No fim de semana, "Entre a Serra e o Mar", levei comigo os 3 projectos de malha em curso. Estou bastante mais disciplinada e nunca sinto pressão por ter a mesa de trabalho, que partilho com a minha filha, invadida por OVNIs (entenda-se, Objectos Vários, Naturalmente, Inacabados). Claro que também tenho os bordados, mas de cada tipo de trabalho de mãos, estou a tentar ter no máximo 3! É tão bom ver as peças terminadas!
Voltando à malha, tenho sempre comigo um "portátil". De momento são umas meias. Para estes mini projectos fiz um estojo de agulhas em burel, onde apliquei um S a ponto de cruz e de lado coloquei uma "fita métrica".
Na bolsa japonesa, que fiz para projectos maiores, levei o KAL de Verão, mas não lhe toquei!
Em casa, ficou o xaile circular que estou a fazer. Este guardo-o no taleigo que fiz com linho antigo, tingido por mim e forrado com tecido da Droguerie. No taleigo levo, quase sempre comigo, o meu caderno, forrado com a capa que bordei a ponto de cruz.
Gosto de ter tudo organizado em bolsas. Tenho muitas que me ofereceram, como esta, preta e branca, que a minha Mãe me deu há pouco tempo. Mas gosto de ir fazendo as minhas bolsas, estojos e afins.
Estou pronta para uma semana de dias "normais", cheios de tarefas repetitivas, mas entre as quais até me sinto confortável! No livro que estou a ler, da Anne Perry, as tarefas domésticas são descritas assim:
Organizou a lavagem (...) de roupa (...) na arte de conservar as cores, a textura e as formas. (...) o vestido lilás, que precisava de uma pitada de lixívia, uma quantidade muito bem medida, para não desbotar, e outro verde, para o qual utilizou 2 colheres de vinagre na última água. (...) uma mistura que lhe tinham ensinado recentemente: folhas de hera-virgem num litro de água de farelo e 100gr de sabão. (...) Depois passaram à goma. A musselina fina precisava de gelatina de peixe. (...) As chitas tinham de ficar para outro dia, porque já não lhe apetecia fazer água de arroz. Quando as lavagens ficaram prontas, a meio da tarde, resolveu limpar os ferros de engomar. Derreteu gordura de carneiro, espalhou-a pelos ferros ainda mornos e esfregou-os depois com cal-viva metida numa boneca de musselina. Ao anoitecer (...) sentia-se um autêntico modelo de virtudes"
Obviamente que tenho de me sentir confortável dada a forma como executo as minhas tarefas rotineiras!
Organizou a lavagem (...) de roupa (...) na arte de conservar as cores, a textura e as formas. (...) o vestido lilás, que precisava de uma pitada de lixívia, uma quantidade muito bem medida, para não desbotar, e outro verde, para o qual utilizou 2 colheres de vinagre na última água. (...) uma mistura que lhe tinham ensinado recentemente: folhas de hera-virgem num litro de água de farelo e 100gr de sabão. (...) Depois passaram à goma. A musselina fina precisava de gelatina de peixe. (...) As chitas tinham de ficar para outro dia, porque já não lhe apetecia fazer água de arroz. Quando as lavagens ficaram prontas, a meio da tarde, resolveu limpar os ferros de engomar. Derreteu gordura de carneiro, espalhou-a pelos ferros ainda mornos e esfregou-os depois com cal-viva metida numa boneca de musselina. Ao anoitecer (...) sentia-se um autêntico modelo de virtudes"
Obviamente que tenho de me sentir confortável dada a forma como executo as minhas tarefas rotineiras!
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