domingo

Outubro em poucas palavras

 

Outubro é o mês que se veste com as minhas cores de eleição.
No início do mês cheguei sempre tempo de praticar gratidão ao final do dia, enquanto me maravilhava com os mergulhos do sol, no mar aqui tão perto! 

À medida que o mês avançava, fui despedindo-me do sol, cada vez mais longe de casa e do mar e o tempo foi mudando.


Ao fim de semana aproveitava os finais de tarde, no sossego do jardim.


Este mês celebrei a maioridade de um dos pares de gémeos da família, com um pôr-do-sol magnífico, com vista para o Tejo.


Um dia fiquei à porta de casa! Vi nesta contrariedade uma oportunidade de dar às agulhas antes do regresso ao trabalho da casa.

Foi um mês de recolha de material para as minhas aulas de Ciências Naturais e de observação de pequenos habitantes do nosso jardim.




 A novidade do mês foi ter-me juntado à Transições, para uma reforma activa.

A avó Sofia teve um mês de aprendizagem de Inglês, em casa, com o Luke, mas não de uma forma tão regular como gostaria. Os contos policiais/mistério, são os meus favoritos. A próxima etapa será gravar as minhas leituras e, de seguida, ouvir corrigindo a infinidade de erros que sei que vou dar.

Na minha aldeia, Outubro terminou com a Festa da Maçã.




Parto para o novo mês já a preparar o primeiro Natal nesta casa Entre a Serra e o Mar.

quarta-feira

Quanto mais estudo, mais dúvidas tenho!



Antes de iniciar a camisola Shifty, da Andrea Mowry, muito li, ouvi e vi. O meu entusiasmo inicial ficou em causa, quando comecei a perceber os problemas com que muita gente se tinha deparado. Comecei a questionar tudo, as escolhas do fio, do tamanho, os aumentos...

A questão dos fios:

Aprendi, ouvindo a Andrea Mowry (I'll knit if I want to, episódios 4, 14, 22, yardage equation 11), que os fios single (apenas um fio), não têm torção, sendo pouco resistentes, ganhando borboto e sendo desaconselháveis para camisolas! Ainda assim mantive a minha escolha de fios porque, apesar de todos os contras referidos, quando trabalhados com outros fios ganham imenso, ficando realçados.

Algo que também irei ter em conta no momento da escolha dos fios (composição com lã) para os próximos projectos é que, para pontos rendados o ideal é 2 fios torcidos, para modelos com torcidos o ideal é 3 fios. Quanto mais fios torcidos (de lã), mais resistente é o produto final.

A escolha do fio, conjugado com a escolha do número da agulha, condiciona o tipo de tecido que se tem no resultado final. 

O tipo de tecido que estou a obter, ainda me deixa algumas dúvidas. Não sei se vou gostar de sentir o tecido final!

A questão do tamanho

Escolhi o tamanho 3, mas não estou convencida, apesar de ter feito uma amostra, pequena mas fiz. Terei de ir experimentando e tentando adaptar ao meu tamanho.

A questão das cores

Eliminei a quarta cor, verde com azul, uma vez que só tinha nas outras meadas a cor verde. Também não estou certa de ter feito a melhor escolha!


Ao descer as escadas, vendo os novelos, as minhas dúvidas regressam e acentuam-se!

Resumindo, com tanta dúvida vamos ver se no fim a camisola não vira um xaile, Nightshift!

O pior é que também tenho dúvidas na camisola que acabei, Talvinen a Douro! Não sei se transforme o comprimento das mangas para 3/4.

Mas estou bastante satisfeita com o desenho dos pássaros.

O problema talvez seja não me sentir bem com o peso que ganhei durante a pandemia, seguida de umas férias sem cuidado nenhum com a alimentação. Estou a precisar, urgentemente, de perder uns quilos, para me sentir bem!

domingo

Compras locais, preço para estrangeiros!

