoas se permitem amar sem necessidade de questionar o que as torna belas."
Sem dúvida que reconheço mérito na escrita de Yeon, com descrições lindíssimas do passar das estações e um paralelismo com o trabalho de um oleiro/ceramista e as pequenas grandes coisas de uma vida comum. Mas não me identifiquei com as jovens personagens, nem com as suas vidas.
Quanto à malha, o casaco que estou a fazer apenas com as sobras de projetos anteriores vai avançando, mas, infelizmente, está a ficar um pouco mais escuro, uma vez que restava pouco de cores vivas.
Influenciada pela Miss Austen, retomei o EPP com tecidos de William Morris.