terça-feira

Twelve Birds Mystery Shawl




A Helen Stewart partilhou com as participantes a pista 3, na passada quinta-feira. Como a pista 2 foi corrigida após a ter terminado, decidi deixar passar uns dias antes de tricotar a pista 3. Como gosto de ancorar os trabalhos manuais a datas e números especiais, tricotei a pista 3 no dia 8, emparelhando assim os dias de nascimento dos meus netos que vivem em Inglaterra e de quem tanta falta sinto!

Deste projecto posso dizer que as instruções estão escritas de forma clara, podemos seguir carreira a carreira escrita numa tabela, ou em esquema, sabendo que percentagem já tricotámos. Com esta pista concluída estão terminados os aumentos. A minha dúvida é sempre se estou a fazer a melhor escolha em termos de  sequência de cores, já que o projecto inicial foi pensado em 4 cores e eu reduzi para 2, com uma cor "intrusa", de realce. A mudança prende-se com o facto de ter optado pela alteração que a Helen fez, para quem não queria tricotar um círculo, utilizando deste modo, apenas metade da quantidade de fio que adquiri para o projecto inicial. Espero que a minha escolha ás cegas resulte bem!

sexta-feira

The Prince Quilt - W.I.P



No processo de preparação do quilt the Prince e ao comprar tecidos da Barbara Brackmanencontrei textos, extremamente interessantes, sobre as nossas chitas de Alcobaça*. Tentarei integrar, neste quilt, um verdadeiro tesouro, um pedaço de chita/tecido, que me foi oferecido pela avó Pessanha, uma avó que muito admiro!

Tecido antigo, com uma grande história e alguns remendos, talvez da Avó Pessanha

Optei por não colocar no centro,o tecido da avó Pessanha, por contrastar demasiado com os restantes tecidos.

Susan Smith partilha, nas instruções, que o esquema deste quilt foi inspirado em dois quilts antigos, um cuja a proprietária é a Janet O'Dell, e um outro da Jane Pizar. O motor de pesquisas rapidamente me colocou, uma vez mais, no trilho da Margaret Mew  e na leitura do seu blogue. A Susan Smith pensou num quilt para um rapaz bebé, muito especial, penso que seja o neto! Tendo eu só netos, acho que fiz uma boa escolha de modelo de quilt para fazer para a casa da avó Sofia.

Está dar-me imenso gozo passar estes dias de pausa lectiva de volta de uma cesta cheio de tecidos, aplicando e colorindo uma tela em branco, à semelhança de um pintor, traçando os desenhos com agulhas e linhas. 

Experimentei as técnicas sugeridas pela Susan, para aplicação das flores em EPP, tendo optado por seguir o meu extinto, não cortando o tecido de base, retirando o papel antes de aplicar, mantendo algumas das costuras e colando as que ficam sem alinhavo. Estou satisfeita  com o resultado.


A coroa que dá o nome ao quilt, é aplicada, mas optei por bordar a ponto de cruz uma coroa do nosso sampler de família. Infelizmente o fio de seda, de Castelo Branco, que utilizei, desbotou. Ainda vou pensar se deixo ficar ou não.

Copiei a coroa deste Sampler

A coroa bordada a ponto de cruz

O que tenho visto e escutado durante este processo, como companhia, além dos meus fiéis companheiros de 4 patas: 

Audio book : The Enchanted April, Elizabeth Von Arnim, sugestão da Miranda Mills. Quando terminar, com o crédito do próximo mês vou adquirir An American Quilt, da Rachel May

Podcasts: Stich in Time, no qual a Susan refere a Rebecca, a quem dei o meu apoio adquirindo um esquema de ponto de cruz, estando na minha lista de projectos que quero fazer brevemente. A Susan recomenda um blog, Two Threads Back, extremamente interessante e que passei a seguir.

Filme no YouTube: From Time to Time

Termino com a partilha de um dos meus momentos entregue a este projecto.