 







Uma ida ao Mercado da Praia das Maçãs, revelou-se bastante dispendiosa. Há feirantes que não marcam os preços e fazem um preço na hora, em função da nacionalidade do cliente. Outros são mais transparentes mas também carregam no preço. As flores nem pensar em comprar, a mesma planta em vez de 10 euros custou-me 1 euro, no Horto. Quero apoiar os locais mas não o posso fazer no Mercado, tenho de lhes comprar directamente nos seus locais de produção. Ainda assim, gosto sempre de fazer uma visita ao Mercado, conversar com alguns feirantes e até fazer algumas compras, a broa de milho e as uvas (estupidamente caras) eram excelentes.

´Na tarde de domingo, dei banho às plantas e alegrei um pouco mais o jardim.



Continuando a conversar com as meadas




São horas a fio de conversa com as novas meadas, no jardim e em casa, procurando estabelecer boa vizinhança entre elas, mas ainda não cheguei a nenhuma conclusão! *Fui procurar um fio que destacasse a harmonia entre as meadas, na Cooperativa da Aldea. É bom saber que tenho fios portugueses, de qualidade, aqui mesmo ao lado e onde posso encontrar uma grande variedade de artigos para a casa, cozinha, jardim e até comer por lá.






*Entretanto vi um podcast, que uma amiga me enviou, onde é abordado uma das muitas opções para se fazer o modelo que vou seguir para estas meadas

sábado

Camisolas Talvinen e Shifty




Não vejo a hora de  terminar a camisola Talvinen a Douro! Ainda não tinha sido publicada e já sonhava em a tricotar. Sou de impulsos e tenho aprendido bastante com os resultados de aquisições que faço durante os picos de entusiasmo. Sei que muitas vezes diminui, correndo o risco de fazer investimentos que depois acabam por me impor a realização de modelos que já não me dizem muito. Iniciei a camisola não com o mesmo entusiasmo de quando comprei o modelo e as meadas, ainda assim, à medida que teço os meus pontos o entusiasmo cresce e agora é imenso.

Acerca da camisola, estou a gostar bastante de trabalhar o fio Douro e da forma como resulta em peça. O modelo da camisola também me agrada imenso. Ainda bem que na escola corre o "rumor" de irmos passar muito frio no inverno, excelente para dar bastante uso às minhas malhas. As pausas maiores da escola continuam a ser passadas no carro, uma oportunidade para tirar a máscara e dar ao dedo.


Já adquiri meadas na Ovelha Negra para a Shifty Sweater da Andrea Mowry, modelo que tive vontade de fazer assim que foi publicado, mas que só faz parte da minha biblioteca desde há uns dias. Consultando a etiqueta acedi ao site da marca Litlg, e dei de caras com a camisola, ficando feliz por ter esperado para comprar as meadas ideais para este modelo. Estou a pensar usar, uma vez mais, lã portuguesa,  Douro da Rosários4, como cor principal.


As dúvidas são uma característica do início do meu processo criativo, por vezes subsistem ao longo do desenrolar das meadas e por isso vou tirando fotografias e deixando as meadas falarem comigo, até encontrar o equilíbrio de cores desejado.



Lendo o blogue da marca das meadas que escolhi simplificou as modificações que tinha de fazer.

Although the Shifty Sweater is designed for a sport-weight yarn, I found I achieved a similar gauge by using a LITLG Singles (a fingering weight, single-ply yarn) and going down one needle size.

Andrea Mowry splits the mosaic knitting stitch motifs into two charts, which she calls “Big Blips” and “Little Blips,” that alternate throughout the sweater. I decided to stripe my three contrasting colors: starting with Bronze, continuing to Oxidized, and then using Burnished. After one section of “Big Blips” and one section of “Little Blips,” I would change my contrasting color.

Com o tempo aprendi que antes de iniciar um projecto é sempre bom pesquisar sobre o mesmo. A era digital, apesar de distanciar as pessoas quando as redes sociais são mal utilizadas, aproxima imenso pessoas com os mesmos gostos, ainda que virtualmente, uma prova disso mesmo é a comunidade mundial de tricotadeiras.


A malha segue a um ritmo lento, porque é o ritmo que escolhi para os meus dias intensamente vividos, apreciando o lado bom desta opção de vida que fiz. Em jeito de prece meditativa, olhando o horizonte, tomo consciência da gratidão que sinto.