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Sim, escrevi bem "sentir menos saudade" porque um fim de semana alargado não chega para matar a saudade, mas é suficiente para descobrir um pouco mais de Inglaterra, sentir a época natalícia que se aproxima a passos gigantescos e enriquecer em termos culturais.
Tivemos uma tarde a dois, mas antes estivemos com a nossa filha expatriada e com o nosso neto.
No dia seguinte seguimos para Bath, onde ficámos dois dias a explorar em família.
O meu casaco no Ravelry, vou ter de lhe tirar umas carreiras nas mangas. |
Jane Austen Centre , não conseguimos tomar chá como tínhamos programado porque termina um pouco antes das 16h, hora a que chegámos. |
A casa do Frankstein era inapropriada para o Vasco, mas como fica ao lado do Jane Austen Centre, passámos à porta |
De tarde ainda deu para espreitarmos algumas lojas, fontes de grande inspiração em termos de decoração e criatividade. Como sempre, não resisti às livrarias e à aquisição de livros da Beatrix Potter acompanhados pela personagem Petter.
Em Inglaterra já se sente a crise que aí vem de forma preocupante. Os hotéis manifestamente baixaram alguma qualidade, por falta de pessoal e apanhámos, novamente, o efeito das greves de comboios. O regresso de Bath foi caótico, com o comboio inacreditavelmente cheio.
O domingo foi de passeio por um dos bairros londrinos, com um sol companheiro por um par de horas, almoço típico de domingo, num pub com ambiente acolhedor e bem animado, onde os cães também, disciplinadamente, gozavam a companhia dos donos.
A chuva fez-nos regressar ao conforto da casa, onde nos aconchegámos num amplo sofá, a rever Dowton Abbey. Perdi Adiei a oportunidade de conhecer a Sue, que estava a dar um workshop na Pincushion Pantiles, cuja dona gentilmente ficou de me receber apesar de estar fechada, mas as vontades tornam-se relativas quando temos filhos e netos. Ainda assim, num pulo, tinha de visitar a Liberty . As restantes compras de materiais, que passei a sentir necessidade de fazer, consequência do Brexit, já as tinhas feito antecipadamente e esperavam por mim, em casa da minha filhas (a partilha fica para um outro dia).
Miniatura de lego em exposição no interior da Liberty |
E porque a vida acontece, o que está perto fica sempre para uma outra visita, como foi o caso da ida à loja de mantas antigas de Patchwork e as visitas a exposições que estão para durar, ficam adiadas, como a do Kaffe Fassett. Ainda bem que a vida é intrometida e se cruza no caminho pois, embora aprecie momentos a só e ser naturalmente introvertida, não imagino o que seria de mim afogada na solidão. O sufoco seria tão grande, que em vez de viver tentaria apenas enfrentar mais um dia. Não imagino uma vida sem afetos, abraços, sorrisos, troca de olhares cúmplices e silêncios repletos de conversa. Já todos vivemos uma aproximação de dias assim, em 2020/21 e, pelo menos eu, não quero viver nem assim, nem sozinha. Talvez um dia chegue esse momento e aí vou corajosamente seguir as palavras sábias da minha avó Teresa e cheia de gana "reinventar a felicidade".
Na segunda-feira levámos o Vasco à creche e fizemos as compras de última hora. Custa muito dizer "Até já". Foi excelente, mas sabe sempre a pouco. Um fim de semana prolongado diminui, mas não mata a saudade!