Deixámos a nossa casa de há 20 anos, eu num misto de emoções, o Zé todo entusiasmado resultado do cansaço de viver num prédio. A verdade é que fui extremamente feliz numa casa situada numa pequena aldeia, dentro de Lisboa, "aldeia" em que nasci e cresci. Foi bom para todos especialmente para os meus filhos. Mas com a saída do meu filho mais novo, o último a sair, é que senti mesmo o "ninho vazio". Termos saído agora da cidade foi como um marco, o fechar de um capítulo, o virar da página, diria mesmo o iniciar do volume II de um romance. Romance que começa agora, num dia-a-dia a dois, numa casa preenchida com silêncios, muito mais tempo juntos nesta fase de teletrabalho, todos os serões apenas os dois, só nalguns finais do dia os filhos "entram" em nossa casa, ou melhor na casa em que estamos a viver só de passagem, por vídeo chamada.
O que nos tem ocupado quase todo o tempo são as obras e projectos da nova casa. Ainda assim tentamos implementar rotinas saudáveis, a começar por caminhadas pelo pinhal e arredores, ainda sem ter acertado num horário conveniente para os dois. Estamos indisciplinados mas não importa desde que vamos fazendo as coisas acontecer. Procuramos viver com o mínimo de stress em tempos tão difíceis como estes.
Noite sobre as águas de Ken Follett |
Contínuo a ir à "minha aldeia" para estar com os meus pais e para dar as minhas aulas, ou melhor, "vender" as minhas aulas por uma pechincha apesar de ter mais de 30 anos de serviço. Corta Sofia, apaga esses pensamentos negativos, esquece a tua carreira e vive, vive sem stress, sem arrependimentos! Se começar a pensar muito na minha carreira não há motivação que resista e os prejudicados serão apenas os meus alunos e a minha tranquilidade.
Falar da minha carreira e das condições actuais de trabalho numa escola fez-me perder o fio à meada, terei de ficar por aqui.
A propósito de "meada", voltarei mas para partilhar o que tenho nas minhas agulhas.
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