*Fui ao Mucifal tentar comprar das nossas chitas e também encontrei na Lola Botana, de Viana do Castelo, no entanto o tecido não me agradou, sendo muito diferente do tecido da avó Pessanha e dos algodões que adquiri para este projecto. Talvez, um dia, integre as nossas chitas estreando-me a fazer um quilt da Margaret New, o Euphemia.

sábado

"Férias" e, uma vez mais, mudança de planos

 

As férias, ou melhor, as interrupções lectivas, são sempre um momento em que gosto de investir em projectos que requerem tempo contínuo e de qualidade, daí ter retomado o quilt dos netos, We Are family, para evitar ficar incompleto no meio da minha ambição de tudo fazer.

Iniciei a aplicação das caras dos animais, ainda durante os dias das reuniões intercalares, uma vez que em teletrabalho os dias rendem mais e sempre dá para dar uns pontos entre reuniões.

Assim que retomei o quilt, voltei a ser cativada por este projecto. Ainda assim, não há um dia em que não pense no quilt The Prince. 

Preciso de finalizar trabalhos, limpar agulhas e mesa para me dedicar inteiramente ao quilt que me conquistou, The Prince, de tal forma que até me tem dado insónias!

Este mês a ideia era dedicar-me a trabalhos com pano de fundo William Morris, os seus pássaros e flores. No entanto, com a revelação da primeira pista do projecto de malha #twentyfourbirdsMKAL, da Helen Stuart, ao aperceber-me que seria uma peça circular, algo que não uso de todo (parece-me uma camilha pelas costas!), abandonei, ainda que temporariamente, o desafio e fiquei a aguardar o lançamento da versão de meio círculo, Twelve birds MKAL .

Entretanto já fiz a pista 1 e a 2, sendo as instruções claras e o modelo simples. Ainda assim, sempre com dúvidas em relação à sequência de cores, uma vez que a nova versão precisa de metade da quantidade de fio e por isso eliminei uma cor, deixando a contrastante apenas para usar no fim, mas é uma escolha que estou a fazer às cegas. Será que devo esperar pelo esquema todo em vez de fazer ao ritmo em que as pistas são lançadas?

Tentada em  colocar de parte o projecto de malha, cujas cores foram inspiradas no trabalho de EPP, com tecidos William Morris, fiquei desmotivada para continuar o mini quilt.


O Kit que adquiri é para fazer um quilt pequeno, apenas com 4 padrões (talvez faça um centro de mesa) . Não querendo desperdiçar tecido o efeito pretendido perde-se um pouco, mas num pequeno projecto como este, não me incomoda.

Lucy e Diana Boston

William Morris ficará em espera e talvez retome junto com a escolha de papel com que quero forrar a parede das escadas e o hall do piso dos quartos. Ou talvez a motivação regresse com a próxima ida a Inglaterra!

The William Morris House 


The William Morris House, mesmo em frente ao teatro Polka, onde quero voltar com os netos, para ver uma peça e participar nas actividades para a família.

quarta-feira

Um caminho para andar


Ontem, dia do pai, tive a bênção e a alegria de almoçar com o meu pai. No passado dia 16, fez 87 anos. O que sempre quis, apenas "Um caminho para andar". Hoje vive no seu Mundo, com um olhar meigo sorri aos filhos ficando sempre à espera de um mimo, do nosso toque, já não conseguindo, como noutros tempos, esconder a sua sensibilidade. No seu Mundo mas sempre perguntando pela minha mãe. Só mesmo um Amor sem fim, é que consegue abrir uma porta para o seu Mundo, ainda que por breves momentos.
Sendo o mês do meu pai, o mês da Primavera, vou coleccionar memórias em formato de tecidos e fios, desta Primavera, com projectos alusivos a flores e pássaros. Para isso nada como o inigualável William Morris, como fonte de inspiração. Claro que terei de fazer uma breve pausa nos quilts da Susan Smith


As informações detalhadas dos projectos, que vou ter nas agulhas, ficam para um outro dia, só porque agora não me apetece estar no computador. Estou com o meu pai muito presente nos meus pensamentos. Não dá para me focar em nada, nem quero!

domingo

Amor de avó é...

À semelhança do que se escrevia na minha adolescência "Amor é...", "Amor de avó é... "

Margem sul de Lisboa

Amor de avó é voar para estar presente nos momentos mais importantes da vida dos netos, nos dias especiais, o dia em que fazem 3 anos.

Amor de avó é viajar até Inglaterra, sem planos e dedicar o fim de semana inteiramente aos netos.

 Amor de avó é tornar o meu tempo o tempo deles, dos netos.



Parque infantil , com estruturas a recordar a história do Peter Pan
Polka theatre



Tornar o meu tempo, o tempo deles e para eles, não me deixa distraída aos sinais de uma Primavera à porta, que veste Londres num manto deslumbrante de magnólias e narcisos em flor (factos interessantes existem mais de 27000 variedades de narcisos, são originários da Península Ibérica e só depois se expandiram por toda a Europa, tendo ganho a sua popularidade, em Inglaterra, no período dos Tudor.)




Como sempre, ocupei o meu tempo de viagem, com agulhas e descansei as mãos num livro.

Os passageiros da plataforma 5, seguem viagem na linha de comboio que mais faço durante estas viagens, reconhecendo muitos locais descritos no livro, tendo feito parte do percurso com os netos. Muito bom para associar memórias destes dias tão especiais. 

Outra memória física que vou colecionar, são os materiais que trouxe desta viagem para o quilt The Prince, tendo feito, no primeiro dia, a seguir à viagem de regresso, uma flor em EPP, com os tecidos que adquiri nesta ida a Inglaterra.


quarta-feira

Bonecos de malha e remendos

  

O Tsutsu veio até Portugal para uma cirurgia, após um ataque de traças. Consultei o livro Darning e vídeos tendo optado por seguir um tutorial da minha primeira professora de malha, encontrando-se o Tsutsu totalmente recuperado. 

Fui apanhando uma malha lateral em cada carreira, tricotando a última malha de cada carreira junto com a malha lateral

Chegando ao topo utilizei a técnica que costumo utlizar nas biqueiras e algumas costuras de ombros, 

Mas o Tsutsu teve de levar um penso, como o Vasco gosta de fazer nas feridas. Fiz com um hexágono do EPP do quilt The Prince e com um tecido com uma pinha, porque a avó Sofia vive num pinhal, como alguns ursos.

Ao remendar o Tsutsu apercebi-me que tinha fio Vovó suficiente para tentar fazer um colete para o Francisco. Adquiri o esquema da Sandra, Agasalhos e Bugalhos, fiz pesquisas nos meus livros de Fair Isle e escolhi um esquema a três cores, utilizando fios que tinha em casa.



A raposa, finalmente, está terminada para ir fazer companhia à coruja Amarela, nome escolhido pelo Vasco.



No jardim a raposa calçou os sapatos e apertou o colete


O novelo que o Vasco escolheu na visita a uma das minhas lojas favoritas, The Craft Company, também já foi transformado num gorro, escondido no saco da raposa.

Juntos prontos para viajarem!

Além da roupa interior, escova de dentes, artigos de higiene pessoal, um livro e um projecto de agulhas, penso que é tudo o que preciso de colocar na mochila para viajar, uma vez mais, até casa da minha filha expatriada.

(Infelizmente deixei passar o prazo para solicitar votação antecipada, mas este país precisa de uma mudança radical e urgente, caso contrário a minha geração investiu na formação da geração mais nova que está a procurar melhores soluções de vida além-fronteiras, deixando famílias divididas, as crianças cedo têm de lidar com sentimentos de saudade e os  pais e avós da minha geração têm de aprender a lidar com a ausência de afectos presenciais, sendo a maioria trocada por mensagens e vídeo chamadas. Espero que o futuro mude, caso contrário ainda vamos viver a fase de uma velhice solitária, sem bons profissionais de saúde, governados por incompetentes egoístas! Vou ficar por aqui, porque política não é algo com que desperdice o meu tempo. Foi só um desabafo momentâneo, um grande parentese!